sexta-feira, 25 de novembro de 2011

As seis lições extraídas da parábola do filho pródigo

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
mensagensevangelisticas.blogspot.com




"E disse: Certo homem tinha dois filhos; e o mais moço disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda."( Lc 15. 11 , 12- 32).


Os líderes religiosos judaicos não entendem o amor de Cristo pelos pecadores. Precisamos ler essa parábola partindo do seu contexto histórico. A intenção de Cristo não é apenas a de dizer que Deus ama os homens, mas que Deus ama os homens pecadores.

Pecado, perdição e amor. Esses são os três temas principais da parábola mais famosa da Bíblia. Em primeiro lugar, sua intenção é revelar o porquê de o ser humano ser considerado pecador. Em seguida, Cristo revela a natureza da conseqüência maior do pecado que é a perdição. Em terceiro lugar, Cristo revela a extensão do amor que Deus tem pelos pecadores perdidos.

Só entenderemos o cristianismo e a própria missão de Cristo se compreendermos essa parábola. Vejamos, portanto, a primeira verdade que ela tenciona ensinar: a natureza do pecado humano.

O filho mais novo via o pai como alguém rude, incapaz de compartilhar de todos os bens, por isso, exige sua parte da herança. A rebeldia, entretanto, estava no filho, que descumprindo a lei judaica, se torna herdeiro antes da morte do pai.

Desperdiça toda herança, fica na miséria. Pobre e infeliz resolve pedir ajuda a um fazendeiro. Pensou encontrar ali abrigo, comida e misericórdia, mas, não foi o que aconteceu. Sentiu fome, frio e solidão, dia após dia. "E ninguém lhe dava nada" (v.16)

"E tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!"(v.17)Ele percebeu que o pai era bondoso, generoso até mesmo com os trabalhadores (com quem não tinha parentesco), não seria com ele, filho? Percebeu que os bens materiais não foram capazes de fazê-lo feliz. Entendeu que ninguém o compreenderia tão bem quanto seu Pai.

Para a maior parte dos cristãos, que por diversas vezes ouviram referências a essa parábola em sermões dominicais, a estória significa pouco mais do que a infinita generosidade do Pai, que recebe de braços abertos o filho pródigo que saiu de sua Casa para entregar-se à devassidão, dissipando sua herança. É mais uma lembrança de que o erro não compensa, mas que, em última análise, se tivermos a desgraça de cair no pecado (e quem não caiu incontáveis vezes?) podemos, por meio da verdadeira contrição, ser perdoados e recebidos de novo pelo Pai.

Essa interpretação singela tem seus méritos e satisfaz a grande massa dos fiéis. Mas existe muito mais riqueza por trás dessa parábola, que é um verdadeiro exemplo de quantos ensinamentos podem estar velados na linguagem do simbolismo.

Quantas pessoas estão passando por problema semelhante? O pai da parábola representa Deus. Muitos, por não conhecê-lo, julgam-no distante, impiedoso e egoísta. Incapaz de compreender sentimentos, de amar os injustos pecadores. Optam por viver afastado, recebendo apenas "a parte que lhe cabe na herança" (a vida com suas mazelas).

Procuram ajuda nos "fazendeiros" do mundo, que só têm olhos para seus "porcos",ou seja, suas vidas sujas, imundas como um chiqueiro. "fazendeiros" que nada têm a oferecer, porque desconhecem o Pai.

Arrependido, o filho volta para casa. Imagino-o derramando lágrimas durante a viagem. Quantas lembranças do pai...

"Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e veste-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés" (versos 21 e 22)

As vestes representam um novo espírito, o anel, uma nova aliança, desta feita, eterna. As sandálias representam um novo caminho. O filho agora estava bem abrigado nos braços do Pai.

• O Filho mais velho

Recebeu do pai, conforme a lei, uma maior parte da herança (dois terços), enquanto o mais novo(um terço). Nunca deixara a casa do pai, era moderado e cumpria com seus deveres, porém, nunca investira em um relacionamento com o pai. Por isso, não o conhecia. Sua falta de amor era tamanha que sequer consegue chamar "meu irmão" e se refere ao irmão como: "este teu filho" (v.30).

Mesmo tenho muitos bens, faz questão do cabrito matado para festa do irmão: "Nunca me deste um cabrito (V.29). Era egoísta. Esse filho representa os fariseus. A casa do pai representa o templo, a igreja. Está no templo, não significa necessariamente, conhecer a Deus.

Esse filho também precisa de arrependimento, salvação, encontro íntimo e real com seu pai (Deus). Esse filho ainda não conhece o verdadeiro amor, pois, nunca buscou-o.

• A mãe do filho pródigo

Entendo que não por acaso, Jesus contou três parábolas seguidas, presentes em Lucas 15: A parábola da Ovelha Desgarrada, Dracma Perdida e Filho Pródigo. Há semelhança entre as três que se relacionam entre si. Todas falam do resgate do pecador arrependido e da necessidade de arrependimento dos fariseus.

Vejo que na Parábola da Ovelha, o Pastor é Jesus. Na Dracma Perdida, a mãe é a Igreja, a Candeia, O Espírito Santo. No Filho Pródigo- o Pai É Deus. Então: Aqui está o papel da Trindade na salvação do homem.

Jesus É o bom Pastor que deu sua vida pelas ovelhas, seu sacrifício na cruz, redime o homem de todo pecado, conduzindo-o a salvação. A Igreja é representante de Deus, necessita ter o fogo do Espírito Santo, a candeia acesa para ir em busca dos perdidos. Deus está sempre esperando os filhos retornarem para casa, Ele sempre os recebe com alegria e amor. Houve festa no céu na parábola da Ovelha, festa na casa da mulher, na parábola da dracma, festa na casa do filho pródigo.

Então: Sendo a igreja a mãe, a mesma que buscou a dracma, ela está presente na parábola do filho pródigo. Ela é a casa do filho pródigo.

Uma casa que manteve a candeia acesa por todo o tempo em que o filho esteve distante. àquele pai, deve ter orado pela volta do filho, derramado lágrimas em suas petições a Deus. É assim que agem os cristãos cheios do Espírito Santo.

O filho mais velho estava sempre em casa (Igreja) só que sua candeia estava apagada. Ele não se alegrou com a volta do irmão, não orava por isso, sequer procurava saber como estava. Ele é o retrato da Igreja inoperante, morta, sem amor pelos perdidos, ou mesmo pelos que já se encontram salvos.

• Veja agora as seis lições extraídas da parábola do filho pródigo:

1. Pare para considerar hoje a sua origem.

Pense no fato de que você poderia ter sido um aborto literal ou metafísico. Você poderia ter morrido no ventre da sua mãe, ou ter sido apenas uma possibilidade na mente de Deus.

2. Pare para considerar hoje o que você recebeu.

Você não apenas foi criado, mas tem sido mantido pelo poder de Deus. Um Deus que tem enriquecido sua vida das mais diferentes formas. Não menospreze o que lhe foi dado por amor. Doado não para a sua destruição, mas para o enriquecimento da sua vida.

3. Pare para considerar hoje o caráter do autor de tudo o que você tem e é.

Pense na origem de tudo o que foi criado. Cristo não fala de uma coisa, mas de alguém. E ao escolher um ser humano com quem pudesse comparar a Deus, Cristo escolhe a figura do Pai. Pois, é isso o que Deus é.

4. Pare para considerar hoje o que você tem feito da sua liberdade.

Como você tem administrado a liberdade recebida?


5. Pare para considerar hoje se você vive para a glória daquele que o criou.

Você tem vivido para fazer Deus sorrir? Sua maior obsessão é levá-lo a se ver em você?

6. Pare para considerar hoje o quanto você tem desperdiçado da herança que recebeu.

Compete a cada um de nós, tomarmos a decisão de gastar nossa vida naquilo que é belo, santo e glorifica a Deus. E tudo isso na presença daquele que é a causa de tudo o que temos e somos; esse ser absolutamente amável.

Que Deus fale profundamente ao seu coração. Amém.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nisso pensai

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com




Mas que diz? A Palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é A Palavra da fé, que pregamos, a saber: Se, com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz a confissão para a salvação. ( Rm 10.8-10).

O que nós cremos é o resultado do nosso pensamento. Se pensarmos erroneamente, vamos crer de maneira errada.

Se a nossa crença for errada, a confissão também o será, ou seja, o que dissermos estará errado. Tudo depende do nosso modo de pensar!

Mas a palavra de deus nos foi dada para endireitarmos os nossos pensamentos.

Jesus disse em Marcos 11.23 : Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e, não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.

Geralmente, conversamos bastante sobre o crer, mas não conversamos tanto sobre o falar. É claro que não seremos capazes de falar certo, se não pensarmos certo. Nosso pensamento tem de estar em sintonia com a Palavra de Deus, porque não podemos crer além do que nos revela Sua Palavra.

A Bíblia diz: Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento (Pv 3.5). E ainda: Destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento a obediência de Cristo. (2 Co 10.5).

A Bíblia também nos fala: E não nos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento para que experimenteis qual seja boa, agradável e perfeita vontade de deus (Rm 12/2)

Renovamos nossa mente estudando a Palavra de Deus. A Bíblia ensina a termos a mente de Cristo. (I Co 2.16)

A única maneira de termos a mente de cristo é estudando Sua Palavra, crer nEla de todo o coração e agir conforme Seus ensinamentos.

A Palavra de deus também nos ensina a pensar "nas coisas que são boas, puras e honestas, se houver nelas alguma virtude." (Fp 4.8). Portanto, a Palavra de deus realmente tem muitas coisas a dizer sobre a mente.

Entretanto, precisamos compreender que os pensamentos podem surgir de duas fontes distintas. Em outras palavras, os pensamentos que vem a nossa mente nem sempre se originam dela. O diabo coloca muitos pensamentos de fora: esta é uma fonte. Por outro lado, pensamentos de Deus vêm do nosso interior.

Eles vêm através do nosso espirito para nossa mente.

Quando você fica em comunhão estreita com o Senhor por meio da oração, meditação e estudo da Sua Palavra aprende a distinguir a origem de seus pensamentos.

Naturalmente, pensamentos malignos são do diabo. Deus é amor, e o amor não pensa, não ouve e não vê mal. Esses tipos de pensamentos vêm de Deus.

Muitas pessoas têm suas mentes confusas quanto ao fato de crer, muitos pensam que crêem.

E realmente, o fazem em suas mentes, mas não em seus corações.

Muitos cristãos estão perdendo a batalha contra o inimigo nos lugares celestiais, porque ainda não tem ganhado a batalha em sua mente.

Não podemos conquistar as fortalezas espirituais em lugares celestiais, sem que primeiro tenhamos conquistados as fortalezas espirituais que satanás tem levantando em nossas mentes.

"Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento (mente) e de todas as tuas forças". (Mc 12.30)

Para Deus, é muito importante como está a tua mente. Não haverá progresso se nossa mente não se colocar em harmonia com Deus.

De todos os seres criados, o homem é o único que tem capacidade de pensar, porque é o único que foi feito à imagem e semelhança de Deus.

Se desejarmos, cumprir este primeiro mandamento temos que prestar atenção à situação de nossa mente. É impossível poder amar ao Senhor com toda a nossa mente se uma parte dela, todavia, não se submete à Sua vontade.

"O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos". (Tg 1.8); outra versão diz: "O homem de mente dobre é um homem com mente dividida". A inconstância espiritual que observamos em muitos cristãos é resultado de uma mente dividida.

Com uma parte tenta agradar a Deus e, com outra, tem comunhão com o sistema deste mundo.

"A vós também que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento (mente) pelas vossas obras más". (Cl. 1.21).

Paulo nos diz claramente nas escrituras que, antes de sermos salvos, nossa mente estava em inimizade com Deus, ao pensar independentemente de Deus.

O que o homem faz é conseqüência do seu pensamento. "Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente".( Gn 6.5).

Embora o homem tenha sido reconciliado com Deus por meio do sangue de Jesus Cristo, precisamos decidir que nossa mente tenha pensamentos que nos levem a manter uma vida de comunhão com Deus.

Se quisermos agradar a Deus, tem que haver uma transformação em nosso modo de pensar e atuar.

"Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira como também os demais". (Ef. 2.3)

Temos que entender que a carne por si só não pode fazer nada, sem que primeiro, receba ordem de sua mente, que foi a primeira que desejou e cobiçou.

O cristão tem a vantagem de poder controlar seus pensamentos porque tem a sua disposição a vida de Deus, a Palavra e o Espírito Santo. Se tua mente não está em comunhão com Deus, estará em comunhão com o mundo.

"Pensai nas coisas que São de cima, e não nas que são da terra". (Cl 3.2)

Deus espera que as pessoas que nasceram de novo coloquem sua mente nas coisas do espírito. É o poder da ressurreição em nós que nos capacita a dirigir nossas mentes para as coisas de Deus.

Quando a Bíblia diz: pense nas coisas lá de cima, não está dando uma sugestão, mas uma ordem.

Não vamos controlar nossos desejos e impulsos da carne se primeiro não tivermos o controle dos pensamentos que os ativam.

A Bíblia diz como o homem pensa em seu coração indicando que quem controla sua mente terminará controlando também o seu corpo.

Note que não podemos amar a Deus, com o nosso corpo, sem que tenhamos amado com a mente.

"Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; Eu serei o seu Deus". (Hb 8.10)

Hoje vivemos um novo pacto o qual foi instituído com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.

Este pacto é superior ao que foi instituído com Moisés no Sinai, porque promete uma transformação radical na pessoa que aceita.

Esse pacto se realiza à medida que a pessoa permite que Deus coloque Suas leis em nossa mente.

Lembre-se que Deus não faz nada em tua vida que você não deseje.
Quando há uma decisão de colocar a Palavra de Deus em primeiro lugar, Deus a coloca em tua mente e a escreve em seu coração.

Alguns ficam se perguntando: "Será possível que um cristão possa sofrer qualquer influência de satanás em sua vida?".

Há muitos cristãos que vivem uma fantasia espiritual dizendo: "Se eu ignorar o diabo, ele vai me ignorar também.

E satanás não pode entrar em nosso espírito, mas pode atacar nossa mente", por isto Paulo diz: "Não deis lugar o diabo".( Ef 4.27)

Tiago diz: "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós" .( Tg 4.7)

E satanás sabe que você jamais negará sua fé no Senhor Jesus Cristo, não pode entrar no seu espírito, por isso, tenta atingir sua mente.

E satanás conhece muito bem o funcionamento da mente humana. Sabe que se conseguir manter sua fortaleza na mente do cristão, quatro coisas acontecerão:

1 - O espírito não tem liberdade de expressão;

2 - A pessoa não tem paz em seu relacionamento e comunhão com Deus;

3 - Sua mente será um instrumento para fazer o corpo pecar;

4 - Não há autoridade espiritual para lutar contra as obras do diabo.

Percebe a importância de entender o funcionamento da mente da pessoa que é nascida de novo?

A mente é o campo principal da batalha dos filhos de Deus, ali se decide a vitória ou a derrota, se caminho em santidade ou caminho na carne, se terá um corpo sadio ou enfermo.

Aquele que ocupa o maior tempo em tua mente, será quem terá controle para levar vantagem em seu reino. Você decide se é Deus ou o diabo.

Por que tenho lutas? Esta é uma das muitas perguntas que muitas pessoas sinceras se fazem, quando descobrem que a vida cristã nem sempre é um jardim de rosas.

Às vezes as pessoas não entendem este conflito, e têm optado por separar - se do serviço de Deus, porque satanás tem convencido que não são salvas, porque se fossem salvas não teriam tantas lutas.

Meu propósito é conscientizá-lo da importância de renovar, santificar e ter uma mente de vitória. Lembre-se que Deus fez todas as provisões para que não haja derrota em tua vida cristã.

Você pode ter vitória na batalha de tua mente, pois isto foi designado por Deus. Deus deseja que cada um dos Seus filhos tenha uma mente livre de toda influência satânica, a qual possa ser usada para pensar os pensamentos de Deus.

Os seguidores de Jesus precisam ser encorajados a serem ousados ao enfrentar os inimigos de Deus.

A Bíblia é um livro para todos os momentos da vida. Ela atende aos interesses do homem em qualquer ocasião. Conforta os aflitos, sacode os preguiçosos e corrige os pecadores. Muitos de nós precisamos de todas estas coisas, uma vez ou outra.

Aqueles que desejam agradar a Deus precisam ser encorajados a serem ousados ao enfrentar os inimigos de Deus e seus servos. A Bíblia oferece a resposta certa.

Exemplos e afirmações, através de todo este grande livro, nos recordam que os servos de Deus, no final, vencem todas as guerras.

Jeremias precisou tal encoraja-mento, quando ele começou seu trabalho de pregação ao povo cabeça-dura de Judá. As palavras de Deus a ele devem fortalecer-nos nestes dias: "Tu, pois, cinge os teus lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença.

Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze, contra todo o país; contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar “(Jr1. 17-19).

COMO ENFRENTAR AS TRIBULAÇÕES - TRIBULAÇÃO: Aflição, adversidade moral
CRENDO QUE A TRIBULAÇÃO PRODUZ PERSEVERANÇA

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência. (Rm 5. 3)

A palavra “tribulação” refere-se a todos os tipos de provações que podem nos afligir. Isto inclui coisas como necessidades financeiras ou materiais, circunstâncias difíceis, tristeza, enfermidade, perseguição, maus tratos ou solidão.

Em meio a estas aflições, a graça de Deus nos capacita a buscar mais diligentemente a sua face e produz em nós um espírito e caráter perseverantes, que vencem as provações e as aflições da vida. A tribulação, ao invés de nos levar ao desespero e à desesperança, produz a paciência.

CRENDO QUE O SENHOR NÃO ESTÁ LONGE - Por que, SENHOR te conserva longe, E te escondes nas horas de tribulação? (Sl 10. 1)

Às vezes, podemos sentir a presença de Deus que nos abriga como um cobertor quente de amor e proteção. Em outras ocasiões, talvez não sintamos nada senão um silêncio estranho e deprimente.

Salmos como esse nos mostram que tais sentimentos de abandono não são incomuns.

Mas, como Davi nos faz lembrar em outro texto, podemos ter a certeza de que Deus está sempre conosco, não importa como nos sintamos.

ORANDO E CRENDO QUE O SENHOR RESPONDE O SENHOR te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança. (Sl 20. 1)

Os salmos 20 e 21 são paralelos. São orações a Deus em torno da luta de seus fiéis contra seus inimigos. O Sl. 20 é uma oração antes da batalha;

o Sl 21 é um ato de louvor depois da batalha. Para o crente em Cristo, o Sl 20 pode ser aplicado à sua luta espiritual. No presente, batalhamos contra as forças invisíveis, porém claramente reais, do mal, e ansiamos pela vitória sobre Satanás e os poderes demoníacos, e por ficarmos livres da presença deles.

CRENDO QUE DEUS É SOCORRO PRESENTE - Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. (Sl 46. 1 )

Deus quer estar perto do seu povo e prover-lhe ajuda e consolo. Este salmo evidencia fé e confiança em Deus, em ocasiões de instabilidade e insegurança. (1) –

Em Deus temos o poder e a capacidade de enfrentar as incertezas e lutas da vida. “Refúgio” fala de abrigo no perigo, mostrando que Deus é nossa real segurança nas tormentas da vida ( Is 4. 5, 6).

“Fortaleza” refere-se à força divina na peleja do crente contra seus inimigos (21. 8; Êx. 15. 13) e inclui o poder de Deus que opera em nós (Cl 1. 29) e nos capacita a vencer os obstáculos da vida. (2) Conclusão: Deus é “socorro bem presente nas tribulações”.

Ele está ao alcance do seu povo e quer que busquemos seu socorro em qualquer momento de necessidade (Hb. 4. 16). Ele é suficiente em qualquer situação e nunca nos deixa só. Por isso, não precisamos temer.

CRENDO QUE O SENHOR LIVRA - Na sua aflição, clamaram ao SENHOR, e Ele os livrou da tribulação em que se encontravam. (Sl 107. 6)

Veja Salmos 107. 6, 10-17, 19, 28. Como é difícil passar por momentos assim! Alguns problemas da vida são tão sérios que não nos deixam apenas tristes ou preocupados, mas profundamente angustiados

. Num momento desses, muitas vezes pensamos que Deus não se importa mais conosco e que a nossa dor nunca passará, porque não há solução para o nosso problema. Leia o texto bíblico e descubra lições importantes que o ajudarão a lidar com os momentos de angústia:

(1) – Deus sabe que estamos sofrendo e está disposto a nos ouvir. Ore e abra o seu coração para o Senhor.

(2) – Pode ser que você se sinta culpado (veja os versículos 11-12). Confesse tudo ao Senhor. Ele o perdoa totalmente.

(3) – Deus permite momentos de angústias para o nosso próprio bem e crescimento. Vemos as coisas com outros olhos depois.

(4) – Lembre-se que, ainda que demore um pouco, esse momento vai passar.

(5) – Quatro vezes o salmo afirma: clamaram ao Senhor e Ele os livrou das suas tribulações (v.6, 13, 19 e 28).

CRENDO QUE DEUS CONSOLA PARA CONSOLARMOS A OUTROS

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, - que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. (2 Co 1. 3 e 4)

Muitos pensam que quando Deus nos consola, nossas dificuldades devem desaparecer. Mas, se fosse sempre assim, as pessoas se voltariam a Deus somente com a intenção de serem aliviadas da dor, e não por amor a Ele.

Devemos entender que ser “consolado” pode também significar receber forças, encorajamento e esperança para lidar com as nossas dificuldades.

Quanto mais sofremos, mais conforto Deus nos dá. Se você estiver se sentindo subjugado, permita que Deus lhe console.

Lembre-se de que, a cada prova que enfrentar, você confortará outras pessoas que estão sofrendo dificuldades semelhantes às suas.

SOFRENDO TRIBULAÇÕES, PARA ENTRAR NO REINO DE DEUS - Eles pregaram as boas novas naquela cidade e fizeram muitos discípulos. Então voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, - fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer na fé, dizendo: “É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus”. (At 14. 21, 22)

Aqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e que um dia entrarão no Reino do Céu, hão de sofrer “muitas tribulações” ao longo do seu caminho.

Por viverem em meio a um mundo hostil, têm que se engajar na guerra espiritual contra o pecado e o poder de satanás (Ef. 6.12; cf. Rm. 8.17; 2 Ts. 1. 4-7; 2 Tm. 2. 12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma contínua batalha contra os poderes do mal. (1) –

Os que são fiéis a Cristo, à sua Palavra e aos caminhos de justiça, terão problemas e aflições neste mundo (Jo. 16. 33).

Somente o “crente” morno ou de meio termo viverá em paz com este mundo (cf. Ap. 3. 14-17). (2) – O presente mundo ímpio, bem como os falsos crentes, continuarão como adversários do evangelho de Cristo até quando o Senhor derrubar o sistema maligno deste mundo, na sua vinda (Ap. 19, 20).

Entrementes, a esperança do crente “está reservada nos céus” (Cl 1. 5) e está “já prestes para se revelar no último tempo” (I Pe 1. 5).
Sua esperança não consiste nesta vida, nem neste mundo, mas no aparecimento do seu Salvador para levá-lo para si (Jo. 14. 1-3; I Jo. 3. 2, 3).

Que Deus nos ajude a acertar o alvo da salvação através da vigilância e da prudência , mantendo sempre a nossa mente firmada no Senhor até a sua volta quando nos levará para si ,em nome de Jesus, amém!

O orgulho e a insensatez do rei Ezequias

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com



“Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor. E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei de babilônia” ( 2 Re 20. 17-18)

Esta profecia foi feita por Isaías, nos dias que Ezequias era rei de Judá, mais ou menos no ano de 713 AC. Ezequias reinou em Jerusalém de 716 a 687 AC. Para entendermos o porquê desta profecia, devemos voltar um pouco na história.

O rei Ezequias estivera doente. Chorou e pediu a Deus para viver um pouco mais e acabou ganhando mais quinze anos de vida. Ezequias pediu um sinal da parte de Deus, como confirmação, de que sararia, e este sinal envolvia o recuo da sombra do relógio de Acaz em dez graus. Em Babilônia, sábios que estudavam os astros, notaram este fenômeno na natureza e descobriram que isto era fruto de um sinal favorável de Deus a Ezequias.

Uma comissão foi enviada para cumprimentar o rei de Judá pela cura e oferecer presentes. Os Babilônicos não estavam em evidência no mundo nessa época, mas sim os Assírios. Muitos comentaristas dizem que os presentes tinham provavelmente a intenção de encorajar Ezequias a também se revoltar contra os Assírios.

Merodaque-Baladã, que era o rei de Babilônia, ao enviar os mensageiros esperava entregar presentes e buscar apoio político para as suas novas conquistas. Os embaixadores, porém, foram surpreendidos com a postura do rei de Judá. II Reis 20:13 conta que “Ezequias recebeu os mensageiros e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, e os melhores ungüentos, a sua casa das armas, e tudo o que havia nos seus tesouros; coisa alguma houve que não lhe mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio”.

Sem dúvida um dos objetivos de Merodaque-Baladã era buscar mais informação sobre o Deus com poder de fazer a sombra do sol regredir dez graus. Ezequias perdeu a grande chance de mostrar a grandeza do seu Deus. A oportunidade estava ali, diante de seus olhos, para mostrar aos viajantes do outro lado do Jordão as maravilhas do Deus do céu. Mas o orgulho e a vaidade tomaram posse do coração de Ezequias e esqueceu por completo o milagre recebido.

Ah! Amigo ouvinte, como é fácil, após sermos grandemente beneficiados, esquecermos do nosso benfeitor. Muitos já estiveram à beira da morte e ali, no desespero, fizeram muitos propósitos, muitos votos, muitas promessas. Só que, após a recuperação, foram esquecendo aos poucos da bênção recebida.

Para Ezequias era mais fácil e interessante falar das conquistas, dos armamentos, dos tesouros e de sua corte. Como é fácil para o ser humano destacar seus feitos, suas riquezas, seu poder, sua inteligência. Em resumo: falar de si mesmo e esquecer de Deus.
O profeta Isaías, que viveu em Jerusalém nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, profetizou que esse mesmo povo voltaria, não para trazer presentes, mas para levar toda a riqueza que foi mostrada, inclusive os filhos do próprio Ezequias que seriam levados como escravos.

O orgulho e a insensatez do rei Ezequias: Após a cura milagrosa ele recebeu uma embaixada do Rei de Babilônia (Merodaque - Baladã) com presentes para ele, mas o orgulho e a insensatez levaram Ezequias a mostrar tudo o que havia em sua casa, inclusive os seus tesouros, isso não pareceu bem aos olhos do Senhor, por isso foi repreendido pelo profeta Isaías declarando-lhe as conseqüências (2 Rs 20.12-18; Pv 18.2)

O rei Ezequias não corresponde aos benefícios de Deus

(2 Re 20:12-13)

v.12 – Ezequias era rei de Judá e um rei de um país distante, Babilônia, soube da grande bênção de cura que Deus havia dado a ele. Mandou carta, presente. Parece uma coisa simples, mas não era, tanto que Deus não aprovou os atos de Ezequias.

V.13 – Ezequias deu ouvidos
dar atenção ao inimigo que se aproxima como se fosse amigo não agrada ao Senhor, porque o Senhor sabe que a entrada do adversário na vida do servo vai destruir o ensino de Deus.

Vejamos o fato de um colega, mesmo pequeno, vem se torna amigo e ensina palavras feias, gestos feios, crítica você, servo, por vir à igreja, obedecer aos pais. Ensino do mal quanto ao vestir e fazer o que o mundo faz. Não está correto porque Deus sabe que isto vai trazer mal à vida do servo, serva, em qualquer idade. O que fazer? Não dar ouvidos para o mal.

Bem, o que mais Ezequias fez ao rei Berodaque da Babilônia?
V. 13 – mostrou toda a casa do seu tesouro, prata, ouro, as especiarias, os melhores ungüentos, mostrou tudo o que Deus lhe havia dado.

Então não se pode expor, mostrar, aquilo que Deus fez e faz na vida, na obra de Deus, para o inimigo. Até a casa de armas! Como se pode fazer isto? Ezequias se exaltou, esqueceu que tudo que ele tinha foi dado pelo Senhor.

De que fala para nós a prata, o ouro?

• A prata - fala de Salvação. O Senhor deu sua vida para nos salvar.
Judas vendeu ao inimigo O Senhor por 30 moedas de prata. Nós somos vasos comprados pelo sangue de Jesus (Mt 26:14-15).

• O ouro fala de poder, especiarias, louvor (Ct 4:10b e 13-14).

E a cura? Que maravilha!
Tudo isto não era para ele se orgulhar.

(Is 39:2) Ezequias se alegrou com o inimigo.

(2 Cr 32:25) Ezequias não correspondeu ao benefício, a bênção de deus na sua vida, família, no reino. Ezequias se exaltou.

Vigilância

diante disto que aconteceu e que deus escreveu, registrou, na palavra, nós vemos que deus vê o que há de bom no coração de cada um e também vê o mal, o orgulho pelo que tinha levando-o a se exaltar.

Ao servo cabe ser vigilante, não abrir as portas de sua casa ao inimigo.

Resultado

o profeta Isaías deu o recado de Deus:
(2 Re 20:17,18 ) “eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado à babilônia; não ficará coisa alguma, disse O Senhor.”

V.18- “e ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da Babilônia.”
Anos depois isso aconteceu. Foi quando daniel e seus amigos foram levados para babilônia através de Nabucodonosor.

Agora nós vivemos os dias para vigiarmos: “eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”

Não podemos deixar que o orgulho suba em nossa cabeça. Não há nada errado em sentirmos orgulho de nossas habilidades e realizações. Existe, todavia, uma coisa muito errada em acreditarmos que somos superiores aos outros e em pensarmos que somos invenciveis e que os outros não têm nada a nos oferecer. É uma armadilha: do falso orgulho. Às vezes pessoas preparadas para ocupar posições elevadas podem ser vitimas de sue próprio falso orgulho.

Se isso acontece com pessoas que tem muita capacidade, imagina o que pode acontecer com aqules que precisam lutar mais ou menos sozinhos para alcançar o objetivo deles. O orgulho pessoal é uma poderosa motivação. Ele pode permitir que uma pessoa atinja seus objetivos. Aqueles que têm orgulho de que fazem sai-se melhor que aqueles que não têm, tanto no dia a dia, como no trabalho.

No entanto,existe perigo no orgulho excessivo.quando começamos a acreditar que é o unico responsável por seu próprio sucesso,aí começam os problemas.

Acreditamos que somos mais espertos que os outros, que ninguém está a nossa altura.achamos que não precisamos mais do apoio de outras para alcançar nossos objetivos e acredita que pode enfrentar e superar qualquer desafio sozinho.

O pior de tudo é que o falso orgulho atinge pessoas de todas as camadas sociais e em todos os níveis de uma organização.

Os resultados nunca são bons. Existem alguns princípios que podemos usar e não cair na cilada do falso orgulho: sentir orgulho do trabalho, da escola, rende reconhecimento, autoconfiança, e realização ninguém ganha beleza física natural, é herdada, o sucesso não chegará de mãos beijadas, por causa do seu rosto bonito as realizações não são conquistadas apenas por seus esforços isolados.

Depedemos de professores, colegas, familiares, clientes e amigos que ajudam a sair bem em nossos atos se pensamos que não precisamos de ajuda, estamos em perigo. Tornamos-nos vulnerável ao fracasso no momento que começa a acreditar que é infalivel devemos sentir orgulho da nossa aparência, das realizações pessoais, mas evitemos o ressentimento dos outros. Devemos ser respeitados, mas sem ostentar a aparência ou suas realizações e não ignorar os ensinamentos dos mais velhos.

Esta profecia demorou mais de um século para ser cumprida. Tanto Ezequias, como Isaías, não presenciaram o cumprimento.

Mas no ano de 605 AC, Nabucodonosor, rei de Babilônia invadiu Judá. 2 Reis 24:1,13 e 14 relata: “Nos dias de Jeoiaquim subiu Nabucodonosor e invadiu a terra Tirou dali todos os tesouros da casa do rei e despedaçou a todos os vasos de ouro, que fizera

Salomão, rei de Israel Deportou de toda a Jerusalém, como também todos os príncipes, todos os homens valentes, dez mil presos, e todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra”. Todo o relato está nos capítulos 24 e 25 de 2 Reis.

Perceba que cerca de cem anos antes o profeta Isaías tinha profetizado sobre este momento. A primeira invasão dos babilônicos ocorreu em 605 AC. Em 589 Nabucodonosor voltou e cercou Jerusalém.

O sitio começou no nono ano de Zedequias e só terminou no décimo primeiro ano, no quarto mês. Pelos números, foi um longo período de cerco. A fome foi apertando e, então, numa noite, o muro foi arrombado e os homens de guerra de Judá fugiram, inclusive o rei.

Mas não tiveram sucesso na fuga, o exército inimigo os alcançou e o que aconteceu foi de uma verdadeira chacina. II Reis 25:6-7 diz: “Então prenderam o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla, onde foi pronunciada a sentença contra ele.

Aos filhos de Zedequias degolaram na presença dele, e a ele lhe furaram os olhos, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram para Babilônia”.

O que chama a minha atenção foi o que motivou esta profecia. Na minha maneira de ver foi o orgulho. O rei Ezequias, após tem uma das maiores bênçãos de Deus, a da saúde, não aproveitou para testemunhar do Deus do céu para os seus visitantes. O rei orgulhoso apenas se preocupou em mostrar riquezas, ouro e armas.

Amigo ouvinte, não esqueça que o orgulho sempre precede a queda. Quando você encontrar um orgulhoso, alguém que acha que “ele é o bom”, que “ele sempre está certo”, tenha apenas um sentimento: o de piedade. Porque se ele não mudar, em breve o pó será o seu destino.

Pense nisso e creia no Senhor Deus para estar seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fazendo de tudo para glorificar ao Nome do Grandioso Deus

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



"Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está no céu." (Mt 5.16).

Jesus estava ensinando aos seus discípulos sobre a diferença daqueles que o seguiam, ou seja, os verdadeiros seguidores de Cristo sobre o mundo, dizendo que eles teriam que resplandecer diante dos homens. A palavra "resplandecer", quer dizer revelar-se, brilhar, sobressair em outras palavras Cristo estava ensinando que o cristão autêntico tem que ter uma conduta diferente do mundo, ele tem que andar na contramão com o mundo e seus maus costumes que afastam o cristão da comunhão com o Deus santo. E com base nesta importante comparação que Cristo fez do cristão com a luz quero aqui compartilhar com os leitores sobre o "Testemunho Cristão".

1 " Aprendemos na Bíblia Sagrada que o cristão foi chamado para testemunhar da obras de Cristo e uma das maneiras de isto fazer é com nossas atitudes diante dos homens, nosso testemunho. "Ser-me-eis testemunhas" (At 1.8); a ordem do Mestre aos discípulos quando disse isto a eles era para que saíssem e compartilhasse com o povo das maravilhas de Jesus operada em vossas vidas e também aquilo que seus olhos presenciaram quando estavam ao lado de Jesus.

Temos que testificar para as pessoas o que Cristo tem feito em nossa vida e uma das maneiras de fazer está obra é com nossa maneira de viver, alguns dizem que a conduta de uma pessoa pode ser muito mais eficaz do que meras palavras (suas atitudes gritam tão alto que não consigo ouvir o que diz sobre você).

Infelizmente existem muitos cristãos, sejam eles leigos ou líderes de igrejas, que o seu testemunho não condiz com o que ele prega para as pessoas, é o famoso exemplo: eu digo que te amo, mas, meu coração e minhas atitudes dizem outra coisa completamente diferente.

2 " A vida do Cristão exige testemunho pessoal.

Temos que ter nossa própria experiência com Deus para compartilhar com os outros e para isso é necessário ter uma vida completamente entregue ao Senhor.

Não basta dizer sou cristão e pronto, as pessoas não vão acreditar se não vivermos uma vida de santidade e humildade na presença de Deus.

O salmo primeiro ilustra muito bem o padrão de conduta que deve nortear a vida do crente que experimentou o poder de transformação do Evangelho de Cristo em sua vida. Dar testemunho pessoal implica em demonstrar a nova vida recebida.

A experiência transformadora do evangelho dá um novo sentido, onde as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2Co 5.17). O testemunho do cristão reflete-se no novo estilo de vida na sociedade, antes tinha uma vida obscurecida pelo poder do pecado, agora transformados por Cristo temos que brilhar.

3 " O dever de Influenciar. Vivemos numa sociedade corrompida e precisamos influenciá-la com o testemunho de nossa própria experiência com Deus. Para que isto aconteça com eficácia é preciso uma vida guiada pelo Espírito Santo, que através do seu poder faz com que nossa vida seja uma chama viva para influenciar as pessoas.

Não é novidade, mas muitos cristãos perderam esse brilho, pois deixaram de viver para Deus trocando suas vidas de santidade, para andar de mãos dadas com os costumes mundanos.

Desta forma não tem nenhum poder para testemunhar de Cristo, sua luz está apagada ofuscada pelo pecado, quando a bíblia nos ensina que o pecado não pode mais exercer domínio sobre nossas vidas (Rm 6.14). Quando estávamos sob a lei o pecado era o nosso senhor. Mas agora estamos ligados a Cristo, Ele é o nosso Mestre e nos da o poder de praticarmos o bem, e resplandecer no meio de uma geração presa nas trevas do pecado.

4 " O Poder do Testemunho. Em muitos casos a experiência de vida do crente com Cristo é, muito mais eficaz do que um discurso bem elaborado, que na maioria das vezes é elaborado por alguém que não desfruta de uma experiência íntima com o Senhor e leva uma vida distante dos padrões bíblicos. Com isso seu discurso não tem poder para atingir a alma do ouvinte consegue até tocá-los, mas, de forma superficial produzindo efeitos momentâneos que com o tempo passam.

O testemunho eficaz é completamente diferente atinge o profundo e faz com que as pessoas alcançadas por ele reflitam sobre vossas vidas, de forma que procuram viver da mesma maneira ou buscam provar da mesma fonte de quem deu o testemunho.

Temos alguns casos na bíblia de testemunhos poderosos que influenciaram cidades como o da mulher Samaritana depois do encontro que teve com o Mestre (Jo 4.39-42) ver também (Lc 8.38-39).

O testemunho cristão é indispensável na vida daqueles que dizem servir a Cristo. Não adianta pregar e dizer às pessoas que Jesus salva e liberta se eles não contemplar nesta pessoa as obras de um verdadeiro servo de Deus.

E quem assim proceder, estará escandalizando em vês de cooperar para o crescimento do reino de Deus. O testemunho verdadeiro de um crente, não é aquele que ele conta, mas aquele que as pessoas vêem nele, através de suas obras.

O que é um cristão?

Vejamos: Cristão. A palavra "cristão" procede do grego (christianos), "cristão", nome dado aos seguidores de Cristo. Segundo o povo da época, significa "partidário de Jesus".

Encontramos esta palavra três vezes no Novo Testamento; a primeira esta em At 11.26, ali está escrito que em Antioquia os discípulos foram a primeira vez chamados "cristãos".

Isso da nos a entender que esse título dado aos seguidores de Jesus provém dos gentios.

A segunda esta em At 26.8, onde disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me "cristão".

E a terceira vez esta em 1Pd 4.16, nesta referencia o apostolo diz aos que padece como "cristão", não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome.

Assim entendemos que "cristão" era uma designação dada àqueles que seguiam a Cristo.

Assim sendo, esse título era dado somente aqueles que tinham uma vida transformada e se unia aquele grupo de seguidores de Jesus.

Infelizmente, com o passar do tempo, esse belo título começou a perder a sua singularidade, e começou a se aplicar a pessoas não conversas.

No tempo da aparente conversão do imperador Constantino em 313 dC. Pela causa do imperador romano se unir aos cristãos, quase toda a população da época desejaram receber esse título, mesmo não tendo a vida transformada e sem assumir um compromisso com Jesus.

E foi assim que se formou a igreja católica romana, (que não é apostólica).

E o que vemos hoje é uma multidão de pessoas chamadas cristã, mas que não tem nada a ver com o verdadeiro cristianismo bíblico.

Mas nos conhecemos o que é ser um verdadeiro cristão; então vamos prosseguir em honrar esse título tão lindo que recebemos. Testemunho. Do grego (marturion) ou (martírion), significa "testemunho, prova", (Mt 10.38; 24.14; Mc1.44; 6.11; 13.9; Lc21.13; At 4.33; 7.44; 2Co 1.2; 2Ts 1.10; 1Tm 2.6; Hb 3.5; Tg 5.3).

Em algumas edições há referencia traduzida por mártires, e martírio.

A palavra martírio como conhecemos procede deste vocábulo. Há muitas outras referencias tratando-se de testemunho baseados em termos gregos com pouca diferença do citado acima, e com seus diversos sentidos; porém sabemos que o testemunho estudado nesta lição se trata da vida no dia a dia do cristão.

Neste caso, o testemunho cristão se trata de uma vida exemplar, de boas obras, que as pessoas em geral possam ver no cristão o cumprimento daquilo que Jesus ensinou, e que o testemunho do cristão não seja apenas o que ele fala, mas o que ele faz.

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento (1Pd 1.15).

O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo aconselhava o mesmo a apresenta-se a si mesmo a Deus "aprovado" (2 Tm 2.15).

É claro que nesta referencia Paulo fala a Timóteo da sua aprovação como obreiro, mas esse dever não está restrito somente a obreiros, mas a todos os cristãos. Lembramos aqui do bom testemunho dos primeiros cristãos (At 2.41-47; 4.32-34).

Também em Rm 16.10 Paulo fala de Apeles, "aprovado" em Cristo.

Também Tiago diz que são bem aventurados os que suportam as provações, porque é depois de ser "aprovado" pelo Senhor que receberemos a coroa (Tg 1.12; 1 Tm 1.18.19; 4.13-15).

Depois destes cuidados de si mesmo para se apresentar a Deus, o cristão estará glorificado a Deus (1 Co 6.20).

Para que os outros glorifiquem a Deus. Pedro em seus escritos determina aos leitores que pratiquem boas obras, mesmo sendo caluniados, para que aqueles que falam mal dos cristãos, também possam um dia glorificar a Deus (1 Pd 2.12), convertendo-se também ao Senhor.

Não devemos jamais se esquecer das palavras do próprio Mestre Jesus que disse que somos a luz do mundo (Mt 5.14), para que os que verem nossas boas obras glorifiquem ao nosso Pai que esta nos céus (Mt 5.16).

Em confirmação a palavra que pregamos. Se não houver testemunho na vida do cristão, não adianta este ser um pregador eloqüente, possuir ate mesmo dons espirituais, e ate operar maravilhas; porque diante de Deus ele estará rejeitado, e até mesmo o povo que lhe assiste, quando observar que a sua vida não esta em conformidade com o que ele prega, estes também o rejeitarão. Tiago diz que devemos ser praticantes da palavra (Tg 1.22)

Não há maior testemunho na vida do cristão do que aquele que é vivido no dia a dia na presença dos que o rodeiam.

Como já citamos acima, não adianta nome, fama, estudo e talento.

Porque mais sedo ou mais tarde todos saberão que isso tudo não passa de uma farsa.

O que importa mesmo são as obras. Em uma vida de santificação. Santificação é a busca da santidade; santidade é a separação do pecado, do mundanismo, isto é, a maneira deste mundo viver e agir.

O apostolo Paulo diz que não devemos nos conformar com esse mundo, e a sua maneira de viver (Rm 12.2). João diz que não devemos amar o mundo (1 Jo 2.15).

A santificação é viver separado de tudo aquilo que desagrada a Deus. No serviço cristão. Quando o cristão faz a obra de Deus sem visar lucros, esta provando que serve ao Senhor de coração. Como Paulo, por exemplo, que renunciou a tudo para servir a Cristo sem pensar em remuneração.

E não só Paulo, mas os demais apóstolos e muitos outros discípulos de Jesus.

Até mesmo nos nossos dias atuais muitas são as pessoas que deixaram tudo para trabalhar para o Reino de Deus. E muitos outros que alem do seu trabalho necessário para sustento da família, ainda tiram o tempo para trabalhar para Jesus.

E alem disso, ainda contribuem para obra de Deus com seus dízimos e ofertas. Esses demonstram boas obras, e com isso um bom testemunho cristão. A Importância do Testemunho Cristão. Onde teremos a oportunidade de mostrar que somos o "sal da terra" e a "luz do mundo".

Isto porque, a vida cristã deve ser o modelo e o referencial para a sociedade. Por isso, o Testemunho Cristão não deve ser visto como uma opção, e sim, como um imperativo... Como disse o apóstolo Paulo: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus."

O Testemunho Cristão refere-se ao comportamento e as atitudes dos servos de Deus, de acordo com o modelo bíblico, que o cristão demonstra, no seu dia-a-dia, que é um discípulo do Senhor Jesus.

É dever de todo cristão, ter uma vida íntegra, independente do modelo e dos padrões da sociedade moderna.

Como disse o Senhor, por intermédio do profeta Malaquias: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve" (Ml 3.18); demonstrando, assim, que o mundo deve ver esta diferença em nós (2 Rs 4.9; I Tm 4.12).

Para ilustrar a importância do Testemunho Cristão, o Senhor Jesus utilizou-se de dois elementos comuns aos ouvintes: o sal e a luz.

A ilustração do sal fala do nosso caráter; a luz fala do nosso testemunho. Observe que Cristo falou primeiro do sal da terra e depois da luz do mundo. Assim o caráter precede o testemunho.

Vejamos algumas lições práticas que podemos extrair desses dois elementos:

O Cristão como Sal da Terra: O sal é chamado de cloreto de sódio. Esta substância tem propriedades importantes.

Por esta razão Jesus a utilizou para tipificar o papel dos seus discípulos:

O sal é preservador: Ele conserva e preserva; daí ser figura da pureza. Sua cor alva também fala disso.

Ele evita a deterioração. O sal produz sede: "É a multidão perguntando aos apóstolos: "Que faremos varões irmãos?" (At 2.37).

É o carcereiro de Filipos clamando: "Senhores! Que é necessário que eu faça para me salvar?" (At 16.31). São as multidões à procura de Jesus (Mt 4.25; 8.1; 12.15; 14.14).

O crente, como sal, cria sede espiritual nos outros, e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a fonte da salvação. O sal é invisível quando em ação: O sal antes de ser aplicado é visível, mas ao começar a agir, temperando, preservando, toma-se invisível.

O sal age invisivelmente, mas sua ação é claramente sentida. O Cristão como Luz do Mundo: Diferente do sal, que não é visto em ação, a luz só tem valor quando é percebida. A ausência da luz permite que a escuridão prevaleça.

Mas, quando a luz chega, as trevas desaparecem. A luz não tem preconceitos: Ela tanto brilha sobre um criminoso como sobre uma criança inocente. Ela tanto brilha sobre um lamaçal, como sobre uma imaculada flor.

Assim deve ser o crente no desempenho de sua missão de luz no mundo, esparzindo a luz do Evangelho de Cristo sobre todos os povos, raças, culturas e indivíduos, independente de idade, sexo, cor, religião, profissão e posição. A luz precisa ser alimentada (vv. 15,16): A luz que iluminava as casas nos tempos de Jesus era de lamparina, alimentada através de um pavio mergulhado em azeite.

O tipo de material da lâmpada variava, mas o combustível era um só: o azeite. O mesmo ocorre ao verdadeiro cristão.

Ele depende sempre do óleo do Espírito Santo para difundir a luz de Cristo e a luz do Evangelho.

A luz não se mistura: Mesmo que ela ilumine lixo, sujeira, lamaçal, etc, ela não se contamina. Assim deve ser o crente: viver neste mundo tenebroso à difundir a luz de Cristo, sem se contaminar com o pecado e as obras infrutuosas das trevas. A importância vital desses dois símbolos pode ser observada pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor (Mt 5.13).

Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente (Mt 5.14). Podemos enumerar pelo menos três objetivos do testemunho cristão: Demonstrar à sociedade que somos novas criaturas: Não há nenhum erro em tornar conhecidas a mudanças realizadas em nós, por intermédio da ação do Espírito Santo, desde que o objetivo não seja a autoglorificação.

Através do testemunho cristão, o crente demonstra à sociedade que já não é mais o mesmo, e que sua vida foi transformada, tornando-se numa nova criatura (Rm 8.1; 2 Co 5.17) Evangelizar: Através do seu testemunho pessoal, o cristão também evangeliza. Sua própria vida já é um testemunho vivo do poder de Deus.

Se demonstrarmos um bom testemunho diário, estaremos propagando, com eficácia, o poder do Evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, conforme Rm 1.16.

Glorificar a Deus: Ninguém pode duvidar que, através do testemunho cristão, os homens podem glorificar a Deus.

Jesus disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus." (Mt 5.16).

A Palavra de Deus, como "regra de fé e prática" do cristão, descreve os princípios divinos que direcionam e guiam a vida do cristão, independente de sua cultura, status, época. (Sl 119.9,11,105; Jo 17.17).

Vejamos, então, na Palavra de Deus, a atitude cristã neste mundo: O Cristão não deve amar o mundo (I Jo 2.15): A palavra mundo, neste texto, não se refere a humanidade, e sim, ao sistema corrompido e perverso.

Como cristãos não devemos amar as coisas deste mundo, tais como: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo 2.16). O Cristão não deve se conformar com o mundo (Rm 12.2): A expressão "não vos conformeis" tem o sentido de "não tomeis a forma" ou "não sejas igual".

Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo é que o cristão não deve tomar a forma do mundo, ou seja, não deve andar de acordo com o modelo e os padrões deste mundo. O Cristão não deve ser amigo do mundo (Tg 4.4): O apóstolo Tiago nos adverte que "qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus".

Ser amigo do mundo significa compartilhar com o modo de viver deste mundo que "jaz no maligno" (I Jo 5.19).

O CRENTE E O SEU TESTEMUNHO ( 2 Co 3.2,3; Ef 5.8-15) Deus deu ao mundo uma revelação escrita: a Bíblia usando para isto "homens santos de Deus que falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21).

Todavia Deus quer que a sua revelação seja também divulgada através do testemunho de seus seguidores, através daqueles que experimentam em suas vidas o poder da Santa Palavra.

Por isso. Ele disse já no tempo do Velho Testamento: "Vós sois as minhas testemunhas" (Is 43.10). O nosso texto áureo também fala disto: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está no céu" (Mt 5.16).

Quando, pois lemos nesta lição "VÓS SOIS A CARTA DE CRISTO" (2 Co 3.3), estamos realmente inseridos neste importante contexto.

Deus tem muitas "cartas" pelas quais a sua mensagem, o seu testemunho, está sendo divulgado.

Estas cartas são os seus servos. O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO "CARTA DE CRISTO 1. Ser um salvo fiel. Jesus andou neste mundo, mas não deixou nenhuma obra escrita pela sua própria mão. A Bíblia menciona uma única vez que Jesus escreveu.

Foi quando Ele, diante dos acusadores da mulher adúltera, com seu dedo, escreveu na areia (Jo 8,11). Aquela escrita, naturalmente, desapareceu. Quando a Bíblia fala de "carta de Cristo", ela salienta o grande valor de uma vida verdadeiramente salva, a qual se constitui numa "carta" lida e conhecida diante dos homens.

COMO O CRENTE SE TORNA "CARTA DE CRISTO" O próprio texto diz que não se trata de uma carta material, pois diz: "Não escrita com tinta, em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração" (2 3.3). 1. Tendo a experiência de salvação.

A primeira condição para alguém se tornar uma "carta de Cristo", é ter a experiência da salvação. Em Fiz 36.26 lemos sobre a transformação que Deus opera no homem quando Ele lhe tira o "coração e pedra" e põe em seu lugar um coração de carne.

Ë isto o que realmente acontece na vida do homem quando o Espírito Santo o regenera (Jo 3.6). Então a luz divina manifesta ao homem as trevas que nele operavam, condenando-as (Ef 5.11,13).

O Espírito Santo exige daquele que se converte um rompimento completo com o mundo de trevas (Ef 5.11), Conforme Efésios 5,14 podem ver que três coisas acontecem simultaneamente no momento da conversão:

a. "Desperta tu que dormes".

O homem é despertado " pelo Espírito Santo e sente vontade de romper com o pecado e com as trevas.

b. "Levanta-te dentre os mortos". Vemos aqui a ordem para o homem se definir e aceitar Jesus.

c. "E Cristo te esclarecerá. O milagre da salvação acontece quando o homem pela fé aceita Jesus como seu suficiente salvador.

Por meio da experiência da salvação o Espírito Santo "escreve" dentro do coração do regenerado, a lei de Deus (Hb 8.10). Pela nova natureza recebida na salvação (2 P 1.4), ele deseja agora obedecer a verdade (1 Pe 1.23), e desse modo S( torna uma carta de Cristo. Aleluia!

2. Permanecendo em Cristo. Quando o crente permanece e_ Cristo (Jo 15.1-5), Ele é formado no crente (01 4.19).

E a vida do Filho de Deus começa a manifestar-se ir sua maneira de viver (2 Co 10.11). O crente se santifica (1 Pe 1.15), e sua vida se toma "lida" e conhecida pelos homens, os quais reconhecem que ele anda com Jesus (At 4.13).

3. Sendo Ensinado na Palavra de Deus. Deus também usa o ministério da Igreja na elaboração desta "carta".

Paulo escreveu aos coríntios: "Vós sois a carta de Cristo... ministrada por nós" (2 Co 3.3).

Deus deu ao ministério a incumbência de ensinar à Igreja para promover o "aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.12).

Um crente que não perde oportunidade de ouvir a Palavra de Deus e procura praticá-la (Mt 7.24), desenvolve-se e toma-se uma "carta" de bom conteúdo, porque a Bíblia diz: "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja per(eito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Tm 3.16,17).

4. Sendo guiado pelo Espírito Santo. A operação do Espírito Santo é importante na "redação" desta carta. Paulo escreveu aos coríntios que eles eram uma carta "escrita com o Espírito de Deus" (2 Co 3.3).

Quando o Espírito Santo tem liberdade de operar na vida do crente, Ele opera neste a santificação (Rm 1.4), e dá-lhe poder para testemunhar de Jesus (At 1.8).

O crente vive, portanto, guiado pelo Espírito Santo (Rm &14). E, andando em Espírito, a carne não poderá impedi-lo de ser usado por Deus como uma verdadeira "carta" (01 5.16). Cuidado irmão! Não entristeças o Espírito Santo no qual foste selado (Ef 4.30), mas vive renovado pelo Espírito Santo cada dia (Ef 4.23; 2 Co 4.16).

O CONTEUDO DA "CARTA DE CRISTO" O Evangelho. Deus quer por meio dos crentes alcançarem os pecadores com a mensagem de reconciliação (2 Co 5.18-20), convidando-os para a salvação (Mt 11.28; Lc 14.17-23).

Cristo quer também, por meio das suas "cartas", enviarem aos crentes vacilantes na fé uma mensagem a respeito das bênçãos da vida de comunhão com Deus, e também enviar-lhes uma advertência amorosa quanto ao perigo espiritual que correm (Ez 3.21).

Ele quer ainda por meio delas informar a todos que a sua vinda é iminente. AS "CARTAS" DEVEM SER CONHECIDAS PELOS HOMENS Uma carta deve chegar ao conhecimento do destinatário, pois somente assim ele será beneficiado pelo seu conteúdo.

Isto fala da necessidade do crente saber conviver, entre os pecadores; sendo alegre e comunicativo. O crente sabe entrar em contacto com aqueles que precisam da mensagem de Deus sem se deixar influenciar pelos hábitos do mundo.

Quando alguém for alcançado pela mensagem da "carta de Cristo" ele jamais deverá receber para si as honras e louvores pelo seu testemunho (conteúdo), pois estes cabem somente ao seu Autor, Jesus Cristo.

Façamos como o apóstolo Paulo que disse: "Longe esteja de eu gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (Gl 6.14).

Fomos chamados e escolhidos por Jesus (Jo 15.16), para testemunhar de suas grandes obras em nossa vida, para isso temos que está com nossa vida debaixo de sua abundante graça vivendo o verdadeiro cristianismo, não um cristianismo medíocre que é apresentado por alguns, um cristianismo onde não há transformação de vida as pessoas continuam vivendo sob o domínio do pecado, enganados por uma falsa liberdade que os leva a praticas mundanas: enganando os irmãos através da corrupção para tirar vantagens, se prostituindo, e também a busca desenfreada pelo poder por parte de alguns líderes estás e outra s coisas ofuscam a luz que um dia foi acesa dentro de nós pelo Espírito Santo na nossa conversão.

Sigamos a orientação de Paulo aos crentes filipenses: para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; (Fp 2.15).

Como cristãos, devemos nos conscientizar que somos "sal da terra" e "luz do mundo" (Mt 5.13,14); bem como devemos nos comportar de modo íntegro, diante de Deus e dos homens, para que, através do nosso testemunho, Deus seja glorificado (Mt 5.16).

Como sal, precisamos ter uma vida de tal forma que, aqueles que nos vêem e nos ouvem, sintam que nossa presença faz diferença.

Como a luz, precisamos, através do nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta. Meus queridos irmãos! Sinto-me honrado ao estudar com vocês este maravilhoso tema. E convido-vos para darmos uma analisada no nosso testemunho cristão.

Uma vida inteiramente consagrada ao Senhor, representa uma mensagem que, qual uma carta, se torna lida e conhecida.

No que estamos fazendo, e deixando de fazer? Será que Deus esta sendo glorificados através de nossas obras?

Que Deus nos ajuda alcançar a perfeição no limite máximo possível; sabendo que isso só ocorrerá plenamente quando ocorrer a transformação do nosso corpo mortal e corruptível em um corpo glorioso, quando estaremos para sempre com o senhor. Em nome de Jesus. Amém!

As Quatro atitudes para se livrar do pecado escondido

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com




Tudo o que fizermos, de certo e errado, será revelado. Algumas coisas serão reveladas ainda neste mundo. As demais (a maioria, felizmente), quando formos julgados no Grande Trono Branco.

Tudo o que fazemos está escrito no livro da nossa vida: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.

"Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Ap 20:11,12).

Agora, para os que nasceram de novo, nasceram do Espírito Santo e cujos nomes foram escritos em outro livro, o livro da vida do Cordeiro, não haverá julgamento. Todos os nossos pecados foram esquecidos por Deus.

Foram jogados no mar do esquecimento. Deus revelará somente as coisas que fizermos por amor a Jesus e nos galardoará por elas. “Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre” (Hb 10:17).

As Escrituras mostram a necessidade de certas atitudes para se livrar do erro oculto. Considere estes princípios bíblicos e faça as mudanças necessárias na sua própria vida: Vejamos agora “As Quatro atitudes para se livrar do pecado escondido”

1. Não tente enganar a si mesmo.

reconheça que o seu pecado escondido está errado. Uma das defesas mais antigas do pecador é de negar o fato do pecado. Se você consegue se persuadir que seu hábito não é pecaminoso, a consciência não vai doer tanto.

Mas o padrão que define o pecado é a palavra de Deus, não os desejos e opiniões do homem: "... o pecado é a transgressão da lei" (1 Jo 3.4). "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Pv 14.12).

Podemos fechar os olhos à verdade e recusar ouvir a palavra de Deus, mas tal rebeldia não mudará nem um "i" da verdade revelada. "O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável" (Pv 28.9).

2. Arrependa-se dos pecados praticados.

O homem procura maneiras suaves de tratar o problema do pecado, mas Deus não as aceita. Ele exige o arrependimento verdadeiro, nascido da tristeza segundo Deus (2 Co 7:10). "O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Pv 28.13). Para ficar livres do pecado, temos que deixá-lo.

3. Confesse-os a Deus.

O perdão divino é condicionado na confissão do pecador. João escreveu para cristãos que, como todos, tinham seus defeitos. Mas ele não minimizou o problema do pecado. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9; At 8:20-23).

4. Procure a ajuda de alguém.

O diabo utiliza bem a vergonha do ser humano. A tendência é de pensar assim: "Não posso falar com ninguém, porque outras pessoas vão pensar mal de mim, perder respeito por mim, ou falar para todo mundo sobre o meu problema." É normal sentir vergonha quando revelamos nossas fraquezas e pecados a outros. Quando nos abrimos, tornamos vulneráveis e sentimos desprotegidos.

Mas, não seria melhor arriscar a vergonha agora do que passar eternidade banido da presença de Deus (2 Ts 1:7-8). Se você não consegue se livrar dos seus hábitos pecaminosos sozinho, peça ajuda.

(Tg 5.16) mostra que confessamos nossos pecados a outros porque queremos ser curados: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo."

No mesmo contexto (5:14), Tiago diz que os doentes (a mesma palavra, usada outras vezes no Novo Testamento, se refere a pessoas espiritualmente doentes) devem chamar os presbíteros da igreja, os homens responsáveis por instruir e corrigir os cristãos.

Entenda que, mesmo depois de ser perdoada pelos pecados do passado, uma pessoa pode sofrer conseqüências do erro. Davi se arrependeu e foi perdoado depois de cometer adultério e matar o marido da amante (2 Sm 12:13-14), mas ainda perdeu o filho que nasceu e, depois, mais três filhos.

Hoje em dia, há pessoas que morrem de câncer porque fumavam escondidas. Algumas pessoas que nunca revelaram seus problemas com bebidas alcoólicas sofrem, depois, de doenças do fígado.

A fornicação e o adultério são descobertos, em alguns casos, por causa de gravidez ou doenças sexualmente transmitidas. Muitas vezes, essas conseqüências vêm depois da pessoa se arrepender e ser perdoada.

Dominando o pecado
Quando a oferta de Caim foi rejeitada por Deus, ele ficou irado.

Deus falou com ele, e o avisou da mesma batalha que acontece na vida de cada um de nós: "Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo" (Gn 4:7).

Sabemos o que Caim fez quando enfrentou esse desafio. Nós, pela Graça de Deus, podemos fazer melhor (Rm 6:12-14; Cl 3:1-3; Hb 2:18).

Que Deus nos abençoe e nos ajude na batalha contra o pecado.

As 3 táticas de Josafá para alcançar a vitória

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com




“Então, Jeosafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em toda a Judá.” (2 Cr 20.3)

Nenhum indivíduo está isento de contraírem inimizades, principalmente quando há conflitos envolvendo lideranças.

Jeosafá foi surpreendido no momento inesperado, e pelo que nos mostra o texto ele estava despreparado para o confronto militar, pois o seu contingente era muito menor do que o dos inimigos (2 Cr 20.1,2) foi isso que levou Jeosafá a temer (2 Cr 20.3).

Vejamos a reação de Jeosafá, a atitude, oração e vitória que ocorreu quando:.

• Josafá temeu, buscou ao Senhor por meio de jejum e oração, pedindo-Lhe socorro.

• Há oração e jejum, o Espírito do Senhor começa a agir no meio da congregação.

• O Senhor escolheu para usar um levita, um dos cantores do Templo: JAAZIEL, cujo nome significa DEUS VIGIA SOBRE MIM. Este levita, inspirado pelo Espírito Santo, profetizou palavras de consolação divina, demonstrando O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA.


• Primeiramente, Deus tirou o temor do coração de Josafá, mostrando-lhe que a peleja é d`Ele ( Cr 20:3, 15).

• Depois, o Senhor começou a traçar as estratégias, demonstrando a Sua onisciência, onipresença e onipotência, porquanto:

• (A) - Sabia onde o inimigo se encontrava;

• (B) - O que estava fazendo;

• (C) - Haveria vitória sem haver luta corporal;

• (D) - O Senhor era com eles (2 Cr 20.16-17)

• (1) - Josafá reverenciou Deus, confiou no Seu poder e agradeceu, antecipadamente, pela vitória prometida ( 2 Cr 20:18);

• (2) - Josafá não levou armas carnais; só espirituais: a fé e o louvor ( Cr 20:19);

• (3) - Josafá exortou o povo a crer em Deus para alcançar segurança, e confiar nos profetas do Senhor, para que prosperidade fosse alcançada ( Cr 20:20);

• (4) - O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA foi tão grande, que Josafá ordenou cantores para o Senhor, que saíram marchando à frente do exército, louvando a Deus, e dizendo: RENDEI GRAÇAS AO SENHOR, PORQUE A SUA MISERICÓRDIA DURA PARA SEMPRE! Ou seja: A batalha já estava ganha pelo PODER DA VERDADEIRA PROFECIA! ( Cr 20:21)

• (5) - Bastou o louvor ter início para Deus começar a agir! O Senhor pôs emboscadas contra os inimigos, que foram totalmente desbaratados, não havendo nenhum sobrevivente ( Cr 20.22-24)

A Reação do Rei Josafá

A reação de Jeosafá foi de grande medo, isso é muito natural acontecer quando o sujeito encontra-se ameaçado, ora os seus inimigos eram em grande número e mais forte do que ele, mas em toda ação uma reação, seja ela de covardia ou de coragem (2 Cr 20.3).

Vejamos agora “As 3 táticas de Josafá para alcançar a vitória”

1. Atitude

A atitude de Jeosafá foi a mais correta, buscar o SENHOR, ele enfrentou de maneira exemplar conduzindo o povo a ter a melhor saída para a situação.

a) Reuniu o povo; (2) Buscou o Senhor com jejum;

b) Reuniu outras pessoas para orar;

c) Confessou ser incapaz para vencer aquela batalha;

d) Obedeceu a voz do Espírito Santo;

e) Creu e confiou inteiramente na sua palavra (2 Cr 20.3-12).

2. Oração

No texto encontramos cinco verdades principais nas quais Jeosafá expressa a sua confiança no SENHOR;

a. Ele sabia que Deus tem poder sobre as pessoas em qualquer situação;

b. Para ele o Senhor tinha sido fiel no passado, presente e seria no futuro;

c. Ele sabia que sem o Senhor jamais alcançaria vitória;

d. Sabia que as promessas de Deus jamais falhariam, e que era um fundamento para a sua fé;

e. Sabia que a presença do Senhor resultaria numa grande vitória (2 Cr 20. 6,7,14-17,20).

3. Louvor

Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o SENHOR, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus, dizendo: Rendei Graças ao SENHOR, porque a sua misericórdia dura para sempre. (2 Cr 20.21).

Irmãos, harpas e flautas não são as armas mais potentes para se levar ao campo de batalha! Por outro lado poderia ter sido uma boa oportunidade para se livrar dos que cantam muito alto ou tocam desafinado! A orientação estranha de Deus tinha a finalidade de mostrar a Josafá que a vitória só vem por seu Espírito, não por armas ou exércitos.

À medida que os cantores começaram a cantar, vejam só o que aconteceu com os inimigos: Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados. (2 Cr 20.22).

O segredo da nossa vitória sobre qualquer circunstância da nossa vida está exatamente neste ponto: louvar e cantar! Essa vitória memorável ensinou ao povo daquela época e também a nós nesta manhã, que o louvor e a adoração são elementos vitais na batalha espiritual.

Através do louvor e de uma vida de louvor, Deus pode alcançar uma pessoa. Este mundo não tem nada parecido com a música de louvor e adoração que cantamos. Talvez você pergunte: por quê? Porque Deus habita no meio dos louvores de seu povo! Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel. (Sl 22.3).

A multidão pode cantar o hino nacional juntos num campeonato de qualquer modalidade ou pode cantar junto uma canção antiga e conhecida num concerto. Mas, a música de louvor e adoração ao nosso Deus é prerrogativa exclusiva da igreja que foi comprada com o sangue do Cordeiro. Irmãos, quando falo em superar as circunstâncias, não estou falando em usar a inteligência para resolver um problema.

Estou falando de fé além das circunstâncias. Estou dizendo que não importa qual seja a situação, Deus está no controle de cada detalhe de sua vida como cristão. O nosso Pai sabe o que está fazendo.

Ele nos prometeu que: Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. ( Rm 8.28b).

Quando a nossa confiança é depositada em Deus, ela nos leva ao caminho da vitória, essa confiança deve ser permanente e em todas as circunstâncias. Deus sempre quer nos ajudar nas batalhas, mas devemos nos organizar espiritualmente como fez Jeosafá naqueles dias. Não devemos nos curvar e nem entristecer diante das situações, por mais danosa que ela seja, devemos crer que superaremos, essa é a garantia da nossa vitória. A vitória de Jeosafá aconteceu de forma milagrosa, porque a peleja não era dele, mas do Senhor (2 Cr 20.17), foi cantando e adorando que eles alcançaram a vitória.

Ele ainda é o mesmo, acreditemos sempre, porque nEle não há sombra, nem variação “Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros” (2 Cr 20.20b).

Se quisermos ser vitoriosos jamais deveremos recorrer à ajuda ou recursos humanos e sim divinos; não é lutando fisicamente que obteremos a vitória, e sim tomando a atitude certa. Vivendo uma vida de constante oração e principalmente louvando a Deus.

Assim fazendo por certo que as barreiras cairão , os ferrolhos serão destruídos e as cadeias do cárcere se romperão, em nome de Jesus. Amém!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A vida de Sansão e a importância da Santificação

Publicado em: 11/11/2011
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



Os juízes foram líderes tribais que governaram Israel no período que se seguiu à conquista da terra. Quando se estabeleceram na terra, os israelitas enfrentaram muitos inimigos vizinhos. Um deles vem da costa do Mar Mediterrâneo. Trata-se dos filisteus. Saul e Davi muito se empenharam para combatê-los.

Mas antes dos reis, Deus levantou uma pessoa para começar a libertar Israel do domínio dos filisteus: Sansão. Este foi uma figura um tanto contraditória: foi consagrado desde o ventre da sua mãe para Deus, mas viveu uma vida dissoluta e imoral. Apesar dos desvios morais, seu nome está na lista dos heróis da fé (Hb 11.32).

I. Veja a biografia de Sansão

1. Seu nome significa PEQUENO SOL

2. O 13º juiz de Israel

3. Filho de Manoá um Danita, Jz 13.2, “ Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. (V.3) Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho”.

4. Nazireu consagrado a Deus desde o ventre (Jz 3.5) “porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será Nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus”.

5. Casou se com uma filisteia de Timna (Jz 14.1) “ Desceu Sansão a Timna; vendo em Timna uma das filhas dos filisteus

(V.2) subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por esposa.

(V.3) Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? “Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado”.

6. Julgou Israel por 20 anos ( Jz 16.31) “Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, tomaram-no, subiram com ele e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Julgou ele a Israel vinte anos”.

7. Sua morte e sepultamento ( Jz 16.30,31), “ E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.

Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, tomaram-no, subiram com ele e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Julgou ele a Israel vinte anos”.

II. OS FEITOS DE SANSÃO

1. Põe fogo na ceara dos filisteus ( Jz 15.5) “Tendo ele chegado fogo aos tições, largou-as na seara dos filisteus e, assim, incendiou tanto os molhos como o cereal por ceifar, e as vinhas, e os olivais”.

2. Fere mil com uma queixada ( Jz 15.15) “Achou uma queixada de jumento, ainda fresca, à mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens”.

3. Ele Arranca os portões de Gaza ( Jz 16.3) “Porém Sansão esteve deitado até à meia-noite; então, se levantou, e pegou ambas as folhas da porta da cidade com suas ombreiras, e, juntamente com a tranca, as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima, até ao cimo do monte que olha para Hebrom”.

4. Na sua morte mata milhares de inimigos ( Jz 16.30) “E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”.

III. OS ERROS DE SANSÃO

1. Brincar com o pecado ( Jz 16.19) “Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força”.

2. Não prestigiar a presença de Deus ( Jz 16.20) “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele”.

3. Pecados não confessados ( Pv 28.13) “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.

4. Casar com mulher ímpia ( Jz 14.1-3) “ Desceu Sansão a Timna; vendo em Timna uma das filhas dos filisteus

(V.2) subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por esposa.

(V.3) Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? “Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado”. Ver ainda 16.1: “Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela”.

. Revelar segredos espirituais ( Jz 16.16,17) Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou Nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem.

(V. 18) Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração.

“Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxeram com eles o dinheiro”.

IV. O PREÇO QUE SANSÃO PAGOU

1. Traído por pessoas próximas ( Jz 14.15-17) “ Ao sétimo dia, disseram à mulher de Sansão: Persuade a teu marido que nos declare o enigma, para que não queimemos a ti e a casa de teu pai. Convidastes-nos para vos apossardes do que é nosso, não é assim?

(V.16) A mulher de Sansão chorou diante dele e disse: Tão-somente me aborreces e não me amas; pois deste aos meus patrícios um enigma a decifrar e ainda não mo declaraste a mim. E ele lhe disse: Nem a meu pai nem a minha mãe o declarei e to declararia a ti?

(“V.17) Ela chorava diante dele os sete dias em que celebravam as bodas; ao sétimo dia, lhe declarou, porquanto o importunava; então, ela declarou o enigma aos seus patrícios”.

( 16.4,5): “ Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila.

(“V. 5) Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata”.

2. Ser vencido e dominado pelo inimigo ( Jz 16.21) “Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere”.

2. Ser envergonhado e envergonhar seu povo ( Jz 16.23,24) “ Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer grande sacrifício a seu deus Dagom e para se alegrarem; e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo.

(V. 24) Vendo-o o povo, louvavam ao seu deus, porque diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e o que destruía a nossa terra, e o que multiplicava os nossos mortos.

4. Ter os olhos vazados ( Jz 16.21) “Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere”.

5. Ser motivo de escárnio ( Jz 16.25), “Alegrando-se-lhes o coração, disseram: Mandai vir Sansão, para que nos divirta. Trouxeram Sansão do cárcere, o qual os divertia”.

6. Tombar junto com os inimigos ( Jz 16.30) “E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”.

• Sansão deveria Fugir
A maioria dos homens não gosta de admitir que foge de alguma coisa.

Fugir projeta uma imagem de covardia em nossas mentes, que é estranha aos nossos pensamentos, exceto em raras ocasiões. Contudo, quando estamos pensando corretamente, percebemos que há certas coisas que justificam uma retirada apressada.

O Senhor nos advertiu contra um pecado do qual precisamos "fugir" (1 Co 6.18). O pecado da imoralidade sexual (chamada fornicação ou relações sexuais ilícitas em algumas traduções) é de tal força destrutiva que quando Satanás nos tenta com suas seduções precisamos dar-lhe as costas e fugir. Muitos homens, que pensaram que podiam enfrentar tentação prolongada, caíram (1 Co 10.12).

É verdade que não podemos remover todas as tentações sexuais de nossas vidas, mas não temos que sujeitar-nos a situações desnecessárias e insensatas que dão a Satanás vantagem sobre nós. Na primeira investida da tentação é hora de buscar a ajuda do Senhor.

Como qualquer outra sedução de Satanás, as tentações sexuais são comuns para o homem. Contudo, temos a convicção de que seremos capazes de resistir e que ele proverá "o livramento" (1 Co 10.13). Talvez nosso problema seja que não estejamos realmente procurando o livramento.

Vejamos a importância de mantermos uma vida de santificação mantendo uma boa distância do pecado

O que é fornicação?

Já observamos que algumas traduções da Bíblia usam a palavra "fornicação" onde outras usam a expressão "relações sexuais ilícitas" ou "imoralidade sexual". A palavra original grega é porneia, que é definida como "relações sexuais ilícitas" (Dicionário da Bíblia Almeida), que inclui, mas não é limitado ao adultério.

A palavra "ilícito" (que significa ilegal ou impróprio) pode confundir algumas pessoas, uma vez que vivemos num tempo quando pouca coisa é considerada ilícita. Somente porque nossas autoridades civis legalizaram algumas atividades que Deus não autorizou não as tornam corretas.

Um homem que, mesmo com a aprovação do governo, se divorcia de sua esposa sexualmente fiel, ou cuja esposa se divorcia dele, e se casa com outra, comete adultério ( Mt 5.32; 19.9).

Desde que Deus autorizou cada homem a "ter sua própria esposa" e vice-versa (1 Coríntios 7:2), qualquer variação (sexo pré-marital ou extra-marital, bem como bigamia, poligamia e homossexualismo) é ilícito e cai dentro da definição de fornicação.

O que é casamento?

É triste que tenhamos de definir o casamento, mas as forças do mal tentaram legitimar a perversão chamando-a casamento. Em alguns lugares os governos estão sancionando relações entre pessoas do mesmo sexo e chamando-as de casamento. Uma vez que Deus é o autor do casamento, ele é o único que tem o direito de defini-lo.

A Bíblia inspirada por Deus é consistente do início ao fim em qualquer afirmação, e exemplo na aplicação da palavra casamento exclusivamente à relação entre homem e mulher.

Ainda que em certo tempo Deus permitisse a um homem ter uma pluralidade de esposas, no Novo Testamento não há autorização para poligamia, e ainda que pudesse ser chamada "casamento", ainda é ilegal.

Evitar a fornicação

Um dos propósitos do casamento é prover um ambiente no quais homens e mulheres possam satisfazer seus desejos sexuais e evitar a fornicação. Para que o casamento sirva como um impedimento efetivo da imoralidade sexual, as necessidades de ambos os parceiros precisam ser satisfeitas, e assim Deus ordena a ambos os cônjuges que cedam uns aos outros às necessidades sexuais de cada um (1 Co 7:2-5).

A relação sexual deveria ser uma experiência satisfatória para ambos os parceiros, e não uma oportunidade para prazer egoísta. Não é segredo que homens e mulheres reagem aos estímulos sexuais de modo diferente, e como resultado alguns homens ficam impacientes. Assim como um artífice hábil não se apressa durante um projeto para produzir uma obra de arte, um esposo hábil dedica o tempo necessário a aprender como agradar sua esposa neste importante aspecto de sua vida comum.

Algumas vezes casais casados pensam no que é permitido e no que é proibido dentro da relação de casamento. Porque por Deus, "pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade..." (2 Pe 1:3), podemos confiar no que é revelado em sua palavra sobre este assunto. O Novo Testamento diz que "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (He 13:4).

Portanto, por autorização geral, qualquer intimidade envolvendo somente o esposo e sua esposa que: não ofenda a consciência de nenhum deles (Rm 14.22); e não viole algum outro princípio dado por Deus, é "imaculada".

O adultério e outras formas de fornicação começam no coração. Jesus reorganizou isto e advertiu contra olhar para outra mulher com o propósito de provocar desejos sexuais (Mateus 5:28). Uma das mais óbvias avenidas conduzindo a este pecado é a pornografia, que precisa ser evitada para se ter pensamentos sadios (Fp 4.8).

Deverá também ser lembrado que não é bom ficar muito familiar com outras mulheres que não a própria esposa. Se outra mulher é sua amiga, a amizade deverá ser cultivada somente na presença de sua esposa, e mesmo então deverá ser isenta de qualquer provocação sexual. Cuidado com qualquer mulher que tente ser sua "amiguinha".

A sexualidade é parte da criação de Deus e nos foi dada para nosso deleite. Deus sabe o que é melhor para nós e nos autorizou a satisfazer esses desejos dentro da relação de casamento. Qualquer desvio do plano de Deus trará desastre para o seu casamento e sua alma.

Continuem progredindo (4:1-2). Ao ouvir o evangelho de Cristo e ao recebê-lo como a palavra de Deus e não como a dos homens (1 Ts 2.13), os tessalonicenses aprenderam a maneira pela qual deviam viver e agradar a Deus (4:1). O evangelho revela "a justiça de Deus", ou seja, tudo aquilo que Deus julga necessário que saibamos, a fim de vivermos vidas que lhe sejam agradáveis e que levem à vida eterna ( Rm 1:16-17; 2 Pe 1:3-4). Estes irmãos foram "inteirados" nas instruções do Senhor Jesus (4:2; Mt 28:18-20), e precisavam continuar "progredindo cada vez mais" (4:1).

A vida cristã não é o resultado do mero conhecimento da vontade de Deus, e sim da prática desta vontade (Tg 1:22-25).

Da santidade (4:3-8). O ensino do evangelho visa a vontade de Deus para nos santificar (4:3; veja 1 Pedro 2:4-5, 9-10). "Santificar" (e assim, "santo," "santidade," etc.) literalmente quer dizer "separar", e significa que Deus, pelo evangelho, separa do mundo para salvação as pessoas que lhe obedecem ( Hb 5:9; 2 Ts 2:13-14; 1 Pe 1:14-16).

Quem é santo se disciplinará na vontade de Deus em todos os aspectos da sua vida, mas aqui Paulo fala explicitamente de santidade nas relações sexuais. A ordem de Deus é que o cristão não participe de prostituição, ou seja, relações sexuais antes de casar ou com quem não é seu cônjuge (4:3).

Estas não são meras recomendações de Paulo baseadas na ética ou na moralidade, e sim são mandamentos de Deus, visando a disciplina e a santidade do corpo e da mente, pois até "o desejo de lascívia" não cabe a pessoas que conhecem a Deus (4:4-5). O cristão se afastará da sensualidade do mundo, sabendo que Deus vai julgar toda impureza, quer seja pública, quer seja em particular (4:6-8; Hb 4:12-13).

Do amor fraternal (4:9-12). Nunca é possível amar demais, e mesmo que os irmãos já fossem instruídos e estivessem fazendo bem na prática do amor fraternal, Paulo achou necessário exortá-los a progredir (4:9-10). Ele lhes deu exemplos de como aplicar o amor em suas vidas: vivendo sua própria vida de maneira que não perturbassem a outros (Rm 12:17-18, 13:13-14), e trabalhando para suprir as suas necessidades e as de outras pessoas ( Ef 4:28), para que não viessem a ser um peso a ninguém (4:11-12).

A biografia de Sansão tem sido até um exemplo para aqueles que se descuidam de sua vida de comunhão com Deus. Achamos que está tudo bem, quando o Espírito Santo já está triste conosco (Ef 4.30). Perdemos as forças espirituais, a graça, a unção e só nos resta a angústia, uma vida de derrota e tristeza.

Mas se reconhecermos nosso estado e clamarmos ao Senhor, Ele nos renovará e nos levantará para glória do seu nome, amém!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O que fazer para Deus atender às nossas orações

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com




A estratégia final do adversário para enganar os crentes é fazer com que duvidem da fidelidade de Deus em responder a oração. E satanás quer que acreditemos que Deus fechou os ouvidos para nosso choro, e que nos deixa sozinhos para resolvermos as coisas por nós mesmos.

Com toda honestidade, muitos santos de Deus lutam com estes pensamentos - "Se os ouvidos de Deus estão abertos para minha oração, e oro com diligência, porque existe tão pouca evidência de que Ele está respondendo?".

Será que há certa oração que você tem feito já há muito tempo, e que ainda não obteve resposta? Até mesmo anos já se passaram e você ainda aguarda esperançoso, e, no entanto com dúvidas?

Tomemos o cuidado em não fazer como Jó, que acusou Deus de ser preguiçoso; e de não se preocupar com nossas necessidades e petições. Jó queixou-se, "Clamo a ti, e não me respondes; estou em pé, mas apenas olhas para mim" (Jó 30.20).

A visão dele quanto à fidelidade de Deus estava empanada por suas dificuldades do momento, e ele acabou acusando Deus de se esquecer dele. Deus o repreendeu severamente por isto.

É tempo de nós cristãos olharmos honestamente para as razões pelas quais nossas orações são abortadas. Podemos ser culpados de acusar Deus de negligência, quando o tempo todo é nossa própria conduta a responsável. Quero mencionar algumas razões porque nossas orações não são atendidas.

 Quando Não Estão de Acordo Com a Vontade de Deus.

Não temos liberdade de orar a esmo por tudo que nossas mentes egoístas possam conceber. Não temos permissão para entrar na Sua presença e dar vazão à nossas tolas idéias, e falatórios impetuosos. Se Deus assinasse todas as petições sem sabedoria que Lhe fazemos, Ele acabaria entregando Sua glória.

Existe uma lei da oração! É uma lei com o intuito de exterminar orações desprezíveis e egoístas - ao mesmo tempo, tornando possível aos que procuram com honestidade, o pedir com confiança. Em outras palavras - podemos orar por qualquer coisa que queiramos desde que seja da Sua vontade.

"Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve" (1 Jo 5.14).

Os discípulos não estavam orando de acordo com a vontade de Deus quando oravam com espírito de vingança, e retaliação. Fizeram um pedido a Deus da seguinte maneira: "Queres que mandemos descer fogo do céu para consumi-los?" Jesus respondeu: "Vós não sabeis de que espíritos são" (Lc 9.54,55).

Jó, em sua tristeza, implorou a Deus que lhe tirasse a vida. E se Deus tivesse atendido tal oração? Esse modo de orar era contrário ao desejo de Deus. A palavra nos previne: "Que sua boca não seja apressada em falar perante o Senhor".

Daniel orou da forma correta. Primeiro, foi às escrituras para pesquisar a mente de Deus. Tendo recebido instruções claras, e certo da vontade dEle, ele corre para o Seu trono com poderosa confiança. "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para buscá-lo com oração"(Dn 9:3).

Sabemos muito sobre o que nós queremos e muito pouco sobre o que Ele quer.

 Quando Tem Como Meta O Realizar Cobiça Secreta, Sonhos Ou Ilusões.

"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tg 4.3).
Deus não responderá nenhuma oração que aumente nossa honra, ou que favoreça nossas tentações. Em primeiro lugar, Deus não responde nenhuma oração de uma pessoa que abrigue cobiça no coração. Todas as respostas são em função do arrancar de nossos corações o mal, a lascívia, e os pecados que nos assediam.

"Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Sl 66.18).

O teste para saber se nosso pedido é ou não baseado na cobiça é muito fácil. Como lidamos com demoras e recusas é a dica. Orações baseadas na cobiça exigem respostas rápidas. Se o coração lascivo não recebe rapidamente o objeto desejado, fica reclamando, chora, e desmaia - ou desabafa numa fase de murmuração e reclamação, finalmente acusando Deus de estar surdo.

"Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?"(Is 58.3).

O coração de cobiça não pode ver a glória de Deus em Suas recusas e demoras. No entanto, não teve Deus maior gloria em não atender a oração de Cristo para salvar Sua vida, se possível, da morte? Trema ao pensar onde estaríamos hoje se Deus não tivesse recusado aquele pedido.

Deus, na Sua justiça, está obrigado a atrasar ou recusar nossas orações até que estejam purificadas de todo egoísmo e cobiça.

 Quando Não Mostramos Zelo em Ajudar Deus Na Resposta.

Vamos a Deus como se Ele fosse uma espécie de parente rico, que nos auxiliará e dará tudo que pedirmos, enquanto que não levantamos nem um dedo para ajudar. Levantamos nossas mãos a Deus em oração, depois as colocamos nos bolsos.

Esperamos que nossas orações façam com que Deus trabalhe para nós, enquanto ficamos sentados esperando, pensando: "Ele tem todo o poder; eu não tenho nenhum, então vou simplesmente ficar quietinho, e deixar que Ele faça o trabalho".

Parece uma boa teologia, mas não é. Deus não vai admitir a presença de nenhum pedinte preguiçoso à Sua porta. Deus não vai nem nos deixar ser caridosos para com aqueles que na terra se recusam a trabalhar.

"Ordenamos-vos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma" ( Ts 3:10).

Não há nada em desacordo com as escrituras sobre o ajuntar suor à nossas lágrimas. Tome como exemplo, a questão de orar por vitória sobre um desejo secreto que permanece no coração.

Será que você simplesmente pede a Deus para tirá-lo de forma milagrosa, depois fica sentado, esperando que o desejo morra por si? Nenhum pecado jamais foi destruído num coração, sem a cooperação da mão do próprio homem, como no caso de Josué.

Durante toda a noite, ele ficou prostrado lamentando a derrota de Israel. Deus o colocou de pé dizendo: "Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? Israel pecou. Dispõe-te, santifica o povo..."(Js 7: 10-13).

O pecado secreto faz com que não sejamos bem sucedidos com Deus em oração, porque na realidade, pecado não entregue significa ficar do lado do diabo. Um dos nomes de Deus é "Revelador de Segredos"(Daniel 2:47).

Ele precisa trazer à luz os segredos escondidos das trevas, não importa o quão santo seja aquele que procura escondê-lo. Quanto mais uma pessoa se esforça em esconder um pecado, quanto mais certo é que Deus o exponha. O caminho nunca está livre para o pecado secreto.

"Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos" (Sl 90.8).

Deus protegerá Sua própria honra acima da reputação daqueles que pecam em segredo. Deus expôs o pecado de Davi para conservar Sua própria honra perante os ímpios. E Davi, que era tão zeloso de seu bom nome e reputação, até hoje permanece à nossa frente exposto e ainda confessando - toda a vez que lemos sobre ele nas escrituras.

Não - Deus não permitirá que bebamos de águas furtadas, e depois tentemos beber de Sua fonte sagrada. Não apenas nosso pecado secreto irá nos desmascarar, mas também nos impedirá de receber o melhor de Deus e trará uma torrente de desespero, dúvida, e medo.

Não culpe Deus por não ouvir suas orações se você não está ouvindo o chamado d‘Ele para ser obediente. Você vai acabar blasfemando contra Deus, e acusando-O de negligência, enquanto que o tempo todo o culpado será você.

 Por Um Ressentimento Secreto Alojado no Coração Contra Outra Pessoa.

Cristo não lidará com ninguém que tenha um espírito irado e que não perdoe. Somos ordenados a que: "Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual" (1 Pe 2:1,2).

Cristo nem mesmo se comunicará com uma pessoa briguenta, desagradável, e que não perdoe. A lei de Deus sobre oração é clara sobre este assunto, "levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade" (1 Tm 2.8).

Por não perdoarmos os pecados cometidos contra nós, tornamos impossível a Deus o nos perdoar e abençoar. Ele nos ensinou a orar: "Perdoa-nos, como perdoamos aos outros".

Existe um ressentimento contra alguém queimando em seu coração? Não veja isto como algo que você tenha o direito de acolher. Deus leva este tipo de coisa muito a sério.

Todas as brigas e disputas entre os irmãos e cristãos devem entristecer Seu coração muito mais do que todos os pecados dos ímpios. Não admira que nossas orações encontrem impedimento - tornamo-nos muito obcecados por nossos próprios sentimentos magoados, e tão preocupados com a forma com que fomos maltratados pelos outros.

Existe também uma maligna falta de confiança crescendo nos círculos religiosos. Invejas. Falta de caridade, amargura - e um espírito de vingança, tudo em nome de Deus. Não deveríamos nos espantar se Deus fechar as próprias portas do céu para nós, até que aprendamos a amar e perdoar.

Sim, até mesmo àqueles que mais nos feriram. Tire este Jonas de seu barco e a tormenta cessará.

 Por Não Esperarmos Muito Delas.

Aquele que espera pouco da oração, não terá muito poder ou autoridade na oração. Quando questionamos o poder dela, nós o perdemos. O diabo está querendo roubar nossa esperança fazendo parecer que a oração não é mais eficaz.

Como satanás é esperto - tentando nos enganar com mentiras e medos desnecessários. Quando trouxeram a Isaque a falsa notícia de que José havia sido morto, isso o deixou doente de desespero, mesmo sendo mentira. José estava vivo e prosperando, enquanto todo esse tempo o pai se angustiava em sofrimento - tendo acreditado na mentira. Da mesma forma Satanás está tentando hoje nos enganar com mentiras.

Medos inacreditáveis roubam do crente a alegria e confiança em Deus. Deus não ouve todas as orações - Ele ouve apenas orações que crêem. Oração é a única arma que temos contra a ardente escuridão do inimigo. Esta arma precisa ser usada com grande confiança, porque caso contrário não teremos outra defesa contra as mentiras de Satanás. Está em jogo a reputação de Deus.

Nossa falta de paciência é prova suficiente de que não esperamos muito da oração. Deixamos o lugar secreto da oração, prontos a prosseguir nosso caminho de qualquer jeito - e ficaríamos até chocados se Deus realmente respondesse.

Pensamos que Deus não nos ouviu porque não vemos nenhuma evidência de resposta. Mas disto você pode ter certeza - quanto mais uma oração é protelada, tanto mais perfeita será finalmente a resposta. E também, quanto maior o silêncio, mais barulhenta a resposta.

Abraão orou por um filho, e Deus respondeu. No entanto, quantos anos se passaram até que ele segurasse aquela criança nos braços? Toda oração de fé é ouvida no momento em que é feita, mas Deus escolhe responder de Seu próprio modo e em Seu próprio tempo. Enquanto isto, Ele espera que nos alegremos nas promessas nuas, e que nos banqueteemos na esperança enquanto esperamos pelo cumprimento.

E além disso, Ele envolve Suas recusas no doce pacote do amor, para impedir que caiamos no desespero.

 Quando Nós Mesmos Tentamos Dizer Como Deus Deveria Responder.

A única pessoa para a qual ditamos leis é aquela em quem não confiamos. Aqueles em quem confiamos, deixamos livres para fazerem o que consideram certo. No final é tudo uma questão de falta de confiança.

A alma crente, depois de ter despejado seu coração ao Senhor em oração, submete-se à fidelidade, à bondade e à sabedoria de Deus. O verdadeiro crente deixa o modelo da resposta entregue à misericórdia de Deus. Qualquer que seja a forma escolhida por Deus para responder, essa resposta será bem vinda pelo crente.

Davi orou diligentemente por sua casa, e depois entregou tudo à promessa de Deus - " Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto eterno" ( 2 Sm 23:5 ).

Aqueles que prescrevem a Deus o como e quando responder, na realidade limitam o Santo de Israel. Se Deus não trouxer a resposta pela porta da frente, não estarão cientes de Sua chegada pela porta dos fundos. Confiam apenas em resultados finais e não em promessas.

Mas Deus não será constrangido pelo tempo, maneira, ou meios de responder. Ele irá por todo o sempre fazer abundantemente mais do que pedimos, ou pensamos pedir. Responderá com saúde, ou com graça que é melhor que saúde. Mandará amor, ou algo, além disto. Ele livrará, ou fará algo ainda maior.

Ele deseja que simplesmente deixemos nossos pedidos alojados em Seus poderosos braços, que lancemos todas nossas ansiedades sobre Ele, e que prossigamos em paz e serenidade na espera de Seu socorro. É trágico ter um Deus tão poderoso, e tão pouca fé n‘Ele.

Basta de "Será que Ele pode?". Fora com tanta blasfêmia. Como isto deve irritar os ouvidos do nosso onipotente Deus. "Será que Ele pode perdoar? Ele pode curar? Será que pode agir por mim?" Fora com esse tipo de incredulidade! Ao invés, chegue-se a Ele "como a um fiel Criador". Quando Ana orou com fé, ela "levantou-se de seus joelhos para comer, e seu semblante não estava mais triste".

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.

Eu pedi Força.... E Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.

Eu pedi Sabedoria... E Deus me deu Problemas para resolver.

Eu pedi Prosperidade... E Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.

Eu pedi Coragem... E Deus me deu Perigo para superar.

Eu pedi Amor... E Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar.

Eu pedi Favores... E Deus me deu oportunidades.

Eu não recebi nada que pedi... Mas eu recebi tudo de que precisava.

Por que Deus, aparentemente, não responde a certas orações? Você já orou sincera e fervorosamente por alguma coisa que você nunca recebeu? Talvez você tenha orado firmemente por um filho sadio e seu bebê nasceu com defeitos sérios.

Ou você orou pela vida de um ente querido, mas, de fato, essa pessoa morreu. Talvez você tenha orado pela possibilidade de certo trabalho dar certo, e não deu, ou para que um amigo se afastasse do pecado e voltasse ao Senhor, mas o amigo recusou. Por que o Senhor não responde? Consideraremos três razões.

 Porque há problemas com a oração

Deus não responde a todas as orações. Ele não dá ouvidos às orações dos perversos. Observe certos textos que mostram claramente Deus recusando ouvir as orações daqueles que fazem o mal: "Então, chamarão ao Senhor, mas não os ouvirá; antes, esconderá deles a sua face, naquele tempo, visto que eles fizeram mal nas suas obras" (Mq 3:4)."Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.

Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.1-2). "Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males" (1 Pe 3.12). As Escrituras são unânimes em ensinar que a vida desobediente de uma pessoa impedirá Deus de responder as suas orações.

Não é somente à pessoa perversa que Deus não ouvirá. Ele não ouve as orações da pessoa que está espiritualmente em cima do muro:"Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos"(Tg 1.6-8).

Uma pessoa cujo compromisso espiritual é incerto não será ouvida. Deus também não dará ouvidos a orações egoístas: "pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tg 4.3).

Deus não responderá a orações que são feitas para se mostrar: "E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa" (Mt 6.5).

E o Senhor não responde a orações por perdão quando a pessoa está se recusando a perdoar outro: "se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mt 6.15).

Quando minhas orações não são respondidas, seria uma boa idéia eu olhar no espelho e determinar se há algum problema comigo ou com o meu motivo ou com aquilo pelo que estou orando. Porque é possível que o Senhor não responda por falha minha.

 Porque Deus não age conforme nosso cronograma

Algumas vezes parece como se Deus não estivesse respondendo a nossas orações por ele não agir tão prontamente como tinha esperado. Ou talvez ele esteja agindo, mas não o percebemos. Os homens ficam impacientes. Se não vêem alguma resposta imediata, pensam que Deus está adormecido.

Habacuque, por exemplo, queixou-se a Deus porque não estava sendo ouvido; Deus lhe disse que ele já estava fazendo alguma coisa da qual ele nem sabia (HQ 1:2,5-6). O Senhor lhe disse: "Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar espera-o, porque, certamente, virá, não tardará"(HQ 2.3).

Os mártires sob o altar estavam clamando por vingança e lhes foi dito que esperassem um pouco (Ap 6.9-11). José teve de sofrer por ser raptado e vendido e então esperar durante 13 anos de escravidão e prisão antes que Deus o libertasse.

Mas ele mais tarde viu claramente que a mão de Deus estava em tudo o que tinha ocorrido (Gn 45.5-8). Abraão esperou até ter 100 anos de idade para receber o filho que o Senhor lhe havia prometido. Jó teve que esperar durante agoniados meses de dor e sofrimento sem saber se o Senhor o havia ouvido ou se cuidava dele.

Deus não age apressadamente; age no tempo que ele, em sua infinita sabedoria, determina que seja o melhor. Temos que esperar pacientemente.

As palavras no final de Habacuque são um grande lema para nós: "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação"(Hq 3.17-18).

Não importa o que acontece e não importa como as coisas parecem ficar ruins, precisamos esperar no Senhor e depositar toda a nossa esperança e confiança nele.

 Porque não é a vontade de Deus

Jesus orou insistentemente no jardim para que a taça passasse dele, mas acrescentou: "contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua" (Lc 22.42). Evidentemente, não era essa a vontade de Deus, porque Jesus bebeu a taça até a última gota.

Às vezes, nossa idéia do que seria o melhor para nós difere profundamente do que o Senhor pensa que precisamos. Paulo é uma excelente ilustração deste princípio: "E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.

Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.

De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo “ (2 Co 12.7-9).

Ainda que Paulo rogasse três vezes que o espinho fosse removido, o Senhor categoricamente disse que não. Uma vez que o Senhor sabe o que é melhor, é uma bênção que ele aja de acordo com sua vontade, e não com a nossa.

Os pais, às vezes, desapontam os filhos pequenos porque recusam fazer tudo o que eles querem. Por exemplo, eles recusam permitir que seus filhos brinquem com fósforos ou dirijam um carro.

Algumas vezes o jovem pode sentir-se privado e magoado porque seus pais não atendem ao seu desejo — ele até pode pensar que seus pais não o amam — mas na verdade eles mostram muito mais amor dizendo não do que permitindo que ele faça como lhe agrada... e ferir-se.

Davi jejuou e orou para preservar a vida de seu filho recém-nascido, mas reconheceu a vontade do Senhor quando Deus não atendeu ao seu rogo e a criança morreu (2 Sm 12).

Outra verdade importante é que Deus não violará o livre arbítrio do homem ao atender a uma oração. Em geral, podemos ter confiança em que “se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito" (1 Jo 5.14-15).

Mas o versículo seguinte adverte-nos de que Deus dará vida em resposta a nossas orações somente no caso do irmão que não peca para morte (isto é, que está [disposto a] permitir que Deus o leve a arrepender-se e receber perdão).

Mas oração pelo irmão que está determinado a permanecer em pecado e que recusa os oferecimentos de Deus de misericórdia não será respondida.

Quando oramos e a vontade de Deus é diferente da nossa é muito difícil ajustar-nos para aceitar a vontade do Senhor como a melhor. Moisés teve este problema: "Também eu, nesse tempo, implorei graça ao Senhor dizendo: Ó Senhor Deus! Passaste a mostrar ao teu servo a tua grandeza e a tua poderosa mão; porque [que] deus há, nos céus ou na terra, que possa fazer segundo as tuas obras, segundo os teus poderosos feitos? Rogo-te que me deixes passar, para que eu veja esta boa terra que está dalém do Jordão, esta boa região montanhosa e o Líbano.

Porém o Senhor indignou-se muito contra mim, por vossa causa e não me ouviu; antes, me disse: Basta! Não me fales mais nisto “(Dt 3.23-26).

Homens como Moisés, Davi e Paulo foram destacados servos do Senhor. Mas nem mesmo eles queriam sempre o que coincidia com sua vontade. Nossa perspectiva é tão limitada e nossa sabedoria tão falha! Às vezes, precisamos dizer (com Abraão): "Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25).

Deus fará o certo. Oramos sinceramente, mas então pedimos que a vontade do Senhor se sobrepusesse à nossa própria se houver qualquer contradição.

 A diferença entre os dois caminhos:

1- O caminho do homem: Quando o homem decide seguir o seu próprio caminho, ele segue só, arcando com as conseqüências da sua escolha.

2- O caminho de Deus: No caminho de Deus o homem pode contar com seu cuidado, sua ajuda e proteção, "coluna de nuvem de dia e coluna de fogo à noite" (Ex 13.21,22).

Exemplos:

1- Israel no deserto: Água, pão, carne;

2- José do Egito: Sai do cárcere para o trono;

3- Daniel na cova dos leões: Deus enviou o seu anjo;

4- Os jovens na fornalha de fogo: Entrou na fornalha com eles.

Vamos tomar como exemplo os ensinamentos do nosso mestre, o Senhor Jesus quando instruiu aos seus discípulos sobre como eles deveriam orar:

"De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos pediu; Senhor ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos" (Lc 11.1).

A oração é importante. Todos os que querem seguir o Senhor sabem que a oração é parte essencial da vida do discípulo. Entretanto, poucos oram e muitas vezes, quando oramos, parece que lutamos para nos expressarmos a Deus.

Embora possa parecer que a oração deveria vir a nossa boca como uma expressão confortável de nossa fé e confiança em Deus, ela freqüentemente parece difícil, talvez ineficaz.

Os primeiros seguidores de Jesus observaram seus hábitos de oração. Eles o viram freqüentemente procurando um lugar deserto para falar com seu Pai. Numa ocasião dessas, eles pediram sua ajuda. Também desejamos comunicar- nos com Deus como seu filho estava fazendo. "Senhor, ensina-nos a orar" (Lc 11.1).

Jesus fez como eles pediram. Ele os ensinou como orar, tanto por suas palavras como por seu exemplo. Ele orava freqüentemente, fervorosamente e com grande fé naquele que estava ouvindo aquelas orações. Através do exemplo de sua vida, ele está ainda nos ensinando a orar.

 Palavras de oração

A resposta imediata de Jesus ao pedido dos apóstolos é encontrada em Lc 11.2-4

Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixes cair em tentação.

Nem esta oração, nem a semelhante encontrada em Mt 6.9-13, são destinadas a repetição palavra por palavra. Jesus não estava ensinando palavras para serem memorizadas e recitadas; ele estava ensinando a orar.

Ele deu um exemplo que mostra que tipo de coisas devemos incluir em nossas orações. Devemos:

1. Reverenciar e glorificar a Deus: "Pai, santificado seja o teu nome". Grandes orações de grandes homens e mulheres são sempre proferidas com grande respeito a Deus.

Quando Moisés, Ana, Davi, Daniel, Neemias e outras importantes personagens da era do Velho Testamento oraram, começaram com declarações de genuína reverência a Deus, como criador e comandante do universo.

2. Buscar a vontade de Deus: "Venha o teu reino". A oração não é um instrumento para manipular Deus para que faça nossa vontade. Aqui, Jesus orou pelo reino de Deus, sabendo que esse reino só poderia vir com todo o seu poder através da avenida de sua própria morte.

Aqui, como na oração agonizante no Getsêmani, Jesus colocou a vontade do Pai acima de seus próprios interesses: "Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mt 26.39).

Quando vemos a oração como nada mais do que uma oportunidade de fazer pedidos a Deus, colocamos a vontade do servo indevidamente acima da vontade do Senhor. Deveremos sempre procurar fazer a vontade de Deus.

3. Reconhecer nossa dependência de Deus para as necessidades físicas: "O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia". Esta não é uma exigência de abundância e riqueza. Jesus nem praticou, nem ensinou a noção materialista de que o discípulo pode "dizer e exigir" o que quer na oração.

Diferentemente das orações de certas pessoas hoje em dia, que se aproximam de Deus como pirralhos mal criados exigindo tudo o que querem, Jesus mostrou aqui uma dependência de Deus para as necessidades básicas da existência diária. Precisamos de Deus todos os dias.

4. Reconhecer nossa dependência de Deus para as bênçãos espirituais: "Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixeis cair em tentação". Encontramos algumas lições valiosas no versículo 4.

Exemplos de oração
Pouco é registrado das palavras específicas com que Jesus orou. Podemos aprender muito simplesmente observando quando, onde e por que Jesus orou.

1. Quando Jesus orou? Ele orou em horas de grandes provações, tais como o exemplo já citado de suas orações no Getsêmani, poucas horas antes de sua morte. Ele orou momentos antes de grandes decisões.

Lc 6.12-16 conta o dia em que Jesus escolheu os doze homens aos quais seria dada a responsabilidade de levar o evangelho ao mundo. Note o que ele fez antes de selecioná-los; "Retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus" (Lc 6.12).

Ele orou antes de grandes obras. Quando Jesus se preparou para ressuscitar Lázaro dentre os mortos, ele primeiro se dirigiu ao seu Pai, em oração (Jo 11.41-43). Ele orou quando sua obra terminou (Jo 17:4).

2. Onde Jesus orou? Embora as orações de Jesus nunca fossem limitadas pelo tempo ou pelo espaço, é claro que ele freqüentemente procurou um lugar e uma hora livre e sem interrupções para falar com seu Pai em oração.

Ele freqüentemente subiu a montes, ou saiu para um jardim, e tipicamente escolheu a noite ou o amanhecer, quando haveria menos distração com o mundo apressado.

Tais hábitos eram tão típicos da vida de Cristo que Judas sabia exatamente onde encontrá-lo embora só estivesse estado em Jerusalém poucos dias (Jo 18.1-3).

3. Por que Jesus orou? As circunstâncias das orações de Jesus sugerem motivos imediatos para oração: tentações, provações, tristeza, momentos decisivos.

Mas estes são realmente apenas o reflexo de uma razão maior pela qual Jesus orou. Jesus valorizava sua comunhão com o Pai.

Como alguém que entendia melhor do que qualquer outro homem jamais entendeu o privilégio de andar com Deus, Jesus queria manter essa íntima relação com seu Pai.

Tendo a escolha entre multidões de homens e seu Pai, Jesus freqüentemente escolheu a companhia de Deus.

Quando tinha que escolher entre o sono e a oração, Jesus encontrava o profundo rejuvenescimento de que necessitava não no descanso físico, mas na conversa espiritual com seu Pai.. Estas orações de Jesus nos ensinam algumas lições muito valiosas sobre o privilégio de sermos chamados filhos de Deus.

 O que os discípulos aprenderam?

Os apóstolos pediram instruções sobre como orar. Jesus deu-lhes mais do que palavras, quando mostrou um exemplo consistente de fé em suas orações. Teriam eles aprendido? Dois breves episódios na parte inicial do livro de Atos mostram que eles aprenderam a importância da oração.

Depois que Pedro e João foram perseguidos e passaram algum tempo na prisão por causa de sua pregação, eles encontraram outros cristãos e oraram juntos com confiança, pedindo coragem para continuar sua obra (At 4.23-31).

Sua citação da poderosa mensagem do Salmo 2 mostra que eles entenderam que o poder da oração é encontrado no poder daquele que ouve essas orações: o Deus que se assenta nos céus.

Quando confrontados com as necessidades físicas das viúvas na igreja de Jerusalém, os apóstolos reconheceram a importância desse serviço e guiaram a igreja na seleção de homens adequados para cuidar do assunto.

Mas note, no texto, a razão pela qual os próprios apóstolos não desviaram sua atenção: "E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra" (At 6.4).

O cuidado das viúvas não era para ser negligenciado, mas os apóstolos cuidadosamente reservaram tempo em suas vidas para a oração. Eles tinham aprendido bem a importante lição do exemplo de Jesus e de seus hábitos de oração.

Se nós nos deleitarmos no Senhor por certo que ele concederá o que deseja o nosso coração. Amém!