sábado, 22 de outubro de 2011

Perdoar para ser perdoado

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-construcaocivil.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã, pois, a nossa entrada na vida que Jesus Cristo nos ofereceu, só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai. Ele nos perdoou, mediante a obra de seu Filho feita na cruz, em nosso favor. Amor e perdão sempre caminham juntos.

“Deus é amor”, é a mais formosa definição que a Bíblia apresenta. E a maior prova do seu amor para conosco foi perdoar todos os nossos pecados. Porque ele nos ama ele nos perdoou. Perdoar é um atributo de Deus.

Perdoar é um mandamento da Palavra de Deus. Não é um sentimento, nem depende de nossa vontade ou emoção.

A Palavra declara: “sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou” (Ef 4.32); “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, casa alguém tenha queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13).

Quando Deus nos perdoou, pôs um fim à situação desastrosa em que nós nos encontrávamos, pois, estávamos condenados à morte como conseqüência do nosso pecado de desobediência.

Ele nos chamou para uma nova vida, onde o amor e o perdão sempre têm a sua máxima expressão. Perdoada a nossa ofensa, o relacionamento amoroso que nos une ao Pai Eterno foi restaurado. Diante desse ato de misericórdia e amor imerecido devemos, do mesmo modo, estender perdão a todo aquele que nos ofender.

O perdão de Deus deve gerar em nosso coração o desejo de perdoar incondicionalmente, tal com ele fez conosco.

Perdoar significa deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento. É ter compaixão, deixando de lado toda a idéia de vingar-se daquilo que foi feito ou pelas conseqüências que sofremos.

A base sobre a qual exercitamos o perdão

O PERDÃO é um fato, sem que exista discussão sobre o assunto, pois se fundamenta no amor e é sustentado pela caridade, sem insultar a lei da justiça.

Infelizmente, nosso conceito de perdão pode limitar ou dificultar a nossa capacidade de perdoar. Dizem que perdoar é coisa de gente fraca, medrosa, boba. Possuímos crenças negativas de que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram.

Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeito aos nossos direitos. Muitos afirmam: "eu não levo desaforo para casa!..." Somos alguns destes?

Será que a pessoa que perdoa demonstra fraqueza de caráter? Temos a certeza que não. Aliás, esta certeza não é nossa, mas do Cristo que nos recomendou e viveu o perdão incondicional.

E não consta que o Mestre tenha demonstrado em Sua vida fraqueza de caráter. Alguns até pensaram que ele era meio fraco, já que quando perseguido e açoitado, não esboçou qualquer gesto de reação e no auge do seu martírio ainda foi capaz de pedir ao Pai que perdoasse os seus ofensores.

Até hoje ninguém se lembra daqueles que o crucificaram, mas o nome do "imaginado fraco", do grande pacificador, cruzou os mares, venceu a linha do tempo, ficando conhecido em todo o mundo, a tal ponto de dividir a história da humanidade em antes e depois Dele.

Não existe uma razão plausível para não perdoar, mas existem muitas razões para exercitarmos o perdão. Vamos ver algumas delas?

A primeira razão para perdoar encontra-se na constatação de que todos nós ainda somos imperfeitos. Não há ninguém, no atual estágio do planeta Terra, que tenha atingido a perfeição, por isso, o erro faz parte das nossas vidas.

A visão da eternidade, que a doutrina espírita nos mostra, abre os nossos horizontes, pois se já percorremos inúmeras encarnações, muito já aprendemos, porém temos que aprender outras centenas de lições.

E como o Criador está em constante processo de criação, cada um de nós iniciou sua trajetória evolutiva em época diferente da dos demais. Logo, cada um de nós está em determinada faixa evolutiva, com determinados aprendizados já realizados e com muitos outros a serem realizados.

Então, se alguém nos ofende, não o faz por maldade, mas por ignorância. Ignorância significa, que quem nos ofendeu ignora, ainda não aprendeu a lição do respeito. Somente quem tem a visão da imortalidade do espírito pode compreender a trajetória que todos nós realizamos, passo a passo, degrau a degrau.

Um exemplo simples: se déssemos a um aluno do Primeiro Grau uma equação algébrica para ele resolver, dificilmente conseguiria e nem por isso seus professores ficariam decepcionados com ele. Simplesmente entenderiam que ele não estava em condições de resolver o problema. Ele ainda era ignorante em álgebra. Futuramente não será mais.

Sendo assim, haveremos de aceitar as pessoas como elas são; cheias de virtudes e defeitos. Não há perfeição, ainda somos imperfeitos. Vamos sair da ilusão de que os outros devem ser perfeitos, principalmente quando agem conosco.

Muitos dizem: "Ah, eu me desiludi com aquela pessoa". É claro! Sabem por quê? Porque se iludiram com ela, pensando que esta seria perfeita o tempo todo.

Provavelmente, notaram muitas virtudes e aí passaram a imaginar que aquela pessoa era um "anjo caído do céu", mas quando esta mostrou os seus defeitos, veio a desilusão, o engano, a decepção. Aí, muitos dizem que não conseguem perdoar porque estão muito magoados.

Porém, o problema não está no outro, pois era previsível que por mais especial que esta pessoa fosse, um dia acabaria agindo de forma diferente daquela que esperávamos. O erro está em nós, que não aceitamos as pessoas como elas são.

Será que estamos aceitando as pessoas como são? Será que não estamos esperando muito dos outros? Será que estamos esperando lidar com seres angélicos num planeta de provas e expiações?

Podemos dizer: Sem Aceitação, Não há Perdão!

Aceitando-nos e aos nossos irmãos como eles são nossos relacionamentos ficarão melhores. Sabem por quê? Porque não haverá tanta cobrança, tanta expectativa.

E quando eles ou nós errarmos, e eventualmente nos prejudicarmos, haveremos de lembrar-se do Mestre Jesus, que perdoou a todos, exatamente porque aceitou a cada um de nós do jeitinho que somos.

Outro motivo para esquecermos as ofensas está na constatação de que o perdão traz um grande alívio para quem perdoa. Nem sempre para quem é perdoado.

Porque muitas vezes quem é perdoado não consegue se livrar da sua consciência, mas este também precisa aprender a se perdoar e a recomeçar novamente.

O autoperdão também é importante. Para que reconhecendo os nossos erros encontremos forças para reformular nossas atitudes e começar uma nova vida.

Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a oportunidade de reparar os males praticados, reabilitando-se perante si mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado.

O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele.

O autoperdão ajuda o amadurecimento moral, porque propicia clara visão responsabilidade, levando o indivíduo a cuidadosas reflexões, antes de tomar atitudes agressivas ou negligentes, precipitadas ou contraditórias no futuro.

Quando alguém se perdoa, aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo.

Caso não nos perdoarmos ou não perdoarmos alguém, carregaremos os sentimentos de mágoa e ressentimentos e este lixo tóxico produzirá em nosso organismo doenças de difícil tratamento.

Por quê? Porque se alimentarmos idéias de ódio e vingança entramos na mesma sintonia de agressão e sobrecarregamos nossos centros energéticos, perturbando o nosso organismo, desencadeando um mundo de distúrbios, fazendo com que nosso espírito sofra as conseqüências do que provocou.

Eis o porquê do PERDÃO.

Muitos podem estar se perguntando como podemos aprender a perdoar.
Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão real, é conseguirmos nos manter a certa "distância psíquica" da pessoa, do problema ou das discussões.

O que seria esta distância psíquica? É conseguirmos analisar, o problema como se não fosse conosco. Porque este distanciamento fará com que não exageremos na interpretação do problema, caindo em impulsos desequilibrados causando uma sobrecarga em nossa energia mental.

A mente com este desequilíbrio dificulta o perdão. Então, nos desligando da agressão ou do desrespeito, nosso pensamento vai sintonizar com mais clareza e nitidez no bem, renovando a "atmosfera mental".

Ao desprendermo-nos mentalmente, passamos a usar construtivamente os poderes do nosso pensamento, evitando os "deveria ter falado ou agido", eliminando da nossa imaginação os acontecimentos infelizes que aconteceram conosco.

É fator imprescindível, ao "separar-nos" emocionalmente de acontecimentos infelizes, a TERAPIA DA PRECE como forma de nos harmonizarmos, pois a prece refaz os sentimentos de paz e serenidade, facilitando a harmonização interior.

Desligar-se não é um processo de nos tornar insensíveis e frios, comportando-nos como criaturas inacessíveis as ofensas e críticas. Desligar-se, quer dizer deixar de alimentar-se das relações destrutivas, desvincularem-se mentalmente das relações doentias ou de problemas que não podemos solucionar no momento.

Ao soltarmo-nos desses fluidos que nos amarram a essas crises, temos a chance de enxergarmos novas formas de resolver dificuldades e desenvolvermos a nobre tarefa de nos compreender e compreender os outros.

Quando aceitaremos fazer este "distanciamento" mais facilmente? Quando conseguirmos acreditar que cada ser humano é capaz de resolver seus problemas, e é responsável por todos os seus feitos na vida, permitindo que sejam, e se comportem como queiram, dando-nos a nós essa mesma liberdade.

Viver nos impondo certa "distância psicológica" às pessoas ou coisas problemáticas, sejam entes queridos difíceis ou companheiros complicados, não significa que deixaremos de nos importar com eles ou de amá-los ou de perdoar-lhes, mas sim de viver sem enlouquecer pela ânsia de tudo compreender, suportar e admitir.

Compreendendo, que ao promovermos, este distanciamento psicológico, terá mais habilidade e disponibilidade para percebermos o processo que há por trás dos comportamentos agressivos, permitindo-nos não reagir da mesma maneira que fazíamos e sim olharmos "como é, como está sendo feito" nosso modo de nos relacionar com os outros, isto nos leva a começar a entender a dinâmica do perdão.

Uma das mais eficientes técnicas de perdoar é retomar o vital contato conosco mesmo, deixando-nos de ser vítimas de forças fora do nosso controle para transformar-nos em criaturas que criam sua própria realidade de vida, pois como já diz o nosso querido Divaldo Pereira Franco:

A base para o ato de perdoar é o completo e livre perdão que recebemos do Pai. Assim como ele nos perdoou, nós perdoamos. Como filhos de Deus o perdão que expressarmos, deve ser análogo ao seu perdão –“perdoando-vos uns aos outros como, também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32), ensina o apóstolo. É inconcebível viver sob o perdão de Deus sem perdoar ao próximo.

Quando Jesus ensinou os seus discípulos a orar, ele colocou um pedido ao Pai: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores” (Mt 6.12).

É esse espírito de perdão que deve permanecer em nós. Se o Pai, antecipadamente, nos perdoou, quando não éramos merecedores, em gratidão ao seu amor perdoador, nós devemos, também, perdoar aos que nos ofendem.

O perdão deve uma característica do nosso viver cristão. Se o amor perdoador de Cristo foi sacrificial – ele se deu por nós -, da mesma forma o nosso amor deve se expressar dando-nos, em amor, por aquele que nos ofendeu.

Quando devemos perdoar

Há dois momentos, em especial, que o perdão deve se expressar:

. (1) – No momento em que fomos atingidos - injuriados, maltratados, ofendidos, perseguidos.

O exemplo de Estevão mostra que ele perdoou no mesmo momento da agressão recebida (At 7.60)

“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor não lhes impute este pecado”.

Apedrejado até a morte, ele não pensou em si, pensou na situação dos agressores diante de Deus – perdoou-os e rogou por eles.

Eis, aí manifesto o mais elevado e magnífico espírito cristão de perdão. Este primeiro mártir da fé cristã imitou o Senhor Jesus que orou na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).

(2) – Quando aquele que ofendeu pede perdão –

José tinha apenas dezessete anos quando seus irmãos, friamente, venderam-no para a escravidão. Separado de sua família e do seu país, ele atingiu a posição de supervisor da casa de Potifar, seu senhor egípcio.

Mas o desastre atingiu-o novamente. Ele recusou os avanços sexuais da esposa de Potifar e ela acusou-o falsamente de assediá-la.

Ele foi posto na prisão, onde, mais uma vez, o Senhor estava com ele e se tornou o supervisor dos outros prisioneiros. José permaneceu nessa prisão pelo menos durante dois anos (Gn 37; 39).

Faraó, rei do Egito, teve um sonho e desejava sua interpretação. José foi capaz, pelo poder de Deus, de interpretar o sonho de Faraó e foi exaltado a uma posição de poder próxima à do próprio Faraó.

Este fê-lo encarregado da armazenagem e da distribuição dos cereais em toda a terra do Egito.

Foi depois disto que os irmãos de José vieram ao Egito para comprar cereais.

Estava dentro do poder de José tomar vingança contra aqueles que tinham pecado contra ele tantos anos atrás.

Contudo, a Bíblia nos conta que José experimentou seus irmãos e, tendo visto o arrependimento deles, recebeu-os com lágrimas e afeto (Gn 45.1-15). Ele os tinha perdoado por seu pecado.

Muitas pessoas não perdoariam como José o fez. Não é fácil, freqüentemente, perdoar, e quanto maior a intimidade que temos com aquele que peca contra nós, mais difícil é perdoá-lo.

As Escrituras nos ensinam, contudo, que a má vontade em perdoar os outros nos retira o perdão divino. Jesus ensinou: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mt 6.14-15).

Desde que todos os indivíduos responsáveis diante de Deus necessitam de perdão, é, portanto indispensável que entendamos e pratiquemos o perdão.
O que é o Perdão?

A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir.

Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro.

Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual.

Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mt 6:12).

Uma pessoa se torna devedora quando transgride a lei de Deus (1 Jo 3:4). Cada pessoa que peca precisa suportar a culpa de sua própria transgressão (Ez 18.4,20) e o justo castigo do pecado resultante (Rm 6.23).

Ele ocupa a posição de pecador aos olhos de Deus e perde sua comunhão com Deus (Is 59.1-2; 1 Jo 1:5-7).

A boa nova do evangelho é que Jesus pagou o preço por nossos pecados com sua morte na cruz.

Quando aceitamos o convite para a salvação através de nossa obediência aos mandamentos de Deus, ele aceita a morte de Jesus como o pagamento de nossos pecados e nos livra da culpa por nossas transgressões.

Não ficamos mais na posição de infratores da lei ou devedores diante de Deus. Somos perdoados!

O perdão, então, é um ato no qual o ofendido livra o ofensor do pecado, liberta-o da culpa pelo pecado.

Este é o sentido pelo qual Deus “esquece” quando perdoa (Hb 8.12). Não que a memória de Deus seja fraca.

Por exemplo, Deus lembrou-se do pecado de Davi a respeito de Bate-Seba e Urias muito tempo depois que Davi tinha sido perdoado (2 Sm 12:13; 1 Re 15:5).

Ele liberta a pessoa perdoada da dívida do seu pecado, isto é, cessa de imputar a culpa desse pecado à pessoa perdoada ( Rm 4.7-8).

O Perdão é Condicional

É importante entender que o perdão de Deus é condicional.

Deus perdoa livremente no sentido que ele não exige a morte do pecador que responde a seu convite de salvação, permitindo que a morte de Jesus pague a pena por seus pecados.

Contudo, Deus exige fé, arrependimento, confissão de fé e batismo como condições para o perdão do pecador estranho (Mc 16:16; At 2:37-38; 8:35-38; Rm 10:9-10). O perdão é também condicional para o cristão que peca.

O arrependimento, a mudança de pensamento, precisa ocorrer antes que o perdão divino seja estendido (At 8.22).

Deus nos chama a perdoar assim como ele perdoa. Quando alguém peca contra mim, ele se torna um transgressor da lei de Cristo.

Eu o considero um pecador. Se ele se arrepende e pede para ser perdoado, eu tenho que perdoá-lo, isto é, libertá-lo de sua culpa como transgressor.

Quando eu o perdôo, não o considero mais um pecador.

Posso não ser literalmente capaz de esquecer o pecado que ele cometeu mais do que Deus literalmente "esquece" nossos pecados, mas preciso deixar de atribuir a ele a culpa pelo seu pecado.

Deste modo, eu o liberto de sua "dívida"

E se o pecador não se arrepender? Tenho que perdoar aquele que peca contra mim, mas não se arrepende?

Talvez esta pergunta seja melhor respondida pelas palavras de Jesus: "Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lc 17.3-4).

Jesus indicou que o perdão deveria ser estendido quando o pecador se arrepende e confessa seu pecado. Precisamos também lembrar que Deus sempre exige arrependimento como condição de divino perdão. Deus não exige de nós o que ele mesmo não está querendo fazer.

Devemos estar preparados para perdoar, tão logo nos for solicitado o perdão. Deve ser uma atitude imediata e sem guardar ressentimento algum.

Isso se expressará mais fácil na medida em que amadurecemos em nossa vida espiritual.

O perdão tem de ser um ato de nossa vontade disciplinada. Ele não é um sentimento, nem é facultativo. Ele resulta de colocar a nossa vontade sob a vontade de Deus.

Quantas vezes devemos perdoar?



Essa foi a pergunta que Pedro fez a Jesus. A resposta do Senhor trouxe algo novo, demonstrando que já não estamos sob a Lei, estamos sobre a Graça de Deus.

“Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21,22).

Se a Lei determina um número de vezes para perdoar, o Evangelho de Cristo não determina números, determina a aplicação do amor em grau infinito.

 Condições para recebermos perdão

Perdoar para ser perdoado é o ensino de Jesus:

- “se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mt 6.15).

- “Assim também meu Pai celeste vos fará se no íntimo não perdoardes cada um ao seu irmão” (Mt 18.35).

- “E, quando tiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25)..

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. ( Mt 5:23,24).

A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas também para com nossos irmãos. Reconhecemos, que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com Deus) e a horizontal (entre os homens).

O mesmo perdão que recebemos de Deus deve ser praticado para com nossos semelhantes.

QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO

O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém.

A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não. A palavra de Deus é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará.

Foi Jesus Cristo quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:
“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. ( Mt 6.14,15).

Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende.

Se fluirmos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus.

Contudo, se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal.

Cristo também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):
“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus servos.

E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos.
Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse paga.

Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei.

E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida.

Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: paga-me o que me deves.
Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei.

Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.

Vendo os seus companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que acontecera. Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?

E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida.

“Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. (Mt 18:23-35).

O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte. Temos um rei e dois tipos de devedores.

Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei figura o próprio Deus. O primeiro devedor tinha uma dívida impagável, enquanto que a do segundo estava ao seu alcance.

Não há como comparar a dívida de cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho, enquanto que os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho.

Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus, e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna.

Contudo, sem que fizéssemos por merecer, Deus em sua bondade nos perdoou. Portanto, Ele espera que façamos o mesmo.

O cristão que foi perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão revogado.

Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta.

E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.

A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO

Quem não perdoa, está preso.

Lemos em Mt 18:34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”.

A palavra verdugo significa “torturador”. Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de punição.

A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão.

Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física.

Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer.

A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar outro maior (a mágoa)”?

Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor.

Porém, eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido.

Sem perdão não há cura. A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada.

Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:
“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.

“Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. ( Mt 5.25,26).

Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela.

A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém.

Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.

SEGUINDO O EXEMPLO DIVINO

Como deve ser o perdão?

A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser perdoada? Não. Devemos perdoar como Deus nos perdoou:

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. ( Ef 4.32).

O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que Deus em Jesus praticou para conosco.

Então, basta perguntar: – “Fizemos por merecer o perdão de Deus? Não. Então nosso ofensor também não precisa fazer por merecer”.

O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão.

Nada tem a ver com merecimento. O apóstolo Paulo falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração compassivo e benigno.

O perdão flui da benignidade do nosso coração, e não por haver ou não benignidade no ofensor.

Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar a reconciliação.

Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar.

Deus ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele é nosso exemplo!

NÃO HÁ LIMITE DE VEZES PARA PERDOAR

Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para perdoar alguém.

E foi surpreendido pela resposta que Cristo lhe deu: “Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Mt 18:21,22).

O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por quatrocentos e noventa vezes, ainda deve ser perdoado.

Na verdade, os comentaristas bíblicos em geral entendem que Jesus não estava se prendendo a números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para perdoar.

Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de Deus. Quantas vezes Deus já nos perdoou? Quantas mais Ele vai nos perdoar? Se devemos perdoar como também Deus em Cristo nos perdoou, então fica claro que não há limite de vezes para perdoar!

O diabo É QUEM LEVA VANTAGEM

Já falamos que há uma prisão espiritual ocasionada por reter o perdão. E que demônios se aproveitam desta situação.

Agora queremos examinar outro texto bíblico que nos mostra nitidamente que a falta de perdão dá vantagem ao diabo:

“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. ( Co 2.10,11).

O apóstolo Paulo revela que se deixamos de perdoar, quem vai se aproveitar da situação é Satanás, o adversário de nossas almas. Disse ainda, que não ignorava as maquinações do maligno.

Em outras palavras, ele estava dizendo que justamente por saber como o diabo age na falta de perdão, é que não podia deixar de perdoar.

Precisamos entender que Deus não será engrandecido na falta de perdão. Que o ofendido não lucra nada por não perdoar.

Que até mesmo o ofensor pode estar espiritualmente preso. O único que lucra com isso é o diabo, pois passa a ter autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.

A Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef 4.27).

Que ele anda em nosso derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (I Pe5.8), e que devemos resisti-lo (Tg 4.7).

Mas quando nos recusamos a perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.

CONSELHOS PRÁTICOS

Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro lado, não é algo tão fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos práticos que serão de grande valia.

Primeiro, o perdão não é um sentimento, é uma decisão e também uma atitude de fé.

Já dissemos que o perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar.

Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional.

Portanto, o perdão não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por mim e sua ordem de perdoar.

As conseqüências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais munição à razão do que à emoção.

É preciso fé para perdoar.

Certa ocasião quando Jesus ensinava seus discípulos a perdoarem, foi interrompido por um pedido peculiar:

“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.

Se por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.

Então disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. ( Lc 17.3-5).

Naquele instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão iriam precisar de mais fé.

E Jesus parece ter concordado, pois nos versículos seguintes lhes ensinou que a fé é como semente, quanto mais se exercita mais ela cresce.

É necessário crer que Deus é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que podemos dar.

Se Deus nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer dispensando sua graça no momento em que tivermos uma atitude de perdão.

Muitas vezes o perdão precisa ser renovado.

Depois de declarar alguém perdoado, o diabo, que não quer perder seu domínio, vai tentar renovar a ferida.

Em Pv 17:9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre encobrir a questão ou renová-la. É preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente o perdão.

Cada vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão. Ore abençoando seu ofensor. Lute contra a mágoa!

É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em Jesus na cruz:

“Contudo Jesus dizia: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. ( Lc 23.34).

Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga que eles também eram vítimas.

Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento de quem estavam de fato matando.

Eram vítimas de todo um sistema que os afastou de Deus e da revelação das Escrituras.

E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus teve compaixão deles.

Acredito que este é um princípio para o perdão fluir livremente. Assim como Jesus o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, também o fez:

“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor não lhes impute este pecado”. ( At 7.60)

O perdão "a" nós mesmos

Muitas vezes, antes de podermos perdoar os outros, devemos perdoar a nós mesmos. Habitualmente somos mais duros conosco do que com os outros. Devemos recordar que Cristo nos perdoou.

Mt 22.39 nos ensina: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.

Precisamos sentir que ele nos ama e já nos perdoou. Para que isso ocorra, devemos lembrar a posição em que Deus já nos colocou: “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.6).

Precisamos nos ver como somos aos olhos de Deus e não segundo os nossos incorretos sentimentos. Em Cristo está a nossa vitória.

Valor do Perdão

Perdoar é essencial ao nosso bem estar interno e ao testemunho externo da Igreja.

Sem esta prática as daninhas ervas da amargura, do ódio e do ressentimento impedirão de que representemos ao mundo, integralmente, o caráter de Jesus o nosso Senhor e Salvador. Amém.

Conhecendo A Vontade Positiva de Deus

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Nesta matéria desejo desenvolver um estudo bíblico com o tema:

“Conhecendo A Vontade Positiva de Deus” ela se divide em:

A. A Vontade Positiva.

B. Vontade Diretiva.

C. Vontade Permissiva.

Como a matéria é muito extensa, inicialmente estaremos agora tratando apenas da vontade positiva de Deus e em outras oportunidades posteriores desenvolverei os outros assuntos subseqüentes. Vamos acompanhar!

Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.

Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.

E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.

Fazer a vontade de Deus é muito importante para nós que somos seus filhos, porque quando fazemos a vontade de Deus agradamos a Ele, Deus se alegra quando fazemos a Sua vontade, e, se alegra mais ainda quando fazemos por obediência mesmo que não seja a nossa vontade, mesmo que seja algo que não queremos que não gostamos.

É bom salientar que nem tudo que gostamos é o melhor para nós. Deus quer o melhor para nós.

E por querer o melhor para nós, Jesus veio como homem para sofrer e morrer por nós. Mas no momento crucial da sua vida Ele, como 100% homem, temeu muito, entristeceu, angustiou-se profundamente. ( Mt 26.37,38)

A ponto de pedir a Deus para mudar o seu destino, ou seja, Ele pensou em desistir de tudo. (Mt 26. 39)
Mas Jesus sabia que a salvação de toda a humanidade estava em Suas mãos, mesmo estando no limite das Suas forças humanas, se colocou ao dispor de Deus, para fazer a sua vontade. (Mt 26.42)

Se Jesus quisesse poderia desistir, jogar tudo para o alto, o diabo tentou fazê-lo desistir:

Pessoalmente. (Mt 4.9)
Através de Pedro (Mt 16.22,23)

Mas Ele não desistiu, foi até a cruz, consumou tudo ali, (Jo 19.30), morreu por nós! (Aleluia!)

Jesus veio ao mundo para fazer a vontade de Deus. (Hb 10.7,9)

Mesmo tendo padecido muito ele obedeceu. (Hb 5.8)

Deus tem um plano para cada pessoa, como podemos ver na história de tantos personagens da Bíblia que foram chamados para cumprir uma missão específica.
Conhecer a vontade particular de Deus para cada cristão depende de um exercício muito grande de fé, de um estreito relacionamento com o Espírito Santo e de uma vida inteira de consagração ao Senhor.

Isto porque, a multiforme sabedoria de Deus estabeleceu dons, ministérios e talentos espirituais, que Ele distribui conforme o Seu propósito e a capacidade de cada um, 1 Co 12.1-11; Ef 4.7-12.

Todavia, existe a vontade universal de Deus, aquela que Ele deseja que todos os crentes desempenhem em sua jornada pela terra, sem a existência da qual dificilmente Ele manifestará a vontade particular para cada um dos Seus filhos. Ela se resume em quatro itens:

DEUS QUER QUE TODOS OS HOMENS SEJAM SALVOS E CHEGUEM AO PLENO CONHECIMENTO DA VERDADE – 1 Tm 2.1-4.

Assim, todo esforço empreendido pelo cristão, de muitas maneiras, para salvar o perdido pecador, leva-o a cumprir a principal vontade de Deus, que é salvar o homem. Para isto Cristo morreu, ressuscitou e vive entre nós.

É VONTADE DE DEUS QUE TODOS OS SALVOS SEJAM SANTOS – 1 Ts 4.3-8. Quando o cristão convertido deixa o pecado e se consagra para Deus, ele torna-se amigo de Deus e um verdadeiro adorador, Tg 4.1-5; Jo 4.23;24.

Isto envolve a dedicação ao conhecimento da Palavra de Deus, a oração, o jejum e a comunhão da Igreja. A santidade o predispõe a aceitar a vontade particular de Deus para sua vida.

É VONTADE DE DEUS QUE TODOS OS SANTOS SEJAM PERSEVERANTES

( 1 Pe 2.19-25; 3:9). O sofrimento é parte da vocação cristã, com o sublime propósito de tornar o crente igual a Cristo, que deu o exemplo de como reagir santamente em situações de adversidade, Fp 2.5-11.

É a perseverança que leva o crente ao céu, 2 Tm 2.12; Mt 10.22.

DEUS QUER QUE O CRENTE SEJA AGRADECIDO – 1 Ts 5.18. Dar graças a Deus em tudo, é crer na Sua soberania, onisciência, onipotência e amor. É confiar que todas as circunstâncias haverão de contribuir para o bem daqueles que Ele chamou por Seu decreto.

Veja o que Paulo requer para andar na vontade de Deus:

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.

De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;

Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. (Rm 12.1-8).

Vemos em Rm 12 que Deus tem uma grande obra em Seu mundo e Ele chamou Seu povo para participar. Existe uma perfeita vontade de Deus para cada crente. Se você é salvo, você é chamado.

Vemos que a vontade de Deus deve ser comprovada. Salvação é um dom, mas a vontade de Deus é como um prêmio a ser procurado.

Além disso, a vontade de Deus não é uma possibilidade para o futuro, mas uma realidade presente. Se você não faz a vontade de Deus hoje você não saberá a vontade de Deus para amanhã.

Seguindo a salvação, existem quatro passos que são enfatizados em Romanos 12 para aqueles que querem saber a vontade de Deus:

1. Conhecer a vontade de Deus requer fazer a vontade d`Ele hoje (Rm 12.1-2).

A Bíblia fala da Vontade de Deus como algo que fazemos hoje, não de algo para fazermos amanhã. Se o crente se inquieta diante das circunstâncias do presente e está somente olhando para o futuro esperando por circunstâncias diferentes, pensando que irá servir a Deus quando as coisas mudarem, ele nunca irá fazer a Vontade de Deus.

Devemos entregar o futuro nas mãos de Deus e usar as oportunidades do tempo presente, não importa quão difíceis sejam as dificuldades. Deus está no controle das circunstâncias de nossas vidas (Rm 8.28; 1 Co 7.17-24) . Se queixar contra as circunstâncias é se queixar contra a vontade de Deus. Este foi o grande pecado que os Israelitas cometeram repetidamente no deserto (1 Co 10:10).

Isto é verdade para novos cristãos. A Vontade de Deus começa onde você aceita a circunstância na qual se encontra e faz tudo o que sabe para crescer espiritualmente para servir a Cristo.

O primeiro ano depois de minha conversão, eu não sabia o que o Senhor queria que eu fizesse tanto quanto um ministério específico. Eu somente sabia que precisava aprender a Bíblia e ser fiel a igreja e começar a fazer tudo o que a Bíblia me dizia para fazer, então foi isso que eu comecei a fazer.

Eu comecei operando uma prensa para me sustentar, mas isso não era minha vida.

Minha vida era buscar e servir a Cristo e me preparar para a Sua vontade. Neste caminho eu fui capaz de ganhar o pleno beneficio da oportunidade e construir um bom fundamento para o tempo que viria.

Isto é verdade para quem é solteiro. Eu tinha um amigo no seminário que perdia longo tempo preocupado em encontrar uma esposa, tanto que ele tinha dificuldades para se concentrar nos estudos. Se eu não fosse casado, eu reconheceria que isto é uma vantagem para o tempo presente, que eu tenha mais tempo para me devotar ao Senhor e eu preciso usar esse tempo e verdade para o Senhor sobre o futuro (1 Cor. 7:32-34). Deus é o autor do casamento e Ele sabe a pessoa certa no tempo certo.

Isto é verdade para o casado. Independente se o cônjuge é salvo ou não, é a vontade de Deus para você permanecer casado e servi-lo nessa circunstância (1 Co 7.12-17).

Isto é verdade para os jovens. Ser jovem é uma vantagem e uma desvantagem. Os jovens devem se dedicar a conhecer e servir ao Senhor em sua juventude e não esperar ou deixar isso para depois. Também muitos jovens desperdiçam suas vidas se lançando na vaidade, tolamente pensando que irão levar a vida a sério quando forem mais velhos.

2. Conhecer a vontade de Deus requer entrega e dedicação (Rm 12.1).

Apresentar o seu corpo como um sacrifício vivo a Deus é uma decisão da vontade. Deus não nos força a isso, e Ele não nos força a devotar nossas vidas totalmente a Ele após a salvação. Ele quer que nós façamos isso a partir de um coração disposto.

Assim, escolhas difíceis devem ser feitas por aqueles que querem conhecer a vontade de Deus. Eu devo escolher me dedicar a Cristo ao invés de perseguir e satisfazer os meus desejos egoístas. Eu devo negar a carne e buscar o Espírito.

A maioria das pessoas devotam suas vidas ao dinheiro, prazer, bem-estar, conforto, segurança, prestígio e todas as coisas semelhantes a estas. O filho de Deus tem o privilégio de buscar um chamado do alto.

Esta decisão é motivada pelo Amor a Deus. Amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. Não buscamos a vontade de Deus com o objetivo de sermos salvos; buscamos porque somos salvos e queremos agradar a quem nos salvou pela Sua graça através do grande preço que foi pago no Calvário.

Esta decisão é racional. É racional porque conhecer e servir a Deus é o propósito da vida (Ec 12.13).

É racional porque a vida sem a Vontade de Deus é vã. Este é o tema do livro de Eclesiastes. É também racional dedicar minha vida a Cristo porque a vontade de Deus traz grandes recompensas (Hb 11.24-27). Um missionário uma vez disse: “Um homem não é insensato ao desistir do que ele não pode manter para ganhar o que ele não pode perder”.

Esta é uma decisão pessoal. Os jovens muitas vezes – se não a maioria – estão profundamente preocupados com o que outros jovens estão pensando e fazendo. Existe uma espécie de “pressão dos pares”, mas se eu quero saber a Vontade de Deus eu vou me mover para, além disso, e focar minha atenção em agradar a Deus somente.

Esta também é uma decisão diária. Dedicar-me a Vontade do Senhor não é algo que pode ser feito uma vez apenas; deve ser feito repetidamente.

Muitas vezes uma pessoa vai ser tocada por Deus em uma igreja ou num acampamento ou numa conferência bíblica e ele ou ela vai se entregar a vontade do Senhor, mas devido as pressões da vida e das guerras espirituais esta decisão pode desaparecer se não for renovada diariamente.

3. Conhecer a Vontade de Deus requer separação (Rm 12.2).

No centro da questão de conhecer a Vontade de Deus está o assunto da separação das coisas más deste mundo. Isto não é opcional, porque Deus é um Deus santo.

A palavra "conformeis" implica que somos fracos e podemos ser moldados. O mundo é evangelístico. Ele não se contenta em cuidar de seu próprio intento. Ele busca conformar o crente à sua filosofia e estilo de vida.

Separação é, portanto absolutamente necessário para se conhecer a vontade de Deus. Considere os seguintes versículos: Ef 5:11; Tt 2:12; Tg 4:4; 1 Jo 2:15-17.

Considere 2 Tm 2.22, que ensina que separação não é apenas uma questão negativa.

Vemos aqui que a separação é uma questão de proteção espiritual e moral.

Timóteo foi instruído a "fugir das paixões da mocidade." Essa é a imagem da vinda de algum grande perigo.

Deus não quer tirar as coisas prazerosas do seu povo. Ele é o autor de toda boa dádiva (Tg 1.17).

Quando Ele fez Adão e Eva, Ele os colocou no jardim mais lindo que se possa imaginar.

Ele o projetou para prover a eles somente tudo o que fosse prazeroso e maravilhoso. Deus não é uma pessoa cruel que quer perseguir as pessoas com leis sem sentido. Deus é a pessoa mais compassiva da existência.

Seu comando para se separar das coisas más do mundo foi criada para proteger-nos da destruição moral e espiritual. É para nos manter fora das garras cruéis do demônio.

Em 2 Tm 2.22 também somos lembrados de que a separação é uma questão do coração. Timóteo foi instruído a buscar a santidade "com os que invocam o Senhor com um coração puro".

Também vemos em 2 Tm 2:22 que a separação é uma questão de substituição. Timóteo foi instruído não só para fugir de coisas pecaminosas, mas também para "seguir" as coisas divinas.

Não é o suficiente para desistir da música sensual e modas mundanas e amigos que dificultam a caminhada espiritual; o filho de Deus deve adicionar amigos piedosos e música sacra e literatura edificante e atividades saudáveis e estar ocupado no serviço de Cristo.

4. Conhecer a Vontade de Deus requer transformação (Rm 12.2).

Conhecer a vontade de Deus exige não só dedicação e separação, mas também de transformação espiritual.

Este é o caminho da vitória sobre o mundo. Pela transformação da imagem de Cristo pode transformar tão firmemente o crente que o mundo não pode moldá-lo em sua própria imagem tola e corrupta.

A transformação espiritual vem pela renovação da mente, e da renovação da mente vem através da Palavra de Deus. Devemos aprender a pensar os pensamentos de Deus e é o que transforma a vida, e isto vem através da leitura e do estudo e meditação na Palavra de Deus. ( Sl 119.9 Jo 8.31-32, 1 Pe 2.2).

Tem sido dito que uma Bíblia empoeirada indica um coração sujo, e a Bíblia irá mantê-lo no pecado ou o pecado vai mantê-lo a partir da Bíblia.

A transformação espiritual vem pelo poder do Espírito Santo. Temos que nos render a Ele, colocá-lo no assento do motorista. Isto é o que significa "ser cheio do Espírito Santo." ( Gl 5.16-17, Ef 4.30, 5.18).

Além disso, a transformação espiritual é um processo. Isso não acontece durante a noite. É preciso tempo e persistência e dedicação. Ela exige a construção de hábitos piedosos, como a leitura da Bíblia e oração privada e freqüência à igreja, e continuar nelas.

5. Conhecer a Vontade de Deus requer ministério (Rm 12.3-6).

Para conhecer a perfeita vontade de Deus não é o suficiente para entregar a Cristo e se separar do mundo e ler a Bíblia; devemos também estar ocupados servindo ao Senhor.

Não é uma questão de esperar em torno de algo acontecer, é uma questão de ficar ocupado fazendo o que eu sei que eu deveria fazer em qualquer momento, e como eu faço isso, Deus me leva em Sua perfeita vontade, passo a passo, dia a dia, semana após semana, ano após ano. Ao lermos a Bíblia devemos obedecê-la, e se fizermos isso, estamos caminhando na vontade de Deus.

Em Romanos 12, somos lembrados de que existem dois aspectos para o ministério. Há um ministério geral (Rm 12:9-21), e um ministério específico (Rm 12:6-8).

Cada crente tem um dom particular e ministério, e nós achamos esse chamado particular ocupado na chamada geral de Deus, que envolve andar em obediência e santidade. Como o crente que ama a esposa e honra o marido e ser fiel à igreja e compartilhar o evangelho e separar as coisas más e orar, Deus o guia e revela sua chamada particular cada vez mais claramente.

Pensar sobriamente também significa que o crente não deve pensar de si mesmo tão demasiadamente “humilde”. Todo crente tem um chamado especial e um lugar importante na obra do Senhor neste presente mundo.

No corpo humano existem muitos membros e cada um deles é importante para o pleno funcionamento do corpo. O mesmo é verdade em relação à igreja.

Somos também lembrados em Romanos que a Igreja é essencial para se conhecer a vontade de Deus. Paulo menciona “um corpo” no verso 4. Esta é uma referência a Igreja. Ela é a coluna e firmeza da verdade e é a casa de Deus (I Tm 3.15). É a instituição ordenada por Deus para ensino e disciplina.

É o lugar de proteção espiritual. É o centro do evangelismo para o mundo (At 13.1-4).

Conhecer a vontade de Deus não é complicado. Simplesmente envolve começar onde você está e obedecer a Deus passo a passo. ( Sl 37.23).

Eu nunca encontrei uma pessoa que tenha lamentado ao encontrar a perfeita vontade de Deus, mas eu já encontrei muitos que lamentaram perder a perfeita vontade de Deus. Não seja tolo de jogar fora a maravilhosa oportunidade de você entregar sua vida a Deus e buscar Sua perfeita vontade.

Fazer as mais importantes decisões, como casamento e trabalho e educação, aparte da perfeita vontade de Deus é extremamente perigoso.

Ao contrário de andarmos ansiosos e preocupados à procura de sinais acerca da vontade de DEUS, devemos viver à procura de sabedoria para entendermos sua vontade revelada em sua palavra. A sua vontade não é obscura e tão pouco abstrata, ela é tão clara como a luz!

O que queremos dizer é que á vontade de DEUS nos é revelada quando nos dispomos a obedecer á sua palavra. Discutiremos três textos que nos mostram a vontade divina acerca de nós:

I. A VONTADE DE DEUS É QUE VIVAMOS EM CONSTANTE COMUNHÃO COM ELE (I Ts 5.15-24).

Estes versos tem algo em comum. Eles refletem uma vida de contentamento, satisfação e alegria apesar das circunstâncias.

• Regozijai-vos sempre, significa que devemos ser sempre gratos por tudo. Crendo que DEUS está no controle de toda e qualquer situação.

• Orai sem cessar, significa estar em comunhão, dependência, amizade e reverência.

• Em tudo daí graças, é uma estratégia de constante comunhão, considerando que em tudo somos mais que vencedores (Rm 8:37), e que em CRISTO somos abençoados com toda sorte de bênçãos celestiais.(Ef 1:3).

Dica prática:
Para se manter comunhão com DEUS temos como base:

• Ter uma vida dedicada á leitura da bíblia e a oração, ouvir e cantar hinos de louvores(lembre-se Deus habita no meio de louvores);

• Participar assiduamente dos cultos, estar envolvido com os trabalhos de sua igreja.

Lembrando que o nosso relacionamento com DEUS não deve ser penoso, ou para cumprir um dever. Comunhão com o SENHOR vai muito mais além.(Jo 5:2,3 ; Ef 6:6-8).

II. A VONTADE DE DEUS É QUE TENHAMOS PUREZA MORAL (I Ts 4:3-8).

O texto nos diz que nosso crescimento deve ser cada vez maior. Duas palavras importantes com as quais devemos nos ater:

• Santificação: separação (afastamento, manter distância de tudo que nos leve a ofender á DEUS). (I Ts 5:23);

• Prostituição: qualquer forma de pecado sexual antes ou fora do casamento. (I Co 6:18, Col 3:5, I Co 3:16,17; Ef 5:1-15).

(V. 6) Ninguém ofenda nem defraude a seu irmão (I Pe 3.8,9)

(V. 8) Cuidado !

A mentira de Satanás, "Todo mundo faz”!”; A voz do povo é a voz de DEUS”. Falso! O povo que não reconhece a soberania de DEUS vive no reino das trevas! (I Jo 5:19; Tg 4:4).

Procure manter suas mentes puras, fugindo de toda a aparência do mal. Não dê ouvidos às mentiras de satanás. (Ex: Eva).
A bíblia nos ensina a manter nossas mentes ocupadas com as coisas que vem do céu. (Fp 4:8, 5:22; Cl 3.1,2).

III. A VONTADE DE DEUS É QUE OBEDEÇAMOS ÀS AUTORIDADES EM NOSSAS VIDAS. (I Pe 2:12-15).

O texto nos mostra uma situação de perseguição, calúnia, intervenção policial.

O cristão é exortado (encorajado) a ter uma vida digna, ter um testemunho exemplar a ponto de que ninguém tenha nada que dizer que o desabone. (I Ts 4.11,12; I Pe 2:15).

Autoridades são instituídas por DEUS, e usadas por Ele para nos revelar a sua vontade, mesmo que esta não nos agrade.

Importante !

Desde que não viole os princípios bíblicos, devemos obedecer.

DEUS é soberano. Se Ele instituiu uma autoridade, também tem o poder para removê-la. (Ex: Saul, Nabucodonosor).

Alguns exemplos de pressão que o mundo tenta exercer sobre nós:

• Governo- leis, impostos...

O mundo diz: Os governantes são desonestos, injustos.

• Pais, namoro, escola
O mundo diz: Os pais são ultrapassados;

• Marido / Esposa
O mundo diz: Mulheres assumam seus direitos!

Liderança da igreja ( Hb 13:17 ).

 Quando Deus diz, “NÃO!!

Em Sua soberania, Deus pode dizer “não” as nossas orações. As razões podem ser: orações egoístas, que buscam não a vontade de Deus, mas interesses meramente pessoais (Tg 4.3).

Deus também não responde orações que visam apenas honrarias humanas, posições sociais (Mt. 20.17-28). O Senhor também não responde orações hipócritas, de pessoas fingidas, que não têm compromisso genuíno com o reino de Deus (Mt 6.5,6).

Mas nem sempre a resposta de Deus às orações é negativa, algumas vezes Ele apenas silencia, e nos induz a esperar pela resposta, por isso, o Salmista nos orienta a esperar com paciência no Senhor (Sl 40.1).

Quando não esperamos, e nos adiantamos, as conseqüências podem ser drásticas, tal como ocorreu com Abraão e Sara (Gn 16.1,2).

Mas nem sempre a resposta negativa de Deus é decorrente dos nossos erros, na verdade, serve como um corretivo, a fim de que não nos gloriemos em nós mesmos, mas no Senhor, por isso, como aconteceu com Paulo, é bem possível que precisemos nos conformar à graça de Deus, e saber que o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza (I Co 12.7-9).

Deus é soberano, Ele sabe o que faz, algumas vezes seu “não” é definitivo, tal como fez com Moisés (Dt. 3.26), mas a menos que a vontade de Deus esteja expressa na Bíblia, podemos, como nos ensinou o Senhor, continuar insistindo em oração (Lc 11.5-10).

A Bíblia nos dá inúmeros exemplos de pessoas que receberam um “não” de Deus, desde os piores homens, até aos mais amados por Ele.

O fato é que não conseguimos controlar Deus, como alguns de nós queremos. Deus é Soberano, e está no controle. Se estivermos dispostos a obedecer a Deus e seguir Sua vontade, nos sujeitarmos a Ele, provamos quão agradável é a Sua vontade pra nós.

Mas se nos recusamos e formos rebeldes, por que não seríamos devorados pela espada? (Is 1.22)

Deus não nos deve nada, não tem obrigação nenhuma conosco, nem sequer precisava nos amar, porque não há nada de amável em nós. Mas Ele quis nos amar, quis ter uma necessidade (se é que eu posso aplicar esse termo) por nós, que O levou a dar Seu Filho pela humanidade. Quando não entendemos que o melhor já foi feito, nos contentamos com frases como “o melhor de Deus está por vir” ou coisas do tipo.

O melhor de Deus é Cristo, e Cristo foi entregue por nós na cruz.

As pessoas se apegaram à teologia de que Deus é bom e rico e Seus filhos não podem sofrer.

Freqüentemente se ouvem frases como “se eu sou filho do dono do ouro e da prata, não posso viver na pobreza”.

Essa teologia da positividade nada nos acrescenta. Não é só por eu decretar que amanhã eu vou ficar milionário que isso vai acontecer.

Ouvem-se histórias de pessoas que foram abençoadas por Deus e ficaram ricas, outras que foram curadas miraculosamente.

Mas existem também histórias de pessoas que amavam Jesus e morreram sem ter um carro, ou tiveram câncer, sofreram derrotas. Mas não vemos isso na mídia. Isso não dá audiência, não parece aumentar nossa fé.

Mas deveria. A Bíblia está cheia de homens com problemas, gente que foi perseguida, humilhada, pobre, mas estava lá, sendo Igreja, aos pés dos apóstolos. Isso é o que devia nos fazer ficar mais fortes.

Essa positividade toda pode a princípio parecer boa, mas, na maioria dos casos, não é. Para quem consegue o que quer, recebe o que pediu, Deus é bom e fiel. Mas e quando não recebemos? Deus ainda é bom e fiel?

A verdade é que a confissão positiva não consegue nos explicar isso, não nos prepara para o Deus da Bíblia. E o Deus da Bíblia nem sempre diz sim.

Em 2 Samuel 7, vemos uma história interessante. Davi era um homem segundo o coração de Deus, segundo o próprio Deus diz: “Encontrei Davi […] homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade” (At 13.22).

Mas Davi, esse “homem segundo o coração de Deus”, recebeu um não de Deus. Quando teve a intenção de fazer um templo para o Senhor, recebeu a falsa mensagem positiva de que Deus era com ele.

Na mesma noite, Deus manda o profeta dizer a Davi que ele não vai construir templo algum (2 Sm 7.1-17). Davi recebeu um não de Deus, mesmo que as suas intenções fossem as melhores. Mas Davi estava preparado para isso, tanto que o vemos louvar, na segunda parte do capítulo 7. Davi não era adepto da confissão positiva.

É verdade que nós somos filhos de Deus, que Ele nos ama, mais ainda é verdade também que Deus não é nosso empregado. O nome de Deus (Javé ou Jeová) é substituído desde a Septuaginta por SENHOR, que é seu título mais significativo. Deus é Senhor, e é Soberano. Nós é que somos os servos, os súditos.

Nem sempre temos disposição pra entender que a vontade de Deus, ainda que doa, ainda que nos machuque, é boa, perfeita e agradável. Porque nós nos concentramos nos momentos que vivemos, que ainda que sejam doloridos, são passageiros. Mas Deus conhece o futuro e deseja ele mesmo nos dar um futuro (Jr 29.11 ).

Deus não se preocupa com os momentos. Deus se concentra na eternidade.

 Quando Deus responde às nossas orações.

A resposta de Deus às orações, consoante ao que expusemos anteriormente, pode ser não ou espere, mas Deus também responde afirmativamente as orações dos crentes. Para tanto, é preciso que as nossas orações estejam em conformidade com a vontade dEle (I Jo 5.14,15).

Na Bíblia temos vários exemplos a esse respeito, destacamos, entre eles: a oração de Salomão ( Cr 1.7-10), Elias (I Rs 18.36-39) e Davi (Sl 51.1-17).

A maneira mais segura do cristão conhecer a vontade de Deus é meditando na Sua palavra. Se quisermos orar com sabedoria, devemos orar a partir dos propósitos de Deus revelados na Escritura.

O cristão que não busca conhecer a Palavra de Deus está propenso a orar fora da Sua vontade. Sabemos inclusive que mesmo o “tudo” de Jo. 14.6 é relativo, e não absoluto.

Devemos pedir, buscar, bater, orar sempre em nome de Jesus, mas Deus não será coagido pelos argumentos humanos, nem mesmo pela utilização indevida do nome de Seu Filho.

A oração em nome de Jesus é aquela que tem a Sua autoridade, o Seu crivo, Sua assinatura.

Se quisermos orar de fato em nome de Jesus, precisamos conhecer a vontade dEle, não apenas usar seu nome como um amuleto. Orar em nome de Jesus é mais do que colocar a expressão “em nome de Jesus” ao final da oração, é estar em consonância com seus interesses (Mt. 7.21; Mt. 21.31; Mc. 3.35).

O cristão deva orar sempre, nunca desistir, e, sobretudo, acreditar que Deus responde as orações (Hb 11.6).

Por outro lado, deva buscar conhecer a vontade de Deus a fim de orar com sabedoria, sem fugir dos desígnios do Senhor (I Jo 5.14,15).

Devemos também estar preparados para ouvir o “não” de Deus e também a esperar quando a resposta demorar a chegar.

Em tudo, estejamos debaixo da soberania de Deus, saibamos que nem sempre nossos pensamentos são iguais aos pensamentos dEle (Is. 55.8,9) e que Ele é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos (Ef 3.20,21).

E nós... Será que temos feito a Vontade de Deus? Jesus espera que façamos, ou melhor, que deixemos Deus fazer sua vontade nas nossas vidas.

Mas as vezes é tão difícil para nós. Até dizemos que queremos que a vontade de Deus seja feita. (Mt 6:10) Mas sempre, no final, prevalece a nossa.

Pois a vontade de Deus é que:

Todos sejam salvos... Na maioria das vezes buscamos a condenação.

Que amemos o nosso próximo... Geralmente odiamos.

Que vivamos em união... Mas preferimos viver separados, em contendas.

Que calemos a nossa boca... Mas preferimos abri-la para falar muitas vezes o que não devemos.

Geralmente, quando fazer a vontade de Deus está difícil, pensamos vou dar um jeito procurar o melhor pra mim! Aí pioramos tudo.

Você já pensou se Jesus tivesse procurado o melhor para ele? ( Rm 3:23) (Rm 6:23)

Ainda bem que Ele procurou fazer o melhor para O pai e para nossas almas!

As vezes queremos fazer a vontade de Deus mas, só quando é agradável, Quando não é pulamos fora

Precisamos seguir o conselho de Pedro quando diz: "Para que no tempo que nos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus" ( 1 Pe 4:2)

Pois quem faz a vontade do mundo, passa, mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre (Jo 2:17).

Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor, em nome de Jesus, amém!

A DISTINÇÃO ENTRE OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



A Palavra de Deus na carta aos Gálatas 19 a 25 assegura que as obras da carne são conhecidas as quais são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro como já, outrora, vos preveni que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

Mas o Fruto do Espírito é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, caridade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivermos no Espírito, andemos também no Espírito.

Amados em Cristo, a palavra exorta para que andamos na luz e não tropeçamos nas obras da carne as quais são trevas. Necessário é praticar e viver as obras do Espírito, ser participante do fruto do Espírito. Porque fomos chamados à liberdade, e não podemos usar da liberdade para dar ocasião à carne, mas servir uns aos outros pela caridade.

Se vivermos para a carne certamente praticamos as obras que são próprias da carne, fazendo a vontade da carne, isto é viver na prática do pecado que habita na carne. Porque se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos; sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, morremos para o pecado; mas, vivemos para Deus.

E não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado, mas apresentai-vos a Deus, como instrumentos de justiça.

Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.

A Palavra de Deus nos exorta a vigiar para que o pecado não venha habitar em nós, porque o pecado é próprio da carne, e a carne inclina-se para o pecado, mas o espírito anseia pelas obras do Espírito, então há um conflito constante entre a carne e o espírito, relatado no capítulo 7 da carta aos Romanos, vejamos:

Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.

Acho então, que quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus, mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.

Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado.

 NÃO HÁ CONDENAÇÃO PARA OS QUE ESTÃO EM CRISTO

Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque Jesus me livrou da lei do pecado e da morte.

Porque Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, e pelo pecado, condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Porquanto os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; é inimizade contra Deus, mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus, e, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

 A PALAVRA NOS ACONSELHA IMITAR A CRISTO

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; e quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com Ele em glória.

Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vêm a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

Andar em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Porque o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da Redenção.

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.

Porque bem sabeis isto que nenhum impuro, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. E Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

Porquanto, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz, porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade aprovando o que é agradável ao Senhor.

E Não erreis Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção, mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

O homem de Deus exemplifica sobre o compromissar que precisamos ter com o Senhor, dizendo: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gl 2:20).

 OS DONS DO ESPÍRITO

No capítulo 12 de 1ª aos Coríntios, Paulo descreve a Igreja como Corpo de Cristo, e afirma ser os crentes membros desse Corpo, com diferentes Dons, concedidos por Deus, através do Seu Santo Espírito: "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

“Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.” (1Co 12:1-18). Estes Dons, são os meios pelos quais os servos do Senhor Jesus, membros do Seu Corpo são habilitados e equipados para desempenharem ministérios gloriosos na Sua Obra.

Sem os Dons do Espírito, a Igreja não seria o organismo vivo que é, sem os Dons do Espírito, a Igreja não passaria de uma mera organização humana e religiosa, ou seja: um segmento a mais da sociedade.

Estamos vivendo os últimos dias da Igreja na terra e, pela comunhão que desfrutamos com Cristo, cremos que preste está o dia da Sua volta a este mundo para arrebatá-la, e a medida em que esse dia vai se aproximando, os Dons do Espírito vai também se intensificando, evidenciando a iminente volta do Salvador "E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos." (Atos 2:17; Joel 2:28-32).

 Os nove Dons descritos nas Sagradas Escrituras, são assim classificados:

I - DONS DE REVELAÇÃO:

1. Palavra da sabedoria

2. Palavra do conhecimento

3. Discernimento de espíritos

II - DONS DE PODER:

1. Fé

2. Curar (Dons de)

3. Operação de milagres

III - DONS DE ELOCUÇÃO:

1. Profecia

2. Variedade de línguas

3. Interpretação de línguas

Esta forma de classificar os Dons altera a ordem em que os coloca o autor da Carta aos Coríntios, mas, é uma forma coerente, que visa destacar a similaridade existente entre os eles nos respectivos grupos.

FRUTO DO ESPÍRITO

Em contraste com as obras da carne, exaradas na Carta de Paulo aos Gálatas 5:19-21 "Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus", temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama de "O Fruto do Espírito".

Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito Santo dirija e influencie sua vida que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, em especial, as obras da carne, e viva em comunhão com Deus, conforme Romanos 8:5-14 "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.

Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.

Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.

E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita. De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne, porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." Outras referências alusivas, encontramos nas seguintes passagens Bíblicas: (2 Co 6; 6; Ef 4:2-3; Cl 3:12-15; 2ª Pe 1:4-9).

 OS ASPECTOS DO FRUTO SÃO:

Caridade, Gozo, Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade, Fé, Mansidão, e Temperança.

• CARIDADE

(gr. ágape), Refere-se ao interesse e a busca do bem maior de outra pessoa, sem nada querer em troca (Rm 5:5) "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado". Também em (Ef 5:2) "E andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave". Ainda em (Cl 3:14) "E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição".

• GOZO

(gr. chara) Significa na vida do crente a sensação de alegria baseada no amor (ágape), na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo.

(Sl 119:16) "Alegrar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra". (2 Co 6:10) "como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo". (2 Co 12:9)

"E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo". (1 Pe 1:8) "ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso".

• PAZ

(gr. eirene) É a quietude de coração e mente baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial. Paz não significa meramente uma camiseta branca com algumas inscrições alusivas. Não é também uma simples pombinha branca.

Paz é sossego em Cristo. Paz é ter Cristo no coração. Paz, é ter a certeza de que passará a eternidade com Jesus. Paz é criar os filhos na presença do Senhor e saber que quando o filho ficar velho não desviará da presença de Deus. Paz é não andar inquieto como fazem os incrédulos. Ter paz é saber que quando a segurança da terra falhar temos a de Deus que nunca falhará.

(Rm 15:33) "E o Deus de paz seja com todos vós. Amém"!

(Fp 4:7) "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus".

(1 Ts 5:23) "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".

(Hb 13:20) "Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas." Em certo sentido, a paz é tríplice em seus aspectos, exemplo: Paz com Deus, paz com nós mesmos, e paz com os nossos semelhantes.

• LONGANIMIDADE
(gr. makrothumia) O que traduz perseverança, paciência, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero. (Ef 4:2) "com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor". (2ª Tm 3:10) "Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência." (Hb 12:1) "Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta."

• BENIGNIDADE

(gr. chrestotes) Denota não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor. Até mesmo porque benignidade é exatamente antônimo de malignidade. (Ef 4:32) "Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo". (Cl 3:12) "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade". (1ª Pe 2:3) "se é que já provastes que o Senhor é benigno".

• BONDADE

(gr. agathosune) Define zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa o mal; pode ser expressa em ato de bondade (Lc 7:37-50) "E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento.

E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento. Quando isso viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.

E, respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores; um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro, cinqüenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois: qual deles o amará mais? E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.

E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.

Não me ungiu a cabeça com óleo, mas esta me ungiu os pés com ungüento. Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.

E disse a ela: Os teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz" Isso é a expressão da bondade. Ou na repressão e na correção do mal ( Mt 21:12-13) "E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões".

• FÉ

(gr. pistis) O que significa, lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23:23) "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas".

(Rm 3:3) "Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus"?

(2 Tm 6:12) "Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas".

(2ª Tm 2:2; 4:7) "E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé".

(Tt 2:10) "não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador".

• MANSIDÃO

(gr. prautes) Este termo exprime moderação, associação à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2 Tm 2:25) "instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade".

(1 Pe 2:15) "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.

" Para a mansidão de Jesus: (Mt 11:29) "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma". (Mc 3:5) "E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão.

“E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a mão, sã como a outra”. Outras referências: (2ª Co 10:1; 10:4-6; Gl 1:9, Nm 12:3; ÊX 32:19-20).

• TEMPERANÇA

(gr. egkrateia) É o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1ª Co 7:9) "Mas, se não podem conter-se, casem-se.

Porque é melhor casar do que abrasar-se". (Tito 1:8) "mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante". (Tt 2:5) " (Tt 2:5) "a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada".

O ensino final de Paulo sobre o Fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado.

O crente pode, e realmente deve praticar essas virtudes continuamente, nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

 OS DONS E O FRUTO SÃO NOVE EM SEUS ASPECTOS

Aqui não se trata de uma mera coincidência, "Nove e Nônuplo" Mas, de uma necessidade, tudo isso para existir equilíbrio, Deus disse que deveria ser uma romã e uma campainha.

Vejamos o que nos diz a Palavra de Deus em (Êx 28.33-35) "E nas suas bordas farás romãs de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas ao redor.

“Uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã haverá nas bordas do manto ao redor, e estará sobre Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do SENHOR e quando sair, para que não morra". Por baixo do éfode, o sumo sacerdote usava um manto, de uma só peça, bordado de azul.

Em toda orla, havia desenhos de romãs, tecidos em púrpura e escarlate. Entre as romãs, pequenas campainhas de ouro estavam presas. A cada passo que o sacerdote dava, soava as campainhas.

Então o povo sabia que o sumo sacerdote não tinha morrido na presença do Senhor. Isto também nos ensina a solenidade da presença de Deus, o Todo Poderoso.

As campainhas falam de testemunho e as romãs falam da fertilidade. Se caminharmos segundo a vontade de Deus, como na Sua presença, o povo não pode deixar de reconhecer que pertencemos a Cristo. Se habitarmos em Cristo, temos de produzir abundante Fruto (Gl 5:22-23).

Se fosse só romã sem a presença da campainha, ou vice-versa, não haveria equilíbrio. Nesse caso, uma coisa não substitui a outra, mas, uma depende da outra. Da mesma forma deve ser os Dons e o Fruto do Espírito na vida dos crentes em Cristo, para que haja equilíbrio; principalmente nas vidas dos que ministram na Casa de Deus.

 DISTINÇÃO ENTRE OS DONS E O FRUTO

1. Os dons são dados - O fruto é gerado.

2. Os dons vêm após o batismo no Espírito Santo - O fruto é na conversão.

3. Os dons são de fora para dentro - O fruto vem do interior.

4. Os dons já vêm completos - O fruto requer tempo para crescer.

5. Os dons são dotação de poder para o crente - O fruto expressa o seu caráter.

6. Os dons vêm pelo Espírito - O fruto vem por Jesus.

7. Os dons são distintos - O fruto é indivisível.

8. Os dons conferem poder - O fruto confere autoridade.

9. Os dons comunicam espiritualidade - O fruto inrepreensão.BR>
10. Os dons identificam o que fazemos - O fruto mostra o que somos.

11. O mais interessante é que os dons podem ser imitados - Porém o fruto nunca o será.

Toda finalidade de Deus em nossa vida é para glorificar Jesus, ser cheio do Espírito Santo é a tarefa que cabe a todo homem que em seu coração deseja ter o caráter de Cristo em crescimento constante.

Temos a vida Cristã que desejamos, ou seja, podemos ser crentes espirituais ou crentes carnais. Existe uma escolha a ser feita, pois o que Deus pede de nós é simplesmente disposição.

Na verdade Deus não quer massacrar-nos, ele quer ver o que se passa dentro de nós, a vida abundante que Ele tem para nós não é de maneira alguma isenta de lutas. e a maior luta que todo homem que converte-se enfrenta é a luta interior, pois ele vem com o Egito dentro dele.

Sabemos que a verdadeira libertação é de dentro para fora, existe todo um processo para as mudanças acontecerem e é necessária uma disposição interior do homem para que a obra não seja interrompida.

É preciso abrir o coração para que Deus através de seu Espírito Santo trabalhe em um processo que estará continuamente em andamento na vida do crente.

Deus só valoriza o que vem de dentro para fora e não o que vem de fora para dentro, precisamos cooperar para que Ele trabalhe em nós, logo seremos livres da carnalidade, na verdade é um esforço que precisa-se fazer, pois existe a vontade da carne que é natural do próprio homem e essa luta é constante contra o Espírito.

Sabemos que o Espírito Santo que nos guia a toda verdade quando entra no homem, Ele tem a capacidade de desnudá-lo, assim o homem que deixa o Espírito Santo trabalhar em seu interior, será quebrantado e o fruto do Espírito vai surgir combatendo as obras da carne.

Estar cheio do Espírito nos chama tanto para o caráter quanto para a atividade carismática. O fruto do Espírito Santo deve crescer em nossas vidas da mesma forma que seus dons devem ser mostrados através de nós.

O fruto do Espírito é uma obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos do seu controle sobre a nossa vida - não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda.

Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dele (Jo 15:4,5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo.

Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor, em nome de Jesus. Amém!

Deus atende a todas as nossas orações?

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



Deus responde a todas as orações feitas em nome de Jesus, mas para muitas delas a resposta de Deus é "não".

Quando você dá uma procuração a alguém, está capacitando essa pessoa a fazer determinadas coisas em seu nome.

Mas uma procuração estabelece limites, e os limites são sempre aqueles determinados pela vontade de quem deu a procuração. A pessoa que tem a procuração não pode simplesmente sair por aí fazendo o que bem entender em seu nome.

Do mesmo modo, o crente em Jesus não deve usar o nome dele, a menos que tenha certeza de estar fazendo aquilo que é da vontade do Senhor.

(Jo15:16) explica que a oração eficaz vai sempre depender de uma comunhão eficaz.

Ali Jesus diz: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito". A chave para esse "tudo" está em 1 João 5:14:"E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve".

Percebeu a ordem das coisas? Primeiro, devemos estar em Cristo e a sua Palavra estar em nós. Segundo, precisamos pedir de acordo com a sua vontade.

Você pode amar muito seu filho, mas não dará a ele tudo o que ele pedir, pois a criança nem sempre sabe o que quer.

Porém um filho que tem uma comunhão íntima com seu pai que conhece seus pensamentos, que observa seu modo de agir e as coisas que seu pai gosta ou não saberá pedir aquilo que é segundo a vontade de seu pai.

Mas como podemos conhecer a vontade de Deus? Vivendo tão próximo dele que Deus terá prazer em mostrá-la para nós.

Além disso, andando na proximidade de Deus, não perderemos uma palavra sequer das coisas que ele quiser nos falar.

Se estivermos no Senhor e isto significa comunhão e a Sua Palavra estiver em nós e isto é familiaridade com sua Palavra ao ponto de ela impregnar nossos pensamentos então saberemos pedir aquilo que ele também deseja nos dar. Então literalmente TUDO o que pedirmos nos será feito.

Foi Jesus Cristo quem deu uma das mais perfeitas definições do poder da mente, quando afirmou;

Tudo o que pedirdes ao Pai, em oração, crendo que haveis de alcançar, alcançará.

Vale a pena fazermos uma análise dessa afirmação.

Primeiro, quero chamar a sua atenção para a palavra TUDO.

Na verdade, o Poder Infinito, que está no seu íntimo, lhe alcança tudo, sem nenhuma excepção. Se você pudesse pedir alguma coisa que lhe fosse impossível alcançar, ou se pudesse pedir algo que não existisse, estaria furada a afirmação de Jesus. Mas a lei do," Pedi e Recebereis" é uma lei universal e, conseqüentemente, infalível.

" Pedi e Recebereis" . Assim como são infalíveis as leis universais da física, da química, da mecânica, da eletricidade, da astronomia, etc. Assim também são infalíveis as leis da mente. Então veja bem, tudo o que pedir tudo o pode conseguir.

Pode pedir, por exemplo, amor, casamento, saúde paz interior, sono tranqüilo, casa, carro, riquezas, felicidade, harmonia, inteligência, memória, emprego, viagem, calma, segurança interior, coragem, autoconfiança, sensibilidade, intrepidez, sucesso, farta colheita, recebimento do que lhe é devido, e TUDO o mais que possa imaginar de bom.

Deus o atende sempre e não pode deixar de fazê-lo, porquanto você é o próprio Deus manifestado no mundo.

Jesus ensinou-nos a certa altura: "Pedi e recebereis, batei e abrir-se-vos-á, procurai e achareis".(Lc.11,9)

Numa outra ocasião, o Mestre disse:

" Quando orares, entra no teu aposento, fecha a porta e ora a teu Pai, que vê o que é oculto, te há de recompensar. Nem faleis muito quando orais, como fazem os gentios, que cuidam de ser atendidos por causa de muito palavreado" (Mt.6,5-7).

Aqui já podemos fixar-nos na palavra Pai. Jesus chama a Deus de Pai. Deus tem muitos nomes.

Uns chamam-lhe de Poder Infinito, outros de Pai, Ser Superior, Eu Superior, Grande Arquiteto, Mente Cósmica, Energia Eterna, Mente Universal, Senhor, Vida, Presença Infinita, Espírito Santo, Grande Espírito, Subconsciente, Força Divina, Matéria Eterna, e tantos outros nomes.

Eu e o Pai somos um, disse Jesus.

Você também é uno com o Pai. É por isso que Jesus disse que quando "fores orar, ora a teu Pai, que está no secreto ".

Quem me vê a mim, vê o Pai, também disse Jesus.

Quem o vê a si vê o Pai, porque o seu espírito emana do Espírito de Deus, por isso é parte de Deus, é uno com Deus. Aí reside a sua força, o seu poder, a sua sabedoria, a sua grandeza e divindade.

Quando for orar, portanto, entre para dentro de si mesmo. É isso que Jesus queria dizer quando falou que você deve pedir EM ESTADO DE ORAÇÂO.

" Quando orares entra no secreto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está no secreto…"

Este é um convite para entrar em estado de oração, em concentração mental, em nível alfa, em estado de meditação; enfim, quando vai orar ou pedir algo, procure descer às profundezas da sua mente, pois aí a sua oração chega mais límpida, sem as dúvidas e obstáculos, muitas vezes criados pela mente consciente.

Quanto mais profunda a sua concentração e, mais passiva estiver a sua mente consciente, mais fortemente gravará no seu subconsciente o seu pensamento.

Como em estado de profundidade mental diminuem as reações contrárias da mente consciente, com mais facilidade e segurança você CRÊ QUE VAI ALCANÇAR.

Este é mais um requisito para o atendimento: crer que, pelo facto de pedir, já está alcançado.

Crer é ter certeza. Quando você duvida, está mandando duas ordens contrárias ao subconsciente: uma é a ordem daquilo que você deseja e pede, e a outra é o sentimento hesitante de que talvez seja atendido.

Jesus disse certa vez, algo simplesmente assombroso:

" Aquele que crer em mim, fará as coisas que eu faço, e as fará ainda maiores".(Jo, 14,12)

Quando se desloca a um banco para levantar dinheiro, basta preencher corretamente o cheque, ter crédito e entregar o cheque ao caixa, e já fica á espera do dinheiro com tranqüilidade e a certeza absoluta que o receberá.

Faça assim quando pedir algo. Crie o sentimento de certeza de que, pelo facto de pedir, já está alcançando.

Assim, livre de preocupações, de dúvidas, de medos, de incertezas e de ansiedades, ALCANÇARÁ

Toda a oração é infalível.

"Pai, eu te dou graças por me teres ouvido. Bem sabia que me ouves sempre ". (Jo, 11,41-42)

Veja quais são os fatores que impedem a Deus de responder as nossas orações:

A Palavra de Deus aos Filipenses capítulo 4 versículo 6 afirma: Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graça.

Mas às vezes, temos a sensação que as nossas orações não são ouvidas, não há resposta, as mudanças não ocorrem, Deus tudo ouve, mas qual o motivo do silêncio que aperta o coração, há algo errado?

Deus atende todas as orações?

Muitos pensam que basta apenas orar e Deus tem que atendê-los na mesma hora e em tudo que desejam. Mas será que é assim que a Bíblia nos ensina?

Quando o povo de Israel percebeu que "Moisés tardava em descer do monte"
(Ex. 32:1), construiu para si um bezerro de ouro e o adorou como se fosse um deus.

A ira do Senhor se acendeu contra o povo de tal maneira que Ele disse que os consumiria (Ex. 32:10).

Porém Moisés manda matar os idólatras (Ex. 32:25-29) e intercede pelo povo orando: "Agora, pois perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste." (Ex. 32:32)

O Senhor atendeu a oração de Moisés, pois Moisés demonstrou amor pelo povo e pela promessa de Deus, chegando até a oferecer a própria salvação.

E quantos não são ouvidos em suas oração por não tomarem a cruz de Cristo e por não "levarem as cargas uns dos outros" (Gl. 6:2)?

Jó depois de perder tudo o que tinha obteve a restauração por parte do Senhor quando orava em favor dos seus amigos (Jó 42:8-10).

Muitos, no lugar de Jó, não se lembrariam de seus amigos, e pediriam a Deus por si mesmos. (Talvez seja por isso que muitos não conseguem o que pedem)

Quando o profeta Elias estava no Monte Carmelo com os profetas de Baal, ele os desafiou, para mostrar quem era Deus (I Re. 18:24).

Entretanto, os profetas de Baal não tiveram sucesso ao orarem a Baal. (Eles passaram a manhã inteira clamando) (I Re. 18:29). Porém, quando Elias orou, o Senhor respondeu sua oração imediatamente.

Mas, o que muitos esquecem é como Elias fez esta oração: "Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique hoje sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas.

Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles.

" (I Re. 18:36,37). Ou seja, através de sua petição Elias queria mostrar que não havia outro Deus em Israel além do Senhor, além disso, Elias se colocou na posição de servo, enquanto muitos "exigem" de Deus várias coisas para sua própria glória e não a do Senhor e nem se lembram de sua mera posição de servos.

Muitos acreditam que o apóstolo Paulo tinha uma enfermidade, o que ele mesmo chama de "espinho na carne" (2Co 12:7).

Mas a Bíblia nos mostra que ele orou três vezes pedindo que tal "espinho" lhe fosse tirado (2Co. 12:8).

Porém, a sua oração não foi atendida, pelo contrário o Senhor respondeu:
"a minha graça te basta" (II Co. 12:9). E é o que muitos esquecem, pois talvez se obtivessem o que estão pedindo, poderiam até se esquecerem do Senhor e até mesmo deixarem o Seus caminhos.

A Palavra alerta sobre a necessidade do compromisso com o Senhor e os seus mandamentos, para que as nossas petições subam diante do seu Trono de Glórias, porque no Evangelho de João 9.31 está escrito: Deus não ouve a pecadores, mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ele ouve.

Para que a nossa oração chegue no Trono de Glórias do Senhor e seja por Ele ouvida, não basta só pedir, isso requer muito mais. Primeiramente fé, arrependimento, conversão, direção do Espírito Santo, porque não sabemos o que havemos de pedir e como convém, mas o Espírito ajuda em nossas fraquezas e intercede por nós até com gemidos inexprimíveis (Romanos 8.26).

No livro do Profeta Isaias Capítulo 59 Versículos 1 e 2, a palavra diz: Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.

Portanto amados, as mãos do Senhor não estão encolhidas para lhe abençoar, e nem os seus ouvidos vedados para não ouvir, mas estando em pecado, as orações não são elevadas diante de Deus, porque as transgressões se constituem em uma barreira para que os ouvidos do Senhor não as ouçam, porque Deus não faz comunhão com o pecado, Ele disse: Sede santo, porque Eu sou Santo.

A primeira carta universal do Apóstolo Pedro 3.12 profere: Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.

A Palavra assegura que todos somos pecadores, e se dissermos que não há pecado em nós, tornamo-nos mentirosos, mas nos faz recordar, que temos um Advogado que está à destra do Deus Pai, e pelos pecadores intercede, quando há arrependimento de toda má obra que praticamos.

Para que a oração seja elevada ao Pai, Jesus ensina que precisamos primeiramente perdoar, para que sejamos perdoados, porque se não perdoarmos aos nossos devedores, o Pai, também não nos perdoará (Mateus 6.14, 15), e, se não recebermos a Graça do perdão, estamos fora da proteção das mãos do Senhor.

No Evangelho de Mateus 6.5-8, o Senhor Jesus ensina como devemos nos dirigir ao Pai, Ele instrui que o corpo é o aposento do espírito, sendo a boca a porta de entrada deste aposento, e quando nos dirigirmos a Deus, a porta deverá ser fechada, como também, não devemos usar de vãs repetições, porque o Senhor já conhece todas as nossas necessidades antes mesmo de abrirmos a boca.

Validando a palavra no livro de Eclesiastes 5.2-7 onde diz: Não te precipites com a tua boca, nem o seu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; pelo que sejam poucas as tuas palavras. Porque, da muita ocupação vem os sonhos e da multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras, mas tu temes a Deus.

A oração é o instrumento pelo qual o servo se aproxima do Senhor Deus, é o ápice da comunhão entre o homem e o Deus Altíssimo, é realizada por meio de palavras ou do pensamento que se faz pela fé, humildade e a pureza de coração.

E apesar da fé e confiança em Deus Criador, às vezes as nossas orações não são atendidas, porque pedimos coisas que não são da vontade do Senhor, em Tiago 4.3 a palavra do Senhor diz: Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vosso deleite.

Por isso, precisamos nos conscientizar que o derramamento do sangue do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário, não foi para nos atender em coisas desnecessárias, supérfluas e vãs. O maior patrimônio, a maior riqueza que podemos alcançar não são as coisas deste mundo, mas a paz, a graça e a oferta da vida eterna.

Para que a nossa oração chegue diante do Trono de Glória Deus, é indispensável uma vida em comunhão com Cristo. Submissão a vontade de Deus, arrependimento, conversão, e principalmente perdoarmos aqueles a quem nos tem ofendido, para que também sejamos perdoados.

E ao orar, se possível, ajoelhado (Efésios 3.14) e sempre em nome do Senhor Jesus Cristo, e jamais peça a Deus em nome de algum outro ser, porque Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (I Timóteo 2.5). E no livro de João 14.13, disse Jesus: Tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, eu o farei para que o Pai seja glorificado no Filho.

E em hipótese alguma podemos duvidar do poder de Deus, o que duvida é semelhante às ondas do mar que são levadas pelo vento e lançadas de um lado para outro (Tg 1.6). Quem pede ao Senhor, duvidando, certamente não será atendido.

Aliás, nesse caso, o melhor é permanecer calado. No entanto, Jesus assegurou: Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis (Mt 21.22). Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15.7).

Disse o Senhor ao profeta Jeremias (29.12, 13): Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (2 Cr 7: 14)

Salomão pede a Deus que sempre ouça o que Israel clamar em oração no templo erguido por ele, porque entende que aquele lugar seria exclusivo para habitação de Deus. E é maravilhoso pensar como Deus estava interessado na proposta espiritual do rei. A resposta viria de forma clara, inconfundível e rápida.

O que salta aos nossos olhos, neste texto, é que o Senhor irá ouvir sim, mas impõe algumas condições. Vejamos quais são.

Arrependimento

A primeira condição imposta por Deus para atender nossa oração é o arrependimento. E esse acompanhado de humilhação, ou seja, a consciência de completa nulidade, de falta de condições de fazer alguma coisa que resulte em solução espiritual para si próprio.

Sem a humilhação, podemos chamar essa condição não de arrependimento, mas sim de remorso. Humilhar-se diante de Deus tem a idéia de reconhecer que não somos bons o suficiente para receber cousa alguma com base em nossa justiça própria.

O arrependimento deve ser acompanhado também de oração, e entendo que, quando Salomão fala de oração, está se referindo à dependência de Deus.

Se há humilhação verdadeira, seremos lançados à oração que nos faz dependentes de Deus. Não uma oração preocupada em alcançar objetivos materiais, mas em adquirir de Deus elementos espirituais que edifiquem a alma e nos façam dependentes de dEle.

A oração como dependência leva conseqüentemente à busca de Deus. Só buscamos aquilo ou aquele que não sabemos onde está. Quando estamos nesse processo de busca de Deus em nossa vida, automaticamente inferimos que, em algum momento, no passado, por causa do nosso pecado, nós perdemos Deus de vista.

A alma arrependida corre atrás do que perdeu porque sente saudade dos momentos felizes vividos antes do pecado.

A segunda condição exigida por Deus para atender nossa oração é a conversão. Muitas vezes dizemos que somos convertidos, mas não temos atitudes convertidas.

Conversão é mudança de direção, é mudança de atitudes, é mudança de caminho. Se quisermos que aconteçam coisas diferentes em nossas vidas e continuarmos agindo como estamos agindo, então nada acontecerá além daquilo que já vem acontecendo.

Se quisermos que aconteçam coisas diferentes devemos ter atitudes diferentes. Antes de exigirmos respostas de nossas orações, temos de avaliar o nosso coração, porque Deus é claro ao dizer: "...e se converter dos seus maus caminhos...". Existem maus caminhos no coração do crente? Bem, se não existissem Deus não estaria exigindo esse quesito para responder nossas orações.

A rotina da vida cristã pode levar imperceptivelmente a um desviar-se do comportamento que caracteriza o convertido.

A mesmice do dia-a-dia e a falta de desejo de procurar andar em novidade de vida fatalmente levam a uma racionalização das nossas atitudes não convertidas, de maneira tal que acabamos achando normais os comportamentos pecaminosos que vamos tendo.

O princípio de Deus para responder nossas orações é arrependimento que contenha humilhação, oração e busca d’Ele, tudo isso adicionado a um coração convertido, porque "ENTÃO" Ele ouvirá dos céus e responderá concretamente as aspirações do coração daquele que o busca.

Quando atendermos os princípios de Deus, teremos respostas às nossas orações e uma série de medidas de Deus que visam tratar conosco em um nível mais elevado, fazendo-nos viver em uma dimensão espiritual que trará benefícios extensivos até à nossa terra. Deus diz que, se obedecermos aos seus princípios, "então Ele ouvirá dos céus".

Mas, além de ouvir você, Ele perdoará você e sarará o lugar onde você habita, trazendo, dessa maneira, uma vida plena do Espírito sobre você.

Se estivermos com a nossa vida em plena comunhão com o Senhor, na medida em que meditarmos na sua Palavra poderemos perfeitamente conhecer a sua vontade;

aí então poderemos pedir tudo segundo a sua vontade e Ele nos atenderá perfeitamente para glória de Deus em no9me de Jesus, amém!