quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O orgulho e a insensatez do rei Ezequias

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com



“Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor. E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei de babilônia” ( 2 Re 20. 17-18)

Esta profecia foi feita por Isaías, nos dias que Ezequias era rei de Judá, mais ou menos no ano de 713 AC. Ezequias reinou em Jerusalém de 716 a 687 AC. Para entendermos o porquê desta profecia, devemos voltar um pouco na história.

O rei Ezequias estivera doente. Chorou e pediu a Deus para viver um pouco mais e acabou ganhando mais quinze anos de vida. Ezequias pediu um sinal da parte de Deus, como confirmação, de que sararia, e este sinal envolvia o recuo da sombra do relógio de Acaz em dez graus. Em Babilônia, sábios que estudavam os astros, notaram este fenômeno na natureza e descobriram que isto era fruto de um sinal favorável de Deus a Ezequias.

Uma comissão foi enviada para cumprimentar o rei de Judá pela cura e oferecer presentes. Os Babilônicos não estavam em evidência no mundo nessa época, mas sim os Assírios. Muitos comentaristas dizem que os presentes tinham provavelmente a intenção de encorajar Ezequias a também se revoltar contra os Assírios.

Merodaque-Baladã, que era o rei de Babilônia, ao enviar os mensageiros esperava entregar presentes e buscar apoio político para as suas novas conquistas. Os embaixadores, porém, foram surpreendidos com a postura do rei de Judá. II Reis 20:13 conta que “Ezequias recebeu os mensageiros e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, e os melhores ungüentos, a sua casa das armas, e tudo o que havia nos seus tesouros; coisa alguma houve que não lhe mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio”.

Sem dúvida um dos objetivos de Merodaque-Baladã era buscar mais informação sobre o Deus com poder de fazer a sombra do sol regredir dez graus. Ezequias perdeu a grande chance de mostrar a grandeza do seu Deus. A oportunidade estava ali, diante de seus olhos, para mostrar aos viajantes do outro lado do Jordão as maravilhas do Deus do céu. Mas o orgulho e a vaidade tomaram posse do coração de Ezequias e esqueceu por completo o milagre recebido.

Ah! Amigo ouvinte, como é fácil, após sermos grandemente beneficiados, esquecermos do nosso benfeitor. Muitos já estiveram à beira da morte e ali, no desespero, fizeram muitos propósitos, muitos votos, muitas promessas. Só que, após a recuperação, foram esquecendo aos poucos da bênção recebida.

Para Ezequias era mais fácil e interessante falar das conquistas, dos armamentos, dos tesouros e de sua corte. Como é fácil para o ser humano destacar seus feitos, suas riquezas, seu poder, sua inteligência. Em resumo: falar de si mesmo e esquecer de Deus.
O profeta Isaías, que viveu em Jerusalém nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, profetizou que esse mesmo povo voltaria, não para trazer presentes, mas para levar toda a riqueza que foi mostrada, inclusive os filhos do próprio Ezequias que seriam levados como escravos.

O orgulho e a insensatez do rei Ezequias: Após a cura milagrosa ele recebeu uma embaixada do Rei de Babilônia (Merodaque - Baladã) com presentes para ele, mas o orgulho e a insensatez levaram Ezequias a mostrar tudo o que havia em sua casa, inclusive os seus tesouros, isso não pareceu bem aos olhos do Senhor, por isso foi repreendido pelo profeta Isaías declarando-lhe as conseqüências (2 Rs 20.12-18; Pv 18.2)

O rei Ezequias não corresponde aos benefícios de Deus

(2 Re 20:12-13)

v.12 – Ezequias era rei de Judá e um rei de um país distante, Babilônia, soube da grande bênção de cura que Deus havia dado a ele. Mandou carta, presente. Parece uma coisa simples, mas não era, tanto que Deus não aprovou os atos de Ezequias.

V.13 – Ezequias deu ouvidos
dar atenção ao inimigo que se aproxima como se fosse amigo não agrada ao Senhor, porque o Senhor sabe que a entrada do adversário na vida do servo vai destruir o ensino de Deus.

Vejamos o fato de um colega, mesmo pequeno, vem se torna amigo e ensina palavras feias, gestos feios, crítica você, servo, por vir à igreja, obedecer aos pais. Ensino do mal quanto ao vestir e fazer o que o mundo faz. Não está correto porque Deus sabe que isto vai trazer mal à vida do servo, serva, em qualquer idade. O que fazer? Não dar ouvidos para o mal.

Bem, o que mais Ezequias fez ao rei Berodaque da Babilônia?
V. 13 – mostrou toda a casa do seu tesouro, prata, ouro, as especiarias, os melhores ungüentos, mostrou tudo o que Deus lhe havia dado.

Então não se pode expor, mostrar, aquilo que Deus fez e faz na vida, na obra de Deus, para o inimigo. Até a casa de armas! Como se pode fazer isto? Ezequias se exaltou, esqueceu que tudo que ele tinha foi dado pelo Senhor.

De que fala para nós a prata, o ouro?

• A prata - fala de Salvação. O Senhor deu sua vida para nos salvar.
Judas vendeu ao inimigo O Senhor por 30 moedas de prata. Nós somos vasos comprados pelo sangue de Jesus (Mt 26:14-15).

• O ouro fala de poder, especiarias, louvor (Ct 4:10b e 13-14).

E a cura? Que maravilha!
Tudo isto não era para ele se orgulhar.

(Is 39:2) Ezequias se alegrou com o inimigo.

(2 Cr 32:25) Ezequias não correspondeu ao benefício, a bênção de deus na sua vida, família, no reino. Ezequias se exaltou.

Vigilância

diante disto que aconteceu e que deus escreveu, registrou, na palavra, nós vemos que deus vê o que há de bom no coração de cada um e também vê o mal, o orgulho pelo que tinha levando-o a se exaltar.

Ao servo cabe ser vigilante, não abrir as portas de sua casa ao inimigo.

Resultado

o profeta Isaías deu o recado de Deus:
(2 Re 20:17,18 ) “eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado à babilônia; não ficará coisa alguma, disse O Senhor.”

V.18- “e ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da Babilônia.”
Anos depois isso aconteceu. Foi quando daniel e seus amigos foram levados para babilônia através de Nabucodonosor.

Agora nós vivemos os dias para vigiarmos: “eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”

Não podemos deixar que o orgulho suba em nossa cabeça. Não há nada errado em sentirmos orgulho de nossas habilidades e realizações. Existe, todavia, uma coisa muito errada em acreditarmos que somos superiores aos outros e em pensarmos que somos invenciveis e que os outros não têm nada a nos oferecer. É uma armadilha: do falso orgulho. Às vezes pessoas preparadas para ocupar posições elevadas podem ser vitimas de sue próprio falso orgulho.

Se isso acontece com pessoas que tem muita capacidade, imagina o que pode acontecer com aqules que precisam lutar mais ou menos sozinhos para alcançar o objetivo deles. O orgulho pessoal é uma poderosa motivação. Ele pode permitir que uma pessoa atinja seus objetivos. Aqueles que têm orgulho de que fazem sai-se melhor que aqueles que não têm, tanto no dia a dia, como no trabalho.

No entanto,existe perigo no orgulho excessivo.quando começamos a acreditar que é o unico responsável por seu próprio sucesso,aí começam os problemas.

Acreditamos que somos mais espertos que os outros, que ninguém está a nossa altura.achamos que não precisamos mais do apoio de outras para alcançar nossos objetivos e acredita que pode enfrentar e superar qualquer desafio sozinho.

O pior de tudo é que o falso orgulho atinge pessoas de todas as camadas sociais e em todos os níveis de uma organização.

Os resultados nunca são bons. Existem alguns princípios que podemos usar e não cair na cilada do falso orgulho: sentir orgulho do trabalho, da escola, rende reconhecimento, autoconfiança, e realização ninguém ganha beleza física natural, é herdada, o sucesso não chegará de mãos beijadas, por causa do seu rosto bonito as realizações não são conquistadas apenas por seus esforços isolados.

Depedemos de professores, colegas, familiares, clientes e amigos que ajudam a sair bem em nossos atos se pensamos que não precisamos de ajuda, estamos em perigo. Tornamos-nos vulnerável ao fracasso no momento que começa a acreditar que é infalivel devemos sentir orgulho da nossa aparência, das realizações pessoais, mas evitemos o ressentimento dos outros. Devemos ser respeitados, mas sem ostentar a aparência ou suas realizações e não ignorar os ensinamentos dos mais velhos.

Esta profecia demorou mais de um século para ser cumprida. Tanto Ezequias, como Isaías, não presenciaram o cumprimento.

Mas no ano de 605 AC, Nabucodonosor, rei de Babilônia invadiu Judá. 2 Reis 24:1,13 e 14 relata: “Nos dias de Jeoiaquim subiu Nabucodonosor e invadiu a terra Tirou dali todos os tesouros da casa do rei e despedaçou a todos os vasos de ouro, que fizera

Salomão, rei de Israel Deportou de toda a Jerusalém, como também todos os príncipes, todos os homens valentes, dez mil presos, e todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra”. Todo o relato está nos capítulos 24 e 25 de 2 Reis.

Perceba que cerca de cem anos antes o profeta Isaías tinha profetizado sobre este momento. A primeira invasão dos babilônicos ocorreu em 605 AC. Em 589 Nabucodonosor voltou e cercou Jerusalém.

O sitio começou no nono ano de Zedequias e só terminou no décimo primeiro ano, no quarto mês. Pelos números, foi um longo período de cerco. A fome foi apertando e, então, numa noite, o muro foi arrombado e os homens de guerra de Judá fugiram, inclusive o rei.

Mas não tiveram sucesso na fuga, o exército inimigo os alcançou e o que aconteceu foi de uma verdadeira chacina. II Reis 25:6-7 diz: “Então prenderam o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla, onde foi pronunciada a sentença contra ele.

Aos filhos de Zedequias degolaram na presença dele, e a ele lhe furaram os olhos, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram para Babilônia”.

O que chama a minha atenção foi o que motivou esta profecia. Na minha maneira de ver foi o orgulho. O rei Ezequias, após tem uma das maiores bênçãos de Deus, a da saúde, não aproveitou para testemunhar do Deus do céu para os seus visitantes. O rei orgulhoso apenas se preocupou em mostrar riquezas, ouro e armas.

Amigo ouvinte, não esqueça que o orgulho sempre precede a queda. Quando você encontrar um orgulhoso, alguém que acha que “ele é o bom”, que “ele sempre está certo”, tenha apenas um sentimento: o de piedade. Porque se ele não mudar, em breve o pó será o seu destino.

Pense nisso e creia no Senhor Deus para estar seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.

6 comentários:

  1. Caro irmão Prebítero Janio.O pecado do orgulho de "contar vantagens" é realmente um perigo.É preciso muita vigilância, somos pegos de surpresa a todo instante, é o contrário de um espírito manso e humilde que a palavra nos recomenda. Devemos considerar viver uma vida para a Glória de Deus, assim evitaremos esse mal da vanglória.amém.Jaqueline Troiano

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  2. mito boa esta lição,um exemplo de vida para todos nós

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  3. Eu sou evangélica eu sinto muitas dores nas costas nas pernas mais eu oro pesso todas as vezes adeus nas minhas orações pra ele mim cura mais não acontece nada será que tenho orgulho dentro de mim

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    1. Irmã Josefa, a Bíblia diz qque não há ninguem melhor do que Deus para sondar o nosso cração, essas são as palavras do salmista no Si.139:23-24. Peça a Deus para sondar o seu coração quanto a desconfiança do orgulho, agora quanto a dor em suas pernas, a primeira coisa a ser feita após a oração, é verificar com o medico sobre o problema. Na Bíblia, o Apostolo Paulo nos ensina a procurar os presbiteros para que com a unção do óleo e oração Deus traga a cura. Procure seu pastor peça-o para orar por vc. Um forte abraço, que Deus te abençoe em Cristo--------------Pr. Eliézer (Belo Horizonte/MG)

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  4. Texto mt bom Presbítero... Deus abencoe o ministerio do irmao em crescente sabedoria e comunhao com o Senhor dos Exércitos...Ressallto apenas que mts vezes esses reinados distantes que se deslocam para sondar e descobrir nossos segredos.. estão bem próximo a nós... as redes sociais e amigos virtuais que mts vezes nem sabemos quem são.. e acabam por nos cativar e pela falta de vigilancia ( E digo aqueles que estão na Casa de Papai)! acabam expondo suas vidas ... comentadando segredos... compartilhando intimidades seja por fotos... momentos... comentários... e daí...passando um breve tempo... bate se a porta o rei Nabucodonosor...requerendo o que mesmo por um breve tempo foi lhe dado... levar para o cativeiro os rebeldes.. e desapercebidos..dai sao so 70 anos de escravidão... Cuidado com as redes de satanas... a social e seus derivados é uma isca mt próxima da boca do peixe!!!
    Deus abencoe a tds!
    Paz do Senhor!

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  5. o orgulho realmente leva o ser humano ao fracasso , Deus te abençoe presbitero , muito boa e edificante esta mensagem

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