quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fazendo de tudo para glorificar ao Nome do Grandioso Deus

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



"Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está no céu." (Mt 5.16).

Jesus estava ensinando aos seus discípulos sobre a diferença daqueles que o seguiam, ou seja, os verdadeiros seguidores de Cristo sobre o mundo, dizendo que eles teriam que resplandecer diante dos homens. A palavra "resplandecer", quer dizer revelar-se, brilhar, sobressair em outras palavras Cristo estava ensinando que o cristão autêntico tem que ter uma conduta diferente do mundo, ele tem que andar na contramão com o mundo e seus maus costumes que afastam o cristão da comunhão com o Deus santo. E com base nesta importante comparação que Cristo fez do cristão com a luz quero aqui compartilhar com os leitores sobre o "Testemunho Cristão".

1 " Aprendemos na Bíblia Sagrada que o cristão foi chamado para testemunhar da obras de Cristo e uma das maneiras de isto fazer é com nossas atitudes diante dos homens, nosso testemunho. "Ser-me-eis testemunhas" (At 1.8); a ordem do Mestre aos discípulos quando disse isto a eles era para que saíssem e compartilhasse com o povo das maravilhas de Jesus operada em vossas vidas e também aquilo que seus olhos presenciaram quando estavam ao lado de Jesus.

Temos que testificar para as pessoas o que Cristo tem feito em nossa vida e uma das maneiras de fazer está obra é com nossa maneira de viver, alguns dizem que a conduta de uma pessoa pode ser muito mais eficaz do que meras palavras (suas atitudes gritam tão alto que não consigo ouvir o que diz sobre você).

Infelizmente existem muitos cristãos, sejam eles leigos ou líderes de igrejas, que o seu testemunho não condiz com o que ele prega para as pessoas, é o famoso exemplo: eu digo que te amo, mas, meu coração e minhas atitudes dizem outra coisa completamente diferente.

2 " A vida do Cristão exige testemunho pessoal.

Temos que ter nossa própria experiência com Deus para compartilhar com os outros e para isso é necessário ter uma vida completamente entregue ao Senhor.

Não basta dizer sou cristão e pronto, as pessoas não vão acreditar se não vivermos uma vida de santidade e humildade na presença de Deus.

O salmo primeiro ilustra muito bem o padrão de conduta que deve nortear a vida do crente que experimentou o poder de transformação do Evangelho de Cristo em sua vida. Dar testemunho pessoal implica em demonstrar a nova vida recebida.

A experiência transformadora do evangelho dá um novo sentido, onde as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2Co 5.17). O testemunho do cristão reflete-se no novo estilo de vida na sociedade, antes tinha uma vida obscurecida pelo poder do pecado, agora transformados por Cristo temos que brilhar.

3 " O dever de Influenciar. Vivemos numa sociedade corrompida e precisamos influenciá-la com o testemunho de nossa própria experiência com Deus. Para que isto aconteça com eficácia é preciso uma vida guiada pelo Espírito Santo, que através do seu poder faz com que nossa vida seja uma chama viva para influenciar as pessoas.

Não é novidade, mas muitos cristãos perderam esse brilho, pois deixaram de viver para Deus trocando suas vidas de santidade, para andar de mãos dadas com os costumes mundanos.

Desta forma não tem nenhum poder para testemunhar de Cristo, sua luz está apagada ofuscada pelo pecado, quando a bíblia nos ensina que o pecado não pode mais exercer domínio sobre nossas vidas (Rm 6.14). Quando estávamos sob a lei o pecado era o nosso senhor. Mas agora estamos ligados a Cristo, Ele é o nosso Mestre e nos da o poder de praticarmos o bem, e resplandecer no meio de uma geração presa nas trevas do pecado.

4 " O Poder do Testemunho. Em muitos casos a experiência de vida do crente com Cristo é, muito mais eficaz do que um discurso bem elaborado, que na maioria das vezes é elaborado por alguém que não desfruta de uma experiência íntima com o Senhor e leva uma vida distante dos padrões bíblicos. Com isso seu discurso não tem poder para atingir a alma do ouvinte consegue até tocá-los, mas, de forma superficial produzindo efeitos momentâneos que com o tempo passam.

O testemunho eficaz é completamente diferente atinge o profundo e faz com que as pessoas alcançadas por ele reflitam sobre vossas vidas, de forma que procuram viver da mesma maneira ou buscam provar da mesma fonte de quem deu o testemunho.

Temos alguns casos na bíblia de testemunhos poderosos que influenciaram cidades como o da mulher Samaritana depois do encontro que teve com o Mestre (Jo 4.39-42) ver também (Lc 8.38-39).

O testemunho cristão é indispensável na vida daqueles que dizem servir a Cristo. Não adianta pregar e dizer às pessoas que Jesus salva e liberta se eles não contemplar nesta pessoa as obras de um verdadeiro servo de Deus.

E quem assim proceder, estará escandalizando em vês de cooperar para o crescimento do reino de Deus. O testemunho verdadeiro de um crente, não é aquele que ele conta, mas aquele que as pessoas vêem nele, através de suas obras.

O que é um cristão?

Vejamos: Cristão. A palavra "cristão" procede do grego (christianos), "cristão", nome dado aos seguidores de Cristo. Segundo o povo da época, significa "partidário de Jesus".

Encontramos esta palavra três vezes no Novo Testamento; a primeira esta em At 11.26, ali está escrito que em Antioquia os discípulos foram a primeira vez chamados "cristãos".

Isso da nos a entender que esse título dado aos seguidores de Jesus provém dos gentios.

A segunda esta em At 26.8, onde disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me "cristão".

E a terceira vez esta em 1Pd 4.16, nesta referencia o apostolo diz aos que padece como "cristão", não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome.

Assim entendemos que "cristão" era uma designação dada àqueles que seguiam a Cristo.

Assim sendo, esse título era dado somente aqueles que tinham uma vida transformada e se unia aquele grupo de seguidores de Jesus.

Infelizmente, com o passar do tempo, esse belo título começou a perder a sua singularidade, e começou a se aplicar a pessoas não conversas.

No tempo da aparente conversão do imperador Constantino em 313 dC. Pela causa do imperador romano se unir aos cristãos, quase toda a população da época desejaram receber esse título, mesmo não tendo a vida transformada e sem assumir um compromisso com Jesus.

E foi assim que se formou a igreja católica romana, (que não é apostólica).

E o que vemos hoje é uma multidão de pessoas chamadas cristã, mas que não tem nada a ver com o verdadeiro cristianismo bíblico.

Mas nos conhecemos o que é ser um verdadeiro cristão; então vamos prosseguir em honrar esse título tão lindo que recebemos. Testemunho. Do grego (marturion) ou (martírion), significa "testemunho, prova", (Mt 10.38; 24.14; Mc1.44; 6.11; 13.9; Lc21.13; At 4.33; 7.44; 2Co 1.2; 2Ts 1.10; 1Tm 2.6; Hb 3.5; Tg 5.3).

Em algumas edições há referencia traduzida por mártires, e martírio.

A palavra martírio como conhecemos procede deste vocábulo. Há muitas outras referencias tratando-se de testemunho baseados em termos gregos com pouca diferença do citado acima, e com seus diversos sentidos; porém sabemos que o testemunho estudado nesta lição se trata da vida no dia a dia do cristão.

Neste caso, o testemunho cristão se trata de uma vida exemplar, de boas obras, que as pessoas em geral possam ver no cristão o cumprimento daquilo que Jesus ensinou, e que o testemunho do cristão não seja apenas o que ele fala, mas o que ele faz.

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento (1Pd 1.15).

O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo aconselhava o mesmo a apresenta-se a si mesmo a Deus "aprovado" (2 Tm 2.15).

É claro que nesta referencia Paulo fala a Timóteo da sua aprovação como obreiro, mas esse dever não está restrito somente a obreiros, mas a todos os cristãos. Lembramos aqui do bom testemunho dos primeiros cristãos (At 2.41-47; 4.32-34).

Também em Rm 16.10 Paulo fala de Apeles, "aprovado" em Cristo.

Também Tiago diz que são bem aventurados os que suportam as provações, porque é depois de ser "aprovado" pelo Senhor que receberemos a coroa (Tg 1.12; 1 Tm 1.18.19; 4.13-15).

Depois destes cuidados de si mesmo para se apresentar a Deus, o cristão estará glorificado a Deus (1 Co 6.20).

Para que os outros glorifiquem a Deus. Pedro em seus escritos determina aos leitores que pratiquem boas obras, mesmo sendo caluniados, para que aqueles que falam mal dos cristãos, também possam um dia glorificar a Deus (1 Pd 2.12), convertendo-se também ao Senhor.

Não devemos jamais se esquecer das palavras do próprio Mestre Jesus que disse que somos a luz do mundo (Mt 5.14), para que os que verem nossas boas obras glorifiquem ao nosso Pai que esta nos céus (Mt 5.16).

Em confirmação a palavra que pregamos. Se não houver testemunho na vida do cristão, não adianta este ser um pregador eloqüente, possuir ate mesmo dons espirituais, e ate operar maravilhas; porque diante de Deus ele estará rejeitado, e até mesmo o povo que lhe assiste, quando observar que a sua vida não esta em conformidade com o que ele prega, estes também o rejeitarão. Tiago diz que devemos ser praticantes da palavra (Tg 1.22)

Não há maior testemunho na vida do cristão do que aquele que é vivido no dia a dia na presença dos que o rodeiam.

Como já citamos acima, não adianta nome, fama, estudo e talento.

Porque mais sedo ou mais tarde todos saberão que isso tudo não passa de uma farsa.

O que importa mesmo são as obras. Em uma vida de santificação. Santificação é a busca da santidade; santidade é a separação do pecado, do mundanismo, isto é, a maneira deste mundo viver e agir.

O apostolo Paulo diz que não devemos nos conformar com esse mundo, e a sua maneira de viver (Rm 12.2). João diz que não devemos amar o mundo (1 Jo 2.15).

A santificação é viver separado de tudo aquilo que desagrada a Deus. No serviço cristão. Quando o cristão faz a obra de Deus sem visar lucros, esta provando que serve ao Senhor de coração. Como Paulo, por exemplo, que renunciou a tudo para servir a Cristo sem pensar em remuneração.

E não só Paulo, mas os demais apóstolos e muitos outros discípulos de Jesus.

Até mesmo nos nossos dias atuais muitas são as pessoas que deixaram tudo para trabalhar para o Reino de Deus. E muitos outros que alem do seu trabalho necessário para sustento da família, ainda tiram o tempo para trabalhar para Jesus.

E alem disso, ainda contribuem para obra de Deus com seus dízimos e ofertas. Esses demonstram boas obras, e com isso um bom testemunho cristão. A Importância do Testemunho Cristão. Onde teremos a oportunidade de mostrar que somos o "sal da terra" e a "luz do mundo".

Isto porque, a vida cristã deve ser o modelo e o referencial para a sociedade. Por isso, o Testemunho Cristão não deve ser visto como uma opção, e sim, como um imperativo... Como disse o apóstolo Paulo: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus."

O Testemunho Cristão refere-se ao comportamento e as atitudes dos servos de Deus, de acordo com o modelo bíblico, que o cristão demonstra, no seu dia-a-dia, que é um discípulo do Senhor Jesus.

É dever de todo cristão, ter uma vida íntegra, independente do modelo e dos padrões da sociedade moderna.

Como disse o Senhor, por intermédio do profeta Malaquias: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve" (Ml 3.18); demonstrando, assim, que o mundo deve ver esta diferença em nós (2 Rs 4.9; I Tm 4.12).

Para ilustrar a importância do Testemunho Cristão, o Senhor Jesus utilizou-se de dois elementos comuns aos ouvintes: o sal e a luz.

A ilustração do sal fala do nosso caráter; a luz fala do nosso testemunho. Observe que Cristo falou primeiro do sal da terra e depois da luz do mundo. Assim o caráter precede o testemunho.

Vejamos algumas lições práticas que podemos extrair desses dois elementos:

O Cristão como Sal da Terra: O sal é chamado de cloreto de sódio. Esta substância tem propriedades importantes.

Por esta razão Jesus a utilizou para tipificar o papel dos seus discípulos:

O sal é preservador: Ele conserva e preserva; daí ser figura da pureza. Sua cor alva também fala disso.

Ele evita a deterioração. O sal produz sede: "É a multidão perguntando aos apóstolos: "Que faremos varões irmãos?" (At 2.37).

É o carcereiro de Filipos clamando: "Senhores! Que é necessário que eu faça para me salvar?" (At 16.31). São as multidões à procura de Jesus (Mt 4.25; 8.1; 12.15; 14.14).

O crente, como sal, cria sede espiritual nos outros, e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a fonte da salvação. O sal é invisível quando em ação: O sal antes de ser aplicado é visível, mas ao começar a agir, temperando, preservando, toma-se invisível.

O sal age invisivelmente, mas sua ação é claramente sentida. O Cristão como Luz do Mundo: Diferente do sal, que não é visto em ação, a luz só tem valor quando é percebida. A ausência da luz permite que a escuridão prevaleça.

Mas, quando a luz chega, as trevas desaparecem. A luz não tem preconceitos: Ela tanto brilha sobre um criminoso como sobre uma criança inocente. Ela tanto brilha sobre um lamaçal, como sobre uma imaculada flor.

Assim deve ser o crente no desempenho de sua missão de luz no mundo, esparzindo a luz do Evangelho de Cristo sobre todos os povos, raças, culturas e indivíduos, independente de idade, sexo, cor, religião, profissão e posição. A luz precisa ser alimentada (vv. 15,16): A luz que iluminava as casas nos tempos de Jesus era de lamparina, alimentada através de um pavio mergulhado em azeite.

O tipo de material da lâmpada variava, mas o combustível era um só: o azeite. O mesmo ocorre ao verdadeiro cristão.

Ele depende sempre do óleo do Espírito Santo para difundir a luz de Cristo e a luz do Evangelho.

A luz não se mistura: Mesmo que ela ilumine lixo, sujeira, lamaçal, etc, ela não se contamina. Assim deve ser o crente: viver neste mundo tenebroso à difundir a luz de Cristo, sem se contaminar com o pecado e as obras infrutuosas das trevas. A importância vital desses dois símbolos pode ser observada pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor (Mt 5.13).

Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente (Mt 5.14). Podemos enumerar pelo menos três objetivos do testemunho cristão: Demonstrar à sociedade que somos novas criaturas: Não há nenhum erro em tornar conhecidas a mudanças realizadas em nós, por intermédio da ação do Espírito Santo, desde que o objetivo não seja a autoglorificação.

Através do testemunho cristão, o crente demonstra à sociedade que já não é mais o mesmo, e que sua vida foi transformada, tornando-se numa nova criatura (Rm 8.1; 2 Co 5.17) Evangelizar: Através do seu testemunho pessoal, o cristão também evangeliza. Sua própria vida já é um testemunho vivo do poder de Deus.

Se demonstrarmos um bom testemunho diário, estaremos propagando, com eficácia, o poder do Evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, conforme Rm 1.16.

Glorificar a Deus: Ninguém pode duvidar que, através do testemunho cristão, os homens podem glorificar a Deus.

Jesus disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus." (Mt 5.16).

A Palavra de Deus, como "regra de fé e prática" do cristão, descreve os princípios divinos que direcionam e guiam a vida do cristão, independente de sua cultura, status, época. (Sl 119.9,11,105; Jo 17.17).

Vejamos, então, na Palavra de Deus, a atitude cristã neste mundo: O Cristão não deve amar o mundo (I Jo 2.15): A palavra mundo, neste texto, não se refere a humanidade, e sim, ao sistema corrompido e perverso.

Como cristãos não devemos amar as coisas deste mundo, tais como: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo 2.16). O Cristão não deve se conformar com o mundo (Rm 12.2): A expressão "não vos conformeis" tem o sentido de "não tomeis a forma" ou "não sejas igual".

Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo é que o cristão não deve tomar a forma do mundo, ou seja, não deve andar de acordo com o modelo e os padrões deste mundo. O Cristão não deve ser amigo do mundo (Tg 4.4): O apóstolo Tiago nos adverte que "qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus".

Ser amigo do mundo significa compartilhar com o modo de viver deste mundo que "jaz no maligno" (I Jo 5.19).

O CRENTE E O SEU TESTEMUNHO ( 2 Co 3.2,3; Ef 5.8-15) Deus deu ao mundo uma revelação escrita: a Bíblia usando para isto "homens santos de Deus que falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21).

Todavia Deus quer que a sua revelação seja também divulgada através do testemunho de seus seguidores, através daqueles que experimentam em suas vidas o poder da Santa Palavra.

Por isso. Ele disse já no tempo do Velho Testamento: "Vós sois as minhas testemunhas" (Is 43.10). O nosso texto áureo também fala disto: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está no céu" (Mt 5.16).

Quando, pois lemos nesta lição "VÓS SOIS A CARTA DE CRISTO" (2 Co 3.3), estamos realmente inseridos neste importante contexto.

Deus tem muitas "cartas" pelas quais a sua mensagem, o seu testemunho, está sendo divulgado.

Estas cartas são os seus servos. O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO "CARTA DE CRISTO 1. Ser um salvo fiel. Jesus andou neste mundo, mas não deixou nenhuma obra escrita pela sua própria mão. A Bíblia menciona uma única vez que Jesus escreveu.

Foi quando Ele, diante dos acusadores da mulher adúltera, com seu dedo, escreveu na areia (Jo 8,11). Aquela escrita, naturalmente, desapareceu. Quando a Bíblia fala de "carta de Cristo", ela salienta o grande valor de uma vida verdadeiramente salva, a qual se constitui numa "carta" lida e conhecida diante dos homens.

COMO O CRENTE SE TORNA "CARTA DE CRISTO" O próprio texto diz que não se trata de uma carta material, pois diz: "Não escrita com tinta, em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração" (2 3.3). 1. Tendo a experiência de salvação.

A primeira condição para alguém se tornar uma "carta de Cristo", é ter a experiência da salvação. Em Fiz 36.26 lemos sobre a transformação que Deus opera no homem quando Ele lhe tira o "coração e pedra" e põe em seu lugar um coração de carne.

Ë isto o que realmente acontece na vida do homem quando o Espírito Santo o regenera (Jo 3.6). Então a luz divina manifesta ao homem as trevas que nele operavam, condenando-as (Ef 5.11,13).

O Espírito Santo exige daquele que se converte um rompimento completo com o mundo de trevas (Ef 5.11), Conforme Efésios 5,14 podem ver que três coisas acontecem simultaneamente no momento da conversão:

a. "Desperta tu que dormes".

O homem é despertado " pelo Espírito Santo e sente vontade de romper com o pecado e com as trevas.

b. "Levanta-te dentre os mortos". Vemos aqui a ordem para o homem se definir e aceitar Jesus.

c. "E Cristo te esclarecerá. O milagre da salvação acontece quando o homem pela fé aceita Jesus como seu suficiente salvador.

Por meio da experiência da salvação o Espírito Santo "escreve" dentro do coração do regenerado, a lei de Deus (Hb 8.10). Pela nova natureza recebida na salvação (2 P 1.4), ele deseja agora obedecer a verdade (1 Pe 1.23), e desse modo S( torna uma carta de Cristo. Aleluia!

2. Permanecendo em Cristo. Quando o crente permanece e_ Cristo (Jo 15.1-5), Ele é formado no crente (01 4.19).

E a vida do Filho de Deus começa a manifestar-se ir sua maneira de viver (2 Co 10.11). O crente se santifica (1 Pe 1.15), e sua vida se toma "lida" e conhecida pelos homens, os quais reconhecem que ele anda com Jesus (At 4.13).

3. Sendo Ensinado na Palavra de Deus. Deus também usa o ministério da Igreja na elaboração desta "carta".

Paulo escreveu aos coríntios: "Vós sois a carta de Cristo... ministrada por nós" (2 Co 3.3).

Deus deu ao ministério a incumbência de ensinar à Igreja para promover o "aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.12).

Um crente que não perde oportunidade de ouvir a Palavra de Deus e procura praticá-la (Mt 7.24), desenvolve-se e toma-se uma "carta" de bom conteúdo, porque a Bíblia diz: "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja per(eito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Tm 3.16,17).

4. Sendo guiado pelo Espírito Santo. A operação do Espírito Santo é importante na "redação" desta carta. Paulo escreveu aos coríntios que eles eram uma carta "escrita com o Espírito de Deus" (2 Co 3.3).

Quando o Espírito Santo tem liberdade de operar na vida do crente, Ele opera neste a santificação (Rm 1.4), e dá-lhe poder para testemunhar de Jesus (At 1.8).

O crente vive, portanto, guiado pelo Espírito Santo (Rm &14). E, andando em Espírito, a carne não poderá impedi-lo de ser usado por Deus como uma verdadeira "carta" (01 5.16). Cuidado irmão! Não entristeças o Espírito Santo no qual foste selado (Ef 4.30), mas vive renovado pelo Espírito Santo cada dia (Ef 4.23; 2 Co 4.16).

O CONTEUDO DA "CARTA DE CRISTO" O Evangelho. Deus quer por meio dos crentes alcançarem os pecadores com a mensagem de reconciliação (2 Co 5.18-20), convidando-os para a salvação (Mt 11.28; Lc 14.17-23).

Cristo quer também, por meio das suas "cartas", enviarem aos crentes vacilantes na fé uma mensagem a respeito das bênçãos da vida de comunhão com Deus, e também enviar-lhes uma advertência amorosa quanto ao perigo espiritual que correm (Ez 3.21).

Ele quer ainda por meio delas informar a todos que a sua vinda é iminente. AS "CARTAS" DEVEM SER CONHECIDAS PELOS HOMENS Uma carta deve chegar ao conhecimento do destinatário, pois somente assim ele será beneficiado pelo seu conteúdo.

Isto fala da necessidade do crente saber conviver, entre os pecadores; sendo alegre e comunicativo. O crente sabe entrar em contacto com aqueles que precisam da mensagem de Deus sem se deixar influenciar pelos hábitos do mundo.

Quando alguém for alcançado pela mensagem da "carta de Cristo" ele jamais deverá receber para si as honras e louvores pelo seu testemunho (conteúdo), pois estes cabem somente ao seu Autor, Jesus Cristo.

Façamos como o apóstolo Paulo que disse: "Longe esteja de eu gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (Gl 6.14).

Fomos chamados e escolhidos por Jesus (Jo 15.16), para testemunhar de suas grandes obras em nossa vida, para isso temos que está com nossa vida debaixo de sua abundante graça vivendo o verdadeiro cristianismo, não um cristianismo medíocre que é apresentado por alguns, um cristianismo onde não há transformação de vida as pessoas continuam vivendo sob o domínio do pecado, enganados por uma falsa liberdade que os leva a praticas mundanas: enganando os irmãos através da corrupção para tirar vantagens, se prostituindo, e também a busca desenfreada pelo poder por parte de alguns líderes estás e outra s coisas ofuscam a luz que um dia foi acesa dentro de nós pelo Espírito Santo na nossa conversão.

Sigamos a orientação de Paulo aos crentes filipenses: para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; (Fp 2.15).

Como cristãos, devemos nos conscientizar que somos "sal da terra" e "luz do mundo" (Mt 5.13,14); bem como devemos nos comportar de modo íntegro, diante de Deus e dos homens, para que, através do nosso testemunho, Deus seja glorificado (Mt 5.16).

Como sal, precisamos ter uma vida de tal forma que, aqueles que nos vêem e nos ouvem, sintam que nossa presença faz diferença.

Como a luz, precisamos, através do nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta. Meus queridos irmãos! Sinto-me honrado ao estudar com vocês este maravilhoso tema. E convido-vos para darmos uma analisada no nosso testemunho cristão.

Uma vida inteiramente consagrada ao Senhor, representa uma mensagem que, qual uma carta, se torna lida e conhecida.

No que estamos fazendo, e deixando de fazer? Será que Deus esta sendo glorificados através de nossas obras?

Que Deus nos ajuda alcançar a perfeição no limite máximo possível; sabendo que isso só ocorrerá plenamente quando ocorrer a transformação do nosso corpo mortal e corruptível em um corpo glorioso, quando estaremos para sempre com o senhor. Em nome de Jesus. Amém!

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