sexta-feira, 13 de abril de 2012

As três lições história de Caim e Abel Publicado em: 13/4/2012 Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com
Quando a fé é superficial, você vê Deus como um ser supremo e pronto para perdoar. Acredita que Ele estará te esperando de braços abertos simplesmente porque confessou que Ele era o Messias; porém não encara em viver como Jesus e viver sua Palavra. Mas quando passamos a amá-lo e entramos num nível de intimidade, sofremos essa mudança por encontrar nele misericórdia, amor e justiça. Com isso, procuramos agradá-lo e torna-se importante temê-lo, sermos aprovados para obter o ide, ter o aval e as direções necessárias quando Ele está no controle das nossas vidas. O que Deus pensa se torna importante, assim como nos aproximarmos do seu altar e agradá-lo com nossa oferta. De Gênesis a Apocalipse encontramos inúmeras histórias de homens que agradaram e desagradaram a Deus. Temos de ser achados entre os que arrancam um sorriso de Deus. Hebreus 11 é um capitulo forte e traz uma galeria dos heróis da fé, homens aprovados por Deus. Gênesis 4:1-7 A história fala do nascimento de Caim e Abel, filhos de Eva e Adão, que representam homens que diante de Deus estão em iguais condições. Caim e Abel tiveram a mesma educação e acesso às mesmas informações sobre Deus, porém eram diferentes em características físicas, perfis e atividades. Abel foi aprovado por Deus por causa da sua oferta e Caim desaprovado, porque sua oferta não agradou ao Senhor. O relacionamento com Deus é particular. Todos nós temos um Deus e o modo como nos relacionamos com Ele é pessoal e intransferível. Só que quando cremos partimos do mesmo ponto. Há momentos em que nossos títulos não valerão no critério de julgamento de Deus, que será igual para todos. Por exemplo, não valerá ser filho de cristão. Parece que estamos bem com Deus quando estamos num lugar onde a atmosfera está favorável a isso. Na verdade, estamos acreditando que, por tabela, seremos abençoados; mas somente até a hora de trazermos a oferta ao altar. Neste momento, tudo virá à tona, pois a balança de Deus pesará as intenções e não os valores. Assim como Jesus viu a oferta da viúva, Ele olhará toda a nossa conduta fora daquilo que Ele aprova ao examinar o extrato da balança ultra-espiritual. Para que a oferta chegue até Deus, estas pessoas têm de ser aprovadas individualmente e é quando Deus permite que saibamos que não estamos tão bem quanto pensávamos. Deus é um Deus de amor e nos dá muitas chances, mas uma hora Ele começa a nos mostrar que haverá conseqüências dos nossos atos e faz com que a oferta não suba mais como algo agradável ao Pai. O homem tem dificuldade de admitir seus erros e somente o Espírito Santo para convencê-lo. Quando a coisa está feia, Deus usa quem quer para nos mostrar isso. Quando não acreditamos, Ele nos assusta! Estamos falando de um relacionamento de Deus com seus filhos. O que Ele espera de nós? Fidelidade, verdade, reconhecimento, confiança, compromisso, carinho e um “eu te amo”. E não só um “me dá”, sem diálogo. Espera que nos acheguemos com amor e gratidão e não com interesses próprios. Quem ama quer agradar. E o que nós podemos esperar de Deus? Salvação, perdão, justificação, santificação, promessas e dons. E nisso, temos de entender o que é a bilateralidade: alianças entre Deus e o homem que gerarão, ao fazermos a nossa parte, algo de Deus conforme suas promessas. Você agrada a Deus, que fará a parte dele. Agradar a Deus é adorá-lo e adoração é estilo de vida, gera o que esperamos do Pai. A salvação já nos foi conquistada por Jesus. As outras coisas são alcançadas sem esforço, por que este é o resultado da adoração. A oferta que trazemos ao altar mostra o que somos. Qual foi a motivação de Caim e de Abel? Dizem que a oferta de Caim não foi aceita porque foi da terra e não havia derramamento de sangue, mas isso não está escrito na Bíblia. Ele não trouxe por fé para agradar a Deus como Abel, e sim por um cumprimento de ritual, não tinha valor diante do Senhor. Deus aceitou a oferta de Abel, porque ele se consagrou; antes de dar algo material, deu sua vida em adoração e intensificou seu relacionamento com Deus. Temos de agradá-lo de coração e não superficialmente. Mas Deus sabe o que pensamos antes do pensamento chegar à nossa mente. Numa oferta religiosa não há verdade e não sobe ao trono de Deus. Há resultados pelo que oferecemos no altar. A oferta de Abel não foi melhor em essência que a oferta de Caim! A oferta não torna ninguém diferente, ou melhor, diante de Deus, pois tudo que há na terra pertence a Deus, tanto os frutos da terra quanto as crias das ovelhas. “Todos estes morreram na fé. Não alcançaram as promessas” ( Hb 11:13 ) Uma das características inegável da fé esta na esperança proposta e não nas conquistas e realizações pessoais que muitos pensam em conquistar. Observe os exemplos citados pelo escritor aos Hebreus: "Pela fé Abel ofereceu melhor sacrifício" Muitos pensam que o diferencial entre Caim e Abel estava na oferta que apresentaram a Deus. Pensam que a oferta de Abel foi melhor que a oferta de Caim. Sobre este aspecto escreveu Scofield: "Este tipo se destaca em contraste à oferta desprovida de sangue, de Caim, dos frutos da terra e declara, na infância da raça humana, a verdade principal de que ‘sem derramamento de sangue não há remissão‘" ( Hb 9:22 ; Hb 11:4 ). É correto que sem derramamento de sangue não há remissão de pecado, mas esta verdade não valida a primeira parte da frase de Scofield. A oferta de Abel não foi melhor em essência que a oferta de Caim! A oferta não torna ninguém diferente, ou melhor, diante de Deus, pois tudo que há na terra pertence a Deus, tanto os frutos da terra quanto as crias das ovelhas. "O diferencial está na confiança do ofertante, e não na oferta!" Abel alcançou testemunho de que agradara a Deus, ou que ofereceu melhor sacrifício pela fé, e não por meio do sacrifício. Deus não aceita as pessoas por causa de suas ofertas e sacrifícios, e sim, pela confiança que depositam em Deus. Caim foi até Deus confiando em sua oferta, e, por isso, ele não foi aceito e nem a sua oferta. Abel foi até Deus convicto que seria aceito e galardoado. Ele foi aceito e a sua oferta também. Abel confiou em Deus, que é galardoador, e Caim confiou na sua oferta, continuando reprovável diante de Deus. Abel recebeu a recompensa, pois Deus atentou para Ele e para a sua oferta. Observe que Deus atenta em primeiro lugar para o homem que n‘Ele confia, e depois para a oferta. O testemunho de Deus quanto a oferta de Abel decorre do fato de ele ter sido aceito por Deus pela fé. Observe que, pela fé Abel ofereceu melhor sacrifício que Caim, tanto que, até depois de morto a sua oferta lhe deu testemunho da justiça alcançada. Em nossos dias vemos muitos lideres religiosos concitando os seus liderados a fazerem votos e contribuições. Para isso, apresenta a oferta ou o sacrifício como elemento para fazer o homem alcançar a ‘bênção‘ de Deus. Esses lideres argumentam que, quando maior a oferta, maior é a fé do ofertante. Invertem os valores que a bíblia apresenta, onde o homem só é aceito por Deus por meio da fé, e, depois a oferta é recebida por Deus. Abel não foi até Deus por causa de uma ‘bênção‘, mas pela fé alcançou um bom testemunho "Foi por ela que os antigos alcançaram bom testemunho" ( Hb 11:2 ). Desta forma compreendemos o exposto pelo escritor aos Hebreus: "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim..." ( Hb 4:4 ). Por ter se aproximado de Deus pela fé, de Deus Abel recebeu testemunho de que era justo. Observe que a oferta jamais poderia justificar Abel, pois o escritor aos Hebreus já havia demonstra que o sangue de animais jamais poderiam tirar pecados ( Hb 10:4 ). Abel agrada o coração de Deus e é aprovado. Caim ouve de Deus que sua oferta não seria aceita. Sobre sua vida vem ira por não receber nada, mesmo cumprindo o ritual, e vem o sentimento de rejeição e inveja. Deus sempre tem uma saída. Deus estabelece um diálogo com Caim, apesar do sangue derramado - o que tipifica Jesus derramando o sangue por nós - que se procedermos bem, seremos aceitos, basta mudarmos de atitude. Volte e se arrependa. Se proceder bem o Senhor te receberá e confirmará as obras das suas mãos; mas, se proceder mal, será rejeitado. Sua vida se resumirá em lutar contra o pecado. Sem contar que com Deus não acontecerá mais nada. Significa que não adianta tentar viver uma vida falsa e continuar interpretando o papel do bom cristão. Há três lições importantes que podemos tirar da história de Caim e Abel. 1. O requisito básico para que o culto de alguém seja aceito por Deus. Segundo o relato bíblico, Caim também seria aceito caso abandonasse seu pecado (Gn 4.7), o que mostra que a pureza do coração do adorador está acima da grandeza ou pompa dos seus rituais religiosos. Temos de lembrar disso quando vamos à igreja ou realizamos qualquer outro serviço a Deus. 2. As formas usadas pelos maus para destruir os servos do Senhor. Caim aproximou-se amigavelmente de Abel e lhe fez um convite agradável. "Vamos ao campo", disse ele (Gn 4.8) Uma vez no campo, Caim usou de violência e matou o próprio irmão. A aproximação amigável e a violência aberta, além de meios de ataque usados por Caim, estabeleceram precedentes que perduram ao longo dos séculos. Até hoje, cristãos fiéis têm suas vidas destruídas porque ingenuamente atendem aos convites amigáveis e aparentemente inofensivos de pessoas que vivem no pecado. Outros sofrem debaixo da segunda estratégia, a violência aberta, e são perseguidos e odiados pelos simples fato de agradar a Deus no seu dia-a-dia. Temos de ter cuidado. Quem vive no pecado, geralmente usa um desses meios para derrubar os que vivem para Deus. 3. A divisão da humanidade em pessoas que pertencem a duas pátrias distintas. Observe que Caim fundou a primeira cidade de que se tem notícia (Gn 4.17) . Com isso, tornou-se o símbolo daqueles que pertencem a este mundo e têm aqui seu coração e tesouros. Por outro lado, há um sentido em que também Abel fundou uma cidade. Isso porque ele foi o primeiro personagem bíblico que partiu para o reino celestial. Foi a primeira alma humana a ir para o céu, a morada dos salvos, precedendo todos aqueles que, pela fé em Jesus, têm a cidadania celestial. O Apóstolo Paulo, ao escrever aos cristãos, disse que eles tinham essa cidadania: "A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3.20) . E o autor da carta aos Hebreus diz que os grandes homens de fé "esperavam uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, e lhes preparou uma cidade" (Hb 11.16) Assim, Caim e Abel inauguraram cidades distintas: uma, a terrena, fundada sobre o orgulho e o medo, destinada à destruição; outra, a celeste, fundada na fé e no temor de Deus, uma cidade inabalável e permanente. A humanidade inteira está dividida entre uma e outra. Cada um de nós é cidadão de uma delas. Você sabe a qual pertence? Como se vê, a história desses dois irmãos nos fala ainda hoje. Por ela somos desafiados a adorar a Deus com pureza e fé; a termos cautela com os que vivem no pecado; e a buscarmos a cidadania celeste pela fé no Salvador, a fim de chegarmos naquela pátria há tanto tempo inaugurada e a encontrarmos com os portões abertos. Deus abençoe!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Deus quer o aperfeioamento dos Santos

Por: Jânio Santos de Oliveira Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - Rio de Janeiro janio-estudosdabiblia@bol.com.br Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. [Ef 4.12-13] Vivemos numa época em que os valores estão sendo descartados dia-a-dia. A sociedade tem andado num ritmo acelerado de inversão de valores a ponto de não nos espantarmos mais com a infinidade de absurdos que nos são comunicados. O mundo tenta impor, através de uma infinidade de meios, que Deus, a família, a igreja, o bom caráter e a moral não relevantes ou necessários. Nesta sociedade relativista, o valor absoluto das coisas se perdeu, e cada qual cria seu próprio mundo, sua própria cosmovisão. Desta forma, os valores que o cristianismo apregoa são considerados por muitos como falidos e ultrapassados. Valores estranhos que outrora não faziam parte da realidade da igreja passam a ser tolerados. A igreja que antes era caracterizada por andar na contramão dos valores materialistas tem se deixado levar por modismos e novidades que passam a moldar seu “novo” jeito de ser. Neste ritmo, já não podemos brilhar como luz do mundo e nem temperar como sal da terra. Neste ritmo, a moral e o bom caráter não têm um valor tão intenso como deveria ter. Não importa se a igreja faz a diferença no meio em que está inserida, em sua comunidade, mas o que importa é ser numérica, mesmo que não tenha qualidade. O objetivo com este estudo é definir e apresentar uma proposta para trazer para a aplicação pessoal a essência do caráter cristão, entendendo como ele é formado, quais são seus valores, suas virtudes. Veremos como isso faz toda diferença. O Espírito Santo nos revela claramente qual o propósito de Deus quando trata do aperfeiçoamento dos santos, santo quer dizer separado, e quando você aceita a Jesus como seu Senhor e Salvador você passa a ser santo (separado) retirado das mãos de satanás. Entenda que todos nós temos pelo menos um dom espiritual, veja em 1Co 1.7, dons espirituais são capacidades que Deus nos concede para que o sirvamos, venhamos a dar frutos para o Reino de Deus e não para o nosso bel-prazer (e muitos cristãos não tem entendido isto, ou não fazem questão de entender). Cada cristão tem pelo menos um dom (1Pe 4.10). Diante do mencionado acima entenda que o versículo 12 diz claramente que Deus quer o nosso aperfeiçoamento para a obra do ministério, para edificar, consolidar o corpo de Cristo. Para qual ministério Deus tem te chamado? Caso você ainda não tenha a certeza, você precisa orar e pedir para Deus confirmar aonde ele quer que você atue, em qual ministério... ore, estude a Bíblia, preste atenção na Palavra ministrada no culto e Deus certamente te revelará, pois todos nós temos uma função no corpo de Cristo, pode ser para recepcionar visitantes quando chegam à igreja, ou visitas em hospitais, presídios, em lares de crianças carentes, pessoas abandonadas nas ruas ou professor de escola dominical, para ser pastor, ministério de louvor, de intercessão, há muito serviço na obra de Deus. Muitos podem perguntar: Cadê o ministério de evangelização? Realmente, este eu não coloquei, pois este ministério é uma obrigação de todo cristão. Em Mt 28.19 e Mc 16.15, estes nos ensinam que é dever de todo cristão ser um missionário, ou seja, através do nosso testemunho de vida, as pessoas notarão como você se transformou em um praticante da Palavra de Deus e elas serão atraídas por esta mudança, você será um farol como aqueles que mostram a direção segura para os navios, você indicará o caminho seguro chamado JESUS CRISTO e por isso é importante estudar a Bíblia para poder evangelizar e praticar. Não ache que para ser um missionário você precisa ir lá para a África evangelizar... se você não consegue falar do amor de Cristo para os da sua casa e sua vizinhança. Que diferença você fará no exterior? Comece dentro da sua casa e vá aumentando o perímetro de sua atuação para a divulgação do evangelho de Cristo.  Definição O caráter é definido por: “qualidade inerente a uma pessoa, animal ou coisa; o que os distingue de outra pessoa, animal ou coisa; o conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um indivíduo, ou de um grupo; índole, natureza, temperamento”. O significado literal do termo grego charaktēr é “estampa”, “impressão”, “gravação”, “sinal”, “marca” ou “reprodução exata”. Caráter é algo que vai sendo formado e impresso com o tempo em nosso interior, uma verdadeira marca. O caráter de cada qual não é formado do dia para noite. É um processo gradual que está relacionado a um amplo conjunto de fatores que influenciam na formação de cada um. Meios como TV, internet, família, religião, infância, desprazeres, decepções, alegrias, enfim, uma gama variada de fatores influência na formação do caráter de cada indivíduo. Desde o berço. I. O caráter cristão – formação, influências e virtudes. Assim como o caráter de cada indivíduo é formado desde o berço, nosso caráter cristão também passa a ser moldado desde o primeiro passo de nossa caminhada com Cristo (Jo 1.12; 3.3). Os valores do Reino de Deus passam a ser impressos em nós, para que verdadeiramente possamos ser seguidores de Jesus Cristo genuinamente. Deus usa de muitos meios e formas para que o caráter de seus filhos seja formado, mas sem dúvida alguma, o principal fator de influência é o agir da Palavra dEle na vida de cada um, bem como o consolo e direção que o Espírito Santo dá aos Seus (Ef 1.13). Afinal, o que pode ser considerado como um caráter cristão? Podemos relacionar alguns pontos, que evidentemente, não serão os únicos: 1) Não se trata apenas de bons valores morais. Apesar do cristianismo carregar implicitamente um forte viés moral – pois a Bíblia nos dá parâmetros morais – o caráter cristão não está repousando apenas sobre o fato de ser “bom”. A boa moral está contida, mas de modo algum é o todo. Cada um de nós pode dar exemplos de pessoas que confessam ser cristãs, mas que não são bons exemplos de conduta digna, bem como pessoas não-cristãs que são cidadãos de bem. 2) O cristão genuinamente bíblico admite suas falhas. Cada um de nós, sem exceção, é um pecador (Rm 3.23). Todos temos o pecado dentro de nós, e isso produz limitações e conseqüentemente falhas. A virtude do cristão de caráter é ser transparente, é ter dignidade suficiente para admitir que é limitado e que depende completamente da misericórdia e graça do Senhor. 3) O caráter moldado cria controle. Quando nosso caráter entra em fase de maturidade, conseguiremos controlar situações que de algum modo podem manchar a marca de Jesus em nós, afetando nosso testemunho cristão. Neste ponto de plenitude, não haverá espaço para amargura, ira, discórdia, egoísmo, arrogância, discussões, facções. Apesar de – eventualmente – tais coisas ocorrerem, precisam ser enfrentadas e enfraquecidas. Nosso ser por completo, mente, atitude, palavras, precisa ser um meio de culto e adoração permanente (Mc 12.30; Gl 5.22). Com tal caráter formado em nós, passaremos a frutificar em atitudes que atestam que somos de Deus e temos Sua Palavraem nossas vidas. Passamosa frutificar em virtudes, como: • Pureza . Vida separada – santificação – para o Senhor. Uma vida distinta num mundo corrupto (Fp 4.8). • Imparcialidade. Trataremos a todos – seja quem for – de modo único, sem acepção de pessoas. Seremos justos com as pessoas, independente de afinidade, sejam amigos, parentes, irmãos, parceiros de caminhada (1Ts 5.15). • Sem fingimento . É prezar pela verdade. Não existe espaço para máscaras e ânimo duplo (1Pe 2.1; Tg 4.8). • Humildade . Ninguém é auto-suficiente. Vaidade e soberba não devem encontrar espaço no coração do cristão; tais coisas devem ser banidas de nosso meio! Somos um corpo e dependemos uns dos outros (Mt 5.3). • Mansidão. Serenidade. Ser manso, não permitindo que disputas e discórdias tomem conta. Gentil, sensível e paciente com todos (Mt 5.5). • Misericórdia . Compaixão pela dor, “pela miséria do coração” alheio. Entender que nosso próximo pode passar por lutas, dores, infelicidades extremas. Experimentar e participar do sofrimento alheio (Mt 5.7) • Coração puro . Ser livre de impurezas no altar – no coração. Relacionamento constante com Deus e com a Sua presença, nos limpando genuinamente daquilo que nos separa dEle (Mt 5.8). II. O modelo supremo de caráter – fonte de inspiração. Nosso modelo supremo de formação de caráter é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Ele deve ser nosso alvo, razão, adoração, modelo, tudo! Afirmar que somos cristãos é carregar nos ombros a responsabilidade de sermos seguidores e praticantes dos ensinos do Mestre. Ter um modelo é fundamental na formação do caráter, e para formação do caráter cristão, o modelo do Senhor nos leva a amá-Lo, admira-Lo, imita-Lo, segui-Lo. Ele nos faz, dia-a-dia ver que podemos aplicar, viver e frutificar em tudo que vimos acima. Que possamos afirmar, assim como Paulo que somos imitadores de Jesus (1Co 11.1). Para tal, devemos: III. Conhecer o Filho de Deus. Buscar estar em pura intimidade com o mestre e o auxílio do Consolador (Ef 4.13; Jo 15.5; 26-27; 1Jo 1.1-3). O testemunho da Palavra e do Espírito Santo nos levam a conhecer e ter intimidade com Ele. IV. Submeter-se ao senhorio de Jesus. Rm 10.8-9 – estar submetido completamente ao governo e autoridade de Cristo sobre nós. Não basta reconhecer e ter Jesus como Salvador, mas sim estar submisso a Seu senhorio. V. Obediência irrestrita. A época em que vivemos tem ressaltado cada vez mais que o ser humano viveem rebeldia contra Deus e Sua Palavra. Jesus nos mostrou que a obediência ao Pai deve ser praticada (Fp 2.8). VI. Negar a si mesmo. Matar nossa carne e viver para ele; o negar a si mesmo é um verdadeiro atestado de compromisso com o Reino. Jesus serviu e não foi servido. Adoramos ao Senhor de modo especial quando estamos negando ao nosso ego e mortificando nossa vontade, deixando que Ele vivaem nós (Gl 2.20). Precisamos procurar com prudência o aperfeiçoamento cristão, não para que venhamos a ser exaltados e ocupar lugares de destaque na sociedade, mas sim para que Jesus venha a ser exaltado e glorificado através de nossas vidas. “Importa que Jesus cresça e que eu diminua (Jo 3.30)”. Que o precioso Espírito Santo possa ter a liberdade e vir a trabalhar em sua vida através deste singelo estudo. Jesus te ama e ele quer te trazer para a sua maravilhosa luz. Que possamos caminhar moldando nosso caráter de glória em glória (2Co 3.18) e que isso seja como aroma suave subindo à presença de Deus. Um verdadeiro meio de adoração!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O que fazer quando Deus parece não ouvir

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! Convidado para orar na sessão de abertura dos trabalhos legislativos no ano (2000) na Assembléia Legislativa do Estado norte americano do Kansas, o Pastor Joe Wright, da Central Christian Church proferiu a seguinte oração: Pai Celestial, estamos hoje diante da Tua presença para Te pedir perdão e buscar a Tua direção. Sabemos que a Tua palavra nos diz que "Ai daqueles que chamam ao mal de bem", mas é exatamente isto que temos feito. Perdemos o nosso equilíbrio espiritual e invertemos os nossos valores. Pai, confessamo-Te que: - Temos zombado da verdade absoluta da Tua Palavra e chamamos a isto pluralismo; - Temos adorado a outros deuses e chamamos a isto multiculturalismo; - Temos aprovado a perversão e chamamos a isto estilo de vida alternativo; - Temos explorado os pobres e chamamos a isto loteria; - Temos premiado os preguiçosos e chamamos a isto bem-estar; - Temos permitido a morte de bebês e chamamos a isto direito de escolha; - Temos permitido o aborto e o consideramos justificável; - Temos sido negligentes com a disciplina dos nossos filhos, e chamamos a isto construção da auto-estima; - Ternos cometido abusos de poder e chamamos a isto política; - Temos cobiçado os bens do próximo e chamamos a isto democracia; - Temos poluído o ambiente com pornografia e chamamos a isto liberdade de expressão; - Temos desprezado os valores do passado e chamamos a isto iluminismo. Sonda-nos, ó Deus, e prova os nossos corações; purifica-nos de todo o pecado e liberta-nos. Dirige e abençoa estes homens e mulheres que foram enviados para nos conduzir ao centro da tua vontade. Nós te pedimos em nome do Teu filho, nosso Salvador Jesus Cristo. Amém. Nem sempre Deus parece ouvir-nos as orações; mas, ainda assim, requer-se constância e perseverança no exercício da oração. Pois se afinal nem mesmo depois de longa espera nosso senso perceba que beneficio se obteve pela oração, nem que sinta daí qualquer fruto, entretanto, nossa fé nos assegurará daquilo que não poderá ser percebido pela sensibilidade, a saber, que obtivemos o que era conveniente, quando, tantas vezes e com tanta certeza o Senhor promete que nossas preocupações haverão de ser por ele atendidas, desde que sejam depositadas em seu seio. E assim ele fará com que na pobreza possuamos abundância, na aflição tenhamos consolação. Ora, ainda que todas as coisas falhem, contudo, Deus nunca nos haverá de desamparar, o qual não pode frustrar a expectação e a paciência dos seus. Somente ele nos servirá mais que todos, pois ele contém em si mesmo tudo quanto existe, e que finalmente nos haverá de revelar tudo isso no Dia do Juízo, quando abertamente manifestará seu reino. Acrescento ainda que, mesmo quando Deus nos atenda aos rogos, contudo, nem sempre ele responde conforme a expressa fórmula do pedido; ao contrário, mantendo-nos como que suspensos, no entanto de modo não previsto mostra que nossas orações não foram vãs. Isto significam estas palavras de João: “E se sabemos que Ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos” [1Jo 5.15]. Isto parece mera superfluidade de palavras, mas de fato é uma declaração muitíssimo útil, porque Deus, ainda quando não atenda ao desejo, no entanto é favorável e propício a nossas orações, de sorte que nunca nos frustra a esperança arrimada em sua Palavra. Com esta paciência, porém, os fiéis têm necessidade de ser sustentados até este ponto, porque não haveriam de estar firmes por longo tempo a não ser que nela se reclinassem. Pois o Senhor não prova os seus com experiências leves, nem os exercita frouxamente; pelo contrário, freqüentemente os impele até a extremos; e assim impelidos, os deixa chafurdar-se nesse lodaçal por longo tempo, antes que lhes proporcione algum gosto de seu dulçor. E, como diz Ana: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e conduz de volta” [1Sm 2.6]. O que lhes ficaria ao ver-se afligidos desta maneira, senão perder o ânimo, desfalecer e cair no desespero, a não ser que, quando se encontram assim afligidos, desconsolados e semimortos, os console e os ponha de pé a consolação de que Deus tem seus olhos postos neles, e que, por fim, triunfarão de todos os males que presentemente padecem e sofrem?309 Não obstante, seja como for que se postem na certeza desta esperança, enquanto isso não deixam de orar, porquanto, a não ser que a constância de perseverar assista à oração, nada conseguimos com a oração. Veja a importância de orar constantemente: Se passo um dia sem orar, eu logo sinto a diferença, se passo dois dias sem orar, quem nota a diferença é minha esposa. Quando passo uma semana sem orar, a igreja toda nota a diferença! A oração abre os céus e nos faz mais resistentes aos ataques malignos. Quando mantemos uma vida de oração, todos logo sentem a diferença. Quando oramos tornamo-nos íntimos de Deus, desfrutamos sua presença diariamente. Jesus nos ensinou a orar, nos deu exemplo, olha que nem precisava, pois era o próprio Deus encarnado. Mas porque o fez? Quem ora se desliga das circunstancias em sua volta. Quem ora coloca pra fora o que lhe pesa por dentro, quem ora vence. Só tem uma forma de mantermos em pé, é quando caminharmos de joelhos, “orando”. Feliz é o cristão que aprender que oração produz comunhão na igreja, porque orando invocamos a Deus, "Pai Nosso" e, assim, destruímos todo e qualquer preconceito e divisão. Feliz é o cristão que aprender que a oração o capacita cumprir a missão de falar do amor de Jesus aos que caminham desnorteados como "ovelhas sem pastor". Feliz é o cristão que aprender que a oração o fortalece no momento do sofrimento, traz paz nos momentos de angústia, traz segurança nos momentos de dúvida, traz alegria nos momentos de dor... Feliz é o cristão que aprender que a oração pelo seu pastor "coloca fogo no púlpito", traz avivamento para a Igreja e unção do Espírito sobre o culto. Feliz é o cristão que aprender que a oração cura as feridas, restaura a vida, refaz os sonhos perdidos, traz esperança, e quando não muda as circunstâncias, altera nossas intenções...Feliz é o cristão que ora! Por Rute. “Quem se ajoelha aguenta mais tempo de pé.” (DL Moody "Orai sem cessar."( 1 Ts. 5:17). Temos um grande desafio pela frente, são 365 dias obscuros de 2012, que não saberemos o que vai ocorrer ou de que forma teremos de enfrentar as adversidades. Não sabemos se seremos vencedores ou não, não sabemos o que nos virá, será adversidade ou prosperidade? Será que eu estarei de pé na fé os próximos dias ? Pra que sejamos vencedores é preciso está diante de Deus através da oração, pois assim manteremos em posição vertical. Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuida para que não caia. (1Co 10:12). Única forma de mantermos firme na fé e na posição, é através do joelho e da oração. (Moody) Esta frase de Moody é a pura realidade, não podemos ficar em pé sem a oração, ela é a nossa fonte de energia, eu diria a tomada que nos liga ao Eterno. Se tem algo que o nosso inimigo não gosta é quando o crente vive de joelhos dobrados. Quando oramos, esquecemos das tempestades que nos afligem e ganhamos forças para suportá-las. Quando oramos os nossos olhos espirituais estão em Deus, o Maior que as tribulações que nos cercam. Quando oramos, crescemos na intimidade com Deus, abrimos o céu e chegamos até lá de joelhos. Quando oramos movemos até o sobrenatural, até o sol parou quando Josué orou. Jesus orava como exemplo e nos ensinou como chegar ao Trono da Graça. Veja o que Lutero escreveu sobre a oração: Ser um cristão sem orar é tão possível quanto viver sem respirar.” (Lutero) A Psicologia diz: Quer conhecer alguém? Converse com ela.... Da mesma forma que a Psicologia diz, que conhecemos bastante, quando conversamos bastante. A intimidade com Deus é conversando com Ele. Quer Conhecer e prosseguir em conhecer a Deus? Converse, com Ele, gaste algumas horas por dia ou noite confidenciando seus segredos ao seu melhor amigo (Deus). Quando vivemos uma vida de oração, temos intimidade com Deus. E isso é tudo. Eu penso que oramos muito pouco, se olharmos para Daniel ficamos envergonhados, pois ele orava três vezes ao dia. Quanto mais eu oro, mas mortifico minha carne e vivifico meu espírito. Até quando não sei o que dizer na oração, o Espírito traduz minhas poucas palavras, ou lágrimas e as leva diante de Deus como convém. O segredo para um bom sucedido 2012 será “ Uma vida de propósito e oração na presença de Deus”. “Ore até que consiga orar. Então ore até que tenha orado.” (Paul Washer) “Oração não nos prepara para o maior trabalho, a oração é o maior trabalho.” (Oswald Chambers) “Se você quer que Deus o ouça quando você ora, precisa ouvi-lo quando Ele fala.” (Thomas Brooks) “Oração que não custa nada, não alcança nada.” (John H. Jowett) "Orai sem cessar." 1 Ts. 5:17. “Perseverai na oração, vigiando com ações de graça” (Cl 4.2)  O Poder da oração Ezequias adoeceu de uma enfermidade diz a Bíblia: mortal. Era grave seu estado, A Bíblia não relata detalhes desta doença, mas posso imaginar, que ele teria poucos dias de vida. Deitado em sua cama, ele jamais poderia imaginar que ouviria de um profeta e o que ele ouviu. Deus envia a Ezequias o profeta Isaías, filho de Amós e Isaías profetisa sobre a vida de Ezequias dizendo: Assim diz o Senhor: Poe tua casa em ordem porque morrerás e não viverás. Amados, colocamo-nos no lugar de Ezequias, com certeza não aceitaríamos esta profecia, ou duvidaríamos do profeta.Geralmente gostamos que profetize para gente saúde, dinheiro, benção sobre nossa vida e prosperidade. Agora morte! Misericórdia mesmo sabendo que iremos morrer,não aceitaríamos. Mas o que fez Ezequias? Aceitou a profecia mas com lágrimas junta forças vira-se a parede e ora ao Senhor. Não foi grande, nem longa a sua oração, se lermos o versículo onde esta sua oração, ela se resume a uns quinze segundos observe: E disse: Lembra-te, Senhor, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo. Aleluia! Naquela hora Deus contempla Ezequias e ouve sua oração e enxuga suas lágrimas. Em imediato Deus ordena: Isaías! volta! Volta! Pois um coração contrito eu não desprezo, Eu contemplei as lágrimas de Ezequias e voltarei atrás nesta profecia. Veja o que o salmista Davi diz: Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Talvez Isaías não tinha se distanciado muito da casa de Ezequias pois a resposta de Deus foi rápida fazendo Isaías voltar rapidamente, chegando lhes disse: Assim diz o Senhor teu Deus: ouvi tua oração e vi tuas lágrimas, acrescentarei aos teus dias quinze anos. Amados vejam o poder da oração, não foi preciso uma grande oração para que Ezequias recebesse a benção, bastaram quinze segundos para que Deus acrescentasse quinze anos na sua vida. Amados mesmo que haja profecias,em nossas vidas a qual não aceitamos. Deus é capaz de voltar atrás contemplando nossas lágrimas e nossos corações contrito, mesmo que tenha de deixar um profeta contrariado como fez com Jonas quando profetizou sobre a cidade de Nínive que Deus destruiria, e não o fez ouvindo a oração e o jejum daquela cidade. Mesmo que tenha de voltar dez graus no relógio, Ele é capaz de tudo isto acredite! Que Deus possa abençoar ricamente as nossas vidas e que nós possamos usar esta arma chamada oração. “Então me invocareis, e ireis, e orarei a mim, e Eu vos ouvirei e buscar-me-eis, e me acharei quando me buscares de todo o vosso coração." (Jr 29:12-13). Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2 Cr 7:14). Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!