segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A diferença entre arrependimento e remorso

Publicado em: 23/1/2012
Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com




"A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação e não produz remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte." (2 Co 7:10)

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Acompanhe comigo este surpreendente estudo bíblico sobre a diferença entre o verdadeiro arrependimento versus remorso. Vamos acompanhar.

• REMORSO OU ARREPENDIMENTO ?
No remorso ficamos tristes, abatidos, mas vamos repetir o mesmo erro. No arrependimento, mudamos de rumo, mudamos de atitude. No remorso vamos para a morte.
*
No arrependimento para a vida. Há uma grande diferença, amados, entre sentir remorso e se arrepender. No remorso vamos para Satanás, no arrependimento para Deus. No remorso para o pecado, no arrependimento para a santificação.

• REMORSO OU ARREPENDIMENTO?
Pedro negou 3 vezes, arrependeu-se, vimos o que aconteceu, viveu. Judas uma vez, sentiu remorso, suicidou-se. No texto de Pedro podemos ver claramente o arrependimento de Pedro logo após ter negado a Jesus por 3 vezes , quando o galo cantou Pedro caiu em si, e viu a realidade de sua natureza humana e chorou muito em arrependimento. Logo após vemos Judas com tanto remorso que se suicidou.

Mt 26:69 a 75 - Pedro nega a Cristo 3 vezes e arrepende-se(Mt 27 3 - 5 - Judas após entregar a Cristo, sentiu remorso devolveu as moedas e suicidou-se. Vemos aqui dois exemplos um de vida outro de morte:

• REMORSO OU ARREPENDIMENTO?
O remorso traz uma tristeza tão profunda que toma conta da alma e leva a morte, a separação de Deus,ao suicídio. O Espírito Santo de Deus não age no remorso O arrependimento, é a decisão de não cair novamente, é chorar com sinceridade diante de Deus pedindo perdão , então o Espírito Santo atua em nós, nos fazendo enxergar o mal que causamos à Deus.

É um sentimento que o Espírito Santo de Deus coloca em nós. E nos leva à vida, vida com Deus, é uma tristeza que é transformada em alegria pelo perdão de Deus. Há uma diferença muito grande entre remorso e arrependimento.

"Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que ansiedade para estarem isentos de culpa, que preocupação, que desejo de ver justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito." (2 Co 7:11).

No versículo que tomei como texto fala de duas classes de tristeza causada pelo pecado, uma obra arrependimento para salvação, a outra obra para morte. Paulo alude ao que se costuma chamar as duas classes de arrependimento. E este é o tema do que quero falar esta noite.

 ARREPENDIMENTO VERDADEIRO E ARREPENDIMENTO FALSO

Sumário da matéria:

I. O que é o arrependimento verdadeiro.

II. Como se pode conhecer.

III. O que é arrependimento falso e espúrio.

IV. Como se pode conhecer.

Já é hora de que os que professam ser religiosos aprendam a discriminar muito mais do que fazem com respeito à natureza e ao caráter de vários aspectos da religião. Se fosse assim, a Igreja não estaria cheia de professos falsos e sem proveito.

Ultimamente tenho me dedicado a examinar, uma e outra vez, a razão pela que há tanta religião espúria, e tenho procurado averiguar a causa deste problema.

É notório que há multidões de pessoas que se consideram religiosas e que não são, a menos que a Bíblia seja falsa. Por que há tantos que se enganam? Por que têm a idéia de que tinham se arrependido quando todavia são pecadores impenitentes. A causa está, sem dúvida, na falta da instrução que lhe permitiria discriminar com respeito aos fundamentos da religião, e especialmente com respeito ao que é arrependimento verdadeiro e arrependimento falso.

I. Vou mostrar agora o que é verdadeiro arrependimento.

Implica uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado, e esta mudança de opinião vai seguida de uma mudança correspondente dos sentimentos com respeito ao pecado. O sentimento é o resultado do pensamento.

E quando esta mudança de opinião é tal que produz uma mudança correspondente de sentimento, se a opinião é reta e há o sentimento correspondente, isto é verdadeiro arrependimento.

Deve ter a opinião reta. A opinião adotada agora deve ser uma opinião semelhante a que Deus tem com respeito ao pecado. A tristeza segundo Deus, tal como Deus requer, deve proceder de um ponto de vista com respeito ao pecado como o que tem Deus.

Primeiro: Tem que haver uma mudança de opinião com respeito ao pecado.

1. Uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado.

Para o que se arrependeu verdadeiramente o pecado lhe parece algo muito diferente que a aquele que não se arrependeu. Em vez olhá-lo como uma coisa desejável ou fascinante, lhe parece algo aborrecível, detestável, e se assombra de que havia desejado algo assim.

Os pecadores impenitentes podem olhar o pecado e ver que está destruindo-os, porque Deus vai castigá-los por este pecado; mas, depois de tudo, parece tão desejável em si; o amam tanto, que não querem separar-se dele. Se o pecado pudesse terminar na felicidade, esta seria sua porção definitiva.

Mas, para o outro, o que se arrepende, é diferente; este olha sua própria conduta com algo aborrecível. Olha para trás e exclama: "Que detestável, que odioso, quão digno do inferno; e isto estava antes em mim!"

2. Uma mudança de opinião do caráter do pecado com respeito a sua relação com Deus. Os pecadores não vêem porque razão Deus ameaça o pecado com castigos tão terríveis.

O amam tanto que não podem ver porque Deus tem que considerá-lo merecedor de um terrível castigo. Quando são convencidos do pecado o vêem baixo a mesma opinião que um cristão, e só desejam a mudança de sentimento correspondente para chegarem a ser cristãos.

Muitos pecadores vêem sua relação com Deus como merecedora da morte eterna, mas seu coração não vai com sua opinião. Este é o caso dos demônios e dos espíritos maus no inferno. Note-se, no entanto: é necessária uma mudança de opinião para o verdadeiro arrependimento e sempre lhe precede. O coração nunca vai a Deus com um verdadeiro arrependimento a menos que haja uma mudança prévia de opinião sem arrependimento, mas não há arrependimento genuíno sem uma mudança de opinião.

3. Uma mudança de opinião com relação às tendências do pecado.

Antes o pecador pensa que é incrível que o pecado possa ser merecedor, por si só, de um castigo eterno. É possível que mude de ponto de vista quanto a esta opinião sem que se arrependa, mas é impossível que alguém se arrependa verdadeiramente sem uma mudança de opinião. O homem vê o pecado em sua tendência, como destruidor para ele, e para os demais, a alma e o corpo, para o tempo e a eternidade, e discrepando com tudo o que é bom e feliz no universo.

Vê que o pecado é apropriado em suas tendências para causar dano a todos e a ele mesmo, e que não há remédio para ele mesmo exceto o abster-se de modo universal ao mesmo. O diabo o sabe também. E é possível que saibam alguns pecadores que se encontram agora nesta congregação.

4. Uma mudança de opinião com respeito ao merecimento do pecado.

A palavra traduzida com arrependimento implica tudo isto. O pecador descuidado carece quase de idéias retas, inclusive quanto ao que se refere a esta vida, com respeito ao merecimento do pecado. Ainda supondo que admite em teoria que o pecado merece a morte eterna, não o crê. Se cresse seria impossível seguir sendo um pecador descuidado.

Está enganado se supõe que ele, de modo sincero, aceita a opinião de que o pecado merece a ira de Deus para sempre. Mas o pecador que foi despertado e convencido já não tem dúvidas mais disto do que da existência de Deus. Vê claramente que o pecado merece o maior castigo da parte de Deus. Sabe que isto é um simples fato.

Segundo: No verdadeiro arrependimento tem que haver a mudança de sentimento correspondente.

A mudança de sentimento se refere ao pecado em todos estes pontos: sua natureza, suas relações, suas tendências e seu merecimento. O indivíduo que se arrepende verdadeiramente não só vê o pecado como detestável e ruim, merecedor de aborrecimento, senão que realmente o aborrece, o odeia em seu coração. Uma pessoa pode ver o pecado como prejudicial e abominável; contudo seu coração o ama, o deseja, se adere a ele. Mas quando se arrepende verdadeiramente o aborrece de todo seu coração e renuncia ao mesmo.

Em relação com Deus seu sentimento com respeito ao pecado é tal como este merece. E aqui há a fonte desta torrente de tristeza no qual os cristãos irrompem, quando contemplam o pecado. O cristão o vê quanto a sua natureza, e simplesmente, sente aborrecimento. Mas quando o vê em sua relação a Deus, então chora; as fontes de sua tristeza seguem manando, e quer livrar-se dele, prostrar-se e deixar correr uma torrente de lágrimas por seus pecados.

Logo, quanto às tendências do pecado, o indivíduo que se arrepende verdadeiramente o vê tal como é. Quando olha o pecado em suas tendências, se desperta nele um desejo veemente de pará-lo, de salvar as pessoas de seus pecados, de fazer voltar para trás o curso do avanço da morte.

Acende-se seu coração, se põe a orar, a trabalhar, a arrancar os pecadores do fogo com toda força, a salva-los das terríveis tendências do pecado. Quando o cristão põe sua mente nisto, vai mover-se para que os homens renunciem a seus pecados. É como se visse aos homens beber veneno, que sabe que os destruirá, e levanta a voz, adverte-os que VIGIEM.

Ele sente o correto, quanto ao merecimento do pecado. Ele não tem apenas uma convicção intelectual que o pecado merece uma punição perpétua, mas ele sente que isso é tão certo e tão racionável, e tão justo para Deus condená-lo para a morte eterna, que está longe de encontrar falha na sentença da lei que condena ele, ele acha a maravilha do céu, a maravilha das maravilhas, que Deus pôde perdoá-lo.

Em vez de pensar que é duro, ou severo, ou cruel da parte de Deus, que pecadores incorrigíveis vão para o inferno, ele contempla uma excessiva indignação que ele não se enviou para o inferno ele mesmo, e que toda essa culpa do mundo já não foi há muito tempo lançada no fogo sem fim.

A última coisa do mundo que ele iria reclamar é que todos os pecadores não são salvos, mas Oh, é uma maravilha da misericórdia que todo o mundo não está condenado. E quando ele pensa que é um pecador salvo, ele sente uma gratidão que ele nunca conheceu semelhante até ele ser cristão.

II. Vou mostrar quais são os frutos ou efeitos do arrependimento genuíno.
Quero mostrar a vocês quais são as obras do verdadeiro arrependimento e deixar claro em vossa mente que podem saber de modo infalível se arrependeram ou não.

1. Se teu arrependimento é genuíno há em tua mente uma mudança consciente nos pontos de vista e nos sentimentos com respeito ao pecado.

Disto você será tão consciente como foi antes de uma mudança de vista e de sentimentos com respeito a qualquer outro tema na vida. Como se pode saber? Porque neste ponto houve uma mudança em você, as coisas velhas já foram abandonadas e tudo se fez novo.

2. Quando o arrependimento é genuíno, a disposição para voltar a pecar desaparece.

Se você se arrependeu de veras já não ama o pecado; não se abstém dele por medo, não o evita pelo castigo, senão que o odeia. O que você diz disso? Você tem a segurança que sua disposição de cometer o pecado desapareceu? Olhe os pecados que você costumava praticar quando era impenitente.

O que te parecem agora? Parecem-te agradáveis? Você gostaria de voltar a praticá-los se fosse desafiado? Se for assim, fica a você a disposição para pecar, e que só foi convencido do pecado. Tuas opiniões sobre o pecado podem ter mudado, mas se permanece o amor ao pecado, tenha a absoluta certeza de que é todavia um pecador impenitente.

3. O arrependimento genuíno obra uma reforma na conduta.
Entendo que esta idéia está principalmente indicada no texto onde diz: "A tristeza que é segundo Deus produz um arrependimento para salvação". O arrependimento segundo Deus produz uma reforma da conduta. De outro modo, é uma repetição da mesma idéia; ou seja, que o arrependimento produz arrependimento.

Por isso suponho que o apóstolo está falando de uma mudança na mente que produz uma mudança de conduta que termina na salvação. Permita-me agora perguntar se você está realmente reformado. Abandonou teus pecados? Ou está praticando eles ainda? Se for assim, ainda é um pecador. Não importa quanto haja mudado tua mente, se não trouxe uma mudança de conduta, tua reforma real não é arrependimento segundo Deus, ou seja, o que Deus aprova.

4. O arrependimento, quando é verdadeiro e genuíno, conduz a confissão e a restituição.

O ladrão não se arrependeu enquanto que guarda o dinheiro que roubou. Pode ter convicção de pecado, mas não arrependimento. Caso tenha se arrependido, devolve o dinheiro. Se você me defraudou e não me devolve o que me tirou injustamente, ou se injuriou ou prejudicou a alguém e não retificou o dano que causou pelo que te corresponde, não se arrependeu verdadeiramente.

5. O verdadeiro arrependimento é uma mudança permanente de caráter e de conduta.

O indivíduo que se arrependeu verdadeiramente, que mudou suas opiniões e seus sentimentos, já não mudará outra vez, não voltará a amar o pecado. Lembre isto bem, que o pecador penitente verdadeiro experimenta sentimentos dos que não voltará a arrepender-se. O texto diz que são "para salvação". Vai direto ao mesmo descanso do céu. A mesma razão pela que termina em salvação é que não volta a arrepender-se de havê-lo feito.

E aqui não posso por menos que fazer ressaltar que se vê porque a doutrina da Perseverança dos Santos é verdadeira, e o que significa. O verdadeiro arrependimento é uma mudança de sentimentos tão completo e o indivíduo que o experimenta chega a aborrecer de tal modo o pecado, que perseverará nele, e não voltará atrás de seu arrependimento para voltar ao pecado outra vez.

III. Vou falar agora do falso arrependimento.

O arrependimento falso ou espúrio nos é dito que é do mundo, a tristeza do mundo; isto é, a tristeza pelo pecado que procede de considerações e motivos mundanos, relacionados com a vida presente, ou no máximo, considera a "própria felicidade" num mundo futuro, sem olhos à verdadeira natureza do pecado.

1. Não se fundamenta numa mudança de opinião como o que se especificou que pertence ao verdadeiro arrependimento.


A mudança não é em pontos fundamentais. Uma pessoa pode ver as más conseqüências do pecado num ponto de vista mundano, e pode estar cheio de consternação. Pode ver a forma terrível em que afeta seu caráter, ou põe em perigo sua vida; que se algo de sua conduta escondida fosse descoberta, sofreria a vergonha e o opróbrio e isto lhe enche de temor e mal-estar. É muito comum que haja pessoas que tenham esta classe de tristeza do mundo, quando haja alguma consideração mundana no fundo de tudo.

2. O falso arrependimento está fundamentado no egoísmo.
Pode tratar-se de um forte sentimento de pena na mente do indivíduo, por haver feito o que fez, porque vê as más conseqüências que lhe vai produzir, porque lhe faz sentir desgraçado, ou lhe expõe a ira de Deus, ou prejudica sua família ou seus amigos, ou porque produz dano para ele, no tempo ou na eternidade. Tudo isto é puro egoísmo. Pode sentir remorso na consciência, um REMORSO que lhe rói e lhe consome, e não ser verdadeiro arrependimento.

IV. Vou mostrar como se pode conhecer este arrependimento falso ou espúrio.

1. Deixa os sentimentos sem mudar.
Deixa no coração uma disposição para o pecado intacta e sem submeter. Os sentimentos em relação à natureza do pecado não mudaram, e o indivíduo ainda sente o desejo de pecar. Abstém-se de fazê-lo, não porque o aborrece, senão porque teme suas conseqüências.

2. Leva à morte.
Leva a uma dissimulação hipócrita. O indivíduo que passou por um verdadeiro arrependimento está disposto a que se saiba que se arrependeu que era um pecador. O que só tem um falso arrependimento dá toda classe de desculpas e mentiras para encobrir seus pecados e tem vergonha de seu arrependimento. Quando o chamamos para o banco dos penitentes cobre seus pecados com toda classe de desculpas, tratando de dissimulá-los, e de atenuar sua gravidade.

Caso fale-se de sua conduta passada sempre o faz em termos suaves e favoráveis. É visto nele uma constante disposição a encobrir seu pecado. Este arrependimento conduz à morte. O faz cometer um pecado atrás de outro. Em vez de uma sincera expressão sentida e franca, com o coração aberto, se vê um palavreado, um alisar e dissimular as coisas, atenuando-as de tal forma que a confissão se converte em não confessar nada.

O que você diz disso? Você se envergonha de que alguém te fale de seus pecados? Se for assim, tua tristeza é só tristeza do mundo, e obra para a morte. Quantas vezes se vêem pecadores que tratam de evitar a conversação sobre seus pecados e ao mesmo tempo se chamam buscadores ansiosos, e esperam fazerem-se cristãos desta maneira.

Esta classe de tristeza também se encontra no inferno. Não há dúvida que os desgraçados habitantes do abismo desejam escapar da presença de Deus. Não é esta a tristeza que se encontra no céu pelo pecado. Esta tristeza é franca, simples, aberta e plena.

Esta tristeza não está em desacordo com a verdadeira felicidade. Os santos transbordam felicidade, e contudo, sentem tristeza plena, franca, por seu pecado. Mas esta tristeza do mundo está envergonhada de si mesma, é pobre e mesquinha e leva a morte.

3. O falso arrependimento produz só uma reforma parcial da conduta.
A reforma que produz a tristeza do mundo se estende só às coisas das quais o indivíduo foi convencido com força. O coração não mudou. É visto que evita só aqueles pecados cardinais dos quais se tem mostrado a evidência nele.

4. Em geral, a reforma produzida por uma tristeza falsa é temporal inclusive naquelas coisas que foram reformadas.
O indivíduo está recaindo continuamente em seus antigos pecados. A razão é que a disposição a pecar não desapareceu, só está detida ou restringida pelo temor, e tão pronto como tem esperança e pertence à igreja, e está corroborando de modo que seus temores têm minguado, se lhe vê gradualmente recaindo em seus antigos pecados.

Queria que entendessem este ponto bem. Aqui está o fundamento de todas essas adequações e iniciações em religião que se vêem com tanta freqüência. As pessoas se sentem despertados, convencidos, pouco a pouco se lhes entra a esperança e se estabelecem em uma falsa segurança, e logo se deslizam.

Você pode ir por todos os estratos da sociedade e nos casos em que há conversações a fundo verá que os pecados em que mais cometiam antes da conversão se encontram muito remotos agora.

O convertido verdadeiro é o que com menos probabilidade vai cair neles de novo, porque os aborrece ao máximo. Mas o que vive enganado e orientado segundo o mundo, sempre tende a cair nos mesmos pecados.

A mulher que ama os vestidos volta a cair de novo com toda a sua glória, e fracassa como ela costumava fazer. A fonte do pecado não foi quebrada. Não purificou a iniqüidade de seu coração, senão que permaneceu neles em todo momento.

5. É uma reforma forçada.
A reforma produzida pelo falso arrependimento não é só uma reforma parcial e uma reforma temporal, é também uma reforma forçada e obrigada. A reforma do que se arrependeu de veras é de coração; já não tem disposição para o pecado. Nele se cumpre a promessa da Bíblia.

“Encontra em realidade que: Os caminhos do sábio são prazerosos; todas suas sendas são paz.” Encontra que o jugo do Salvador é fácil e a carga é ligeira. Tem notado que os mandamentos de Deus não são gravosos, senão que enchem de gozo. Que são mais desejáveis que o ouro, sim, mais que o ouro refinado; mais doces que o mel e que a colméia.

Mas esta classe de arrependimento espúrio é muito diferente: é um arrependimento legal, o resultado do temor e não do amor; um arrependimento egoísta, longe da mudança de coração voluntário, livre, desde o pecado à obediência. Se há alguns indivíduos aqui que têm esta classe de arrependimento sabem bem que não se abstêm do pecado porque estão decididos a fazê-lo, porque o odeiam, senão que o fazem por outras considerações.

Trata-se de que a consciência interfere e o impede, ou é o temor de que possam perder sua alma, ou perder sua esperança, ou perder seu caráter mais bem que o aborrecer o pecado ou amar o dever.

7. Conduz a falsa segurança.
O indivíduo supõe que a tristeza do mundo que teve é o verdadeiro arrependimento, e confia nela. É um fato curioso que, enquanto que pude averiguar o estado mental desta classe de pessoas, parece que dão por definitivo que Cristo as salvará porque sentiram tristeza por seus pecados, ainda que não são conscientes de que tenham sentido que descansam em Cristo.

Eles têm sentido tristeza, e isto lhes tem dado alívio. Têm se sentido melhor e agora esperam ser salvos por Cristo, quando sua própria consciência lhes ensina que nunca tinham confiado de coração em Cristo.

8. Endurece o coração.
O indivíduo que tem esta classe de tristeza se torna mais duro em seu coração, em proporção ao número de vezes que exercitou esta tristeza. Se tem emoções fortes de convicção de pecado e seu coração não foi quebrantado e fluído ao exterior, as fontes do sentimento vão se secando, e seu coração é cada vez mais difícil de alcançar.

Considere um cristão real, que se arrependeu de veras, e cada vez que se dá conta disto vai prostrando-se mais e mais diante de Deus, e se torna mais doce, mais emocionado, mais terno, e mais submisso à bendita Palavra de Deus, enquanto que vive, e por toda a eternidade. Seu coração entra no hábito de ir ao compasso das convicções de seu entendimento e se volta mais dócil e tratável, como um neném.

Aqui há a grande diferença. As igrejas ou os membros individuais, que tem só este arrependimento do mundo passam por um avivamento, se despertam e se embaraçam e logo se esfriam outra vez. O processo pode se repetir, e se encontrará que desta vez são mais e mais difíceis de despertar, até que finalmente se voltam tão duras como a pedra, e já não podem ser avivadas outra vez.

Em oposição a estas igrejas há as igrejas e os indivíduos que tem experimentado o verdadeiro arrependimento. Se estes passam por avivamentos sucessivos, se encontra que cada vez são mais ternos e maduros até que chega um momento em que quando ouvem o toque da trombeta do avivamento, já ficam elétricos e ardem, dispostos para o trabalho.

Esta distinção é tão evidente como a que há entre a luz e as trevas. Pode se observar entre as igrejas e entre os membros das igrejas.

O princípio se vê ilustrado nos pecadores que, depois de haver passado por vários avivamentos acabam desviando-se da religião, e ainda que os céus enviem nuvens de misericórdia sobre suas cabeças, não fazem caso ou as rejeitam.

É o mesmo nas igrejas e nos membros; se eles não têm o verdadeiro arrependimento cada nova experiência endurece mais seu coração e faz mais difícil que sejam alcançados pela verdade.

9. Cauteriza a consciência.
É provável que estas pessoas ao princípio sintam inquietude quando a verdade ilumina sua mente. Pode que não tenham tanta convicção como um cristão real. Mas o cristão real está cheio de paz ao mesmo tempo que as lágrimas fluem de sua convicção de pecado. E cada nova convicção lhe faz mais cuidadoso, vigilante, tenro, até que sua consciência se torna como a menina dos olhos, tão sensíveis que a simples aparência de mal lhes ofende.

Mas a outra classe de tristeza, que não conduz a uma renuncia sincera do pecado, deixa o coração mais duro do que antes, e pouco a pouco cauteriza a consciência como faria um ferro incandescente. Esta tristeza produz morte.

10. Rejeita a Jesus Cristo como base de sua esperança.
O depender da reforma, ou da tristeza, ou do que seja, não conduz a confiar em Jesus Cristo, de tal modo que o amor de Cristo lhe constrange para trabalhar todos os dias de sua vida por Cristo.

11. É passageiro, temporal. Esta classe de arrependimento é aquele do que quem se arrepende. Pouco a pouco, se encontrará que estas pessoas acabam envergonhando-se dos sentimentos profundos que tinham tido. Não querem falar deles, e se o fazem é de modo leviano e frio.

Pareciam muito emocionados durante o avivamento, e mostravam atividade e interesse, como os demais, ou até mais, e é provável inclusive que fossem extremistas. Mas, uma vez o avivamento tenha terminado se oporão a tomar novas medidas, irão mudando e se envergonharão de sua diligência. Na realidade se arrependem de seu arrependimento.

3. Aqui podemos ver o que passa aos cristãos professos que crêem que é uma cruz o ser muito rigoroso na religião.
Estas pessoas estão pondo sempre desculpas por seus pecados e defendendo certas práticas que não estão de acordo com a religião estrita. Mostram que ainda amam ao pecado e seguirão nele enquanto e até onde se atrevem. Se fossem verdadeiros cristãos, o aborreceriam e considerariam que é uma cruz o serem arrastados a ele.

4. Aqui se vê a razão pela que alguns não sabem o que é gozar da religião.
Não estão contentes e alegres na religião. Estão apenados porque têm que separar-se de tantas coisas que amam, ou porque têm que renunciar a certa quantidade de dinheiro. Encontram-se como em brasas constantemente.

Em vez de regozijar-se em toda oportunidade de negar-se a si mesmo, e gozar-se na verdade, por mais crua que seja, é uma grande prova que lhes digam que façam seu dever, quando este interfere com suas inclinações e hábitos. A pura verdade lhes molesta. Por que? Porque seus corações não desfrutam fazendo seu dever. Se gostassem dariam graças por cada oportunidade de fazê-lo, e isto lhes fariam felizes.

Sempre que você vê essas pessoas, se eles se sentem exprimidos e angustiados porque a verdade pressiona eles, se seus corações não se renderam e na prosseguiram com a verdade, HIPÓCRITA é o nome de todos esses professos de religião.

Se você vê que eles estão angustiados como pecadores ansiosos, e que quanto mais você indica os pecados deles mais eles ficam angustiados, você pode ter certeza, que eles nunca se arrependeram realmente de seus pecados, nem se entregaram para Deus.

5. Vemos porque muitos convertidos professos, que ao tempo de sua conversão davam mostras de encontrarem-se afetados por ela de grande maneira, depois se tornam apóstatas.
Sentiam-se profundamente convencidos e molestados, e depois que encontraram alívio seu gozo foi grande e foram felizes durante um tempo. Mas, pouco a pouco, declinaram, e finalmente se apartaram. Na realidade, ainda que alguns chamem isto o cair da graça, a verdade é que se apartaram dentre nós porque não eram dos nossos. Nunca tinham se arrependido com o arrependimento que destrói a disposição para o pecado.

6. Por isso os que tornam atrás são tão desgraçados.
Talvez alguém infira que eu suponho que todos os verdadeiros cristãos são perfeitos no que digo sobre a disposição ao pecado, que é destruída e mudada. Não pode-se tirar esta inferência. Há uma diferença radical entre o cristão que volta atrás e o hipócrita que volta de sua profissão. O hipócrita ama o mundo e se goza regressando ao mesmo. Pode ter algo de temor e de remorso, e de apreensão sobre sua perda de caráter, mas depois de tudo ama o pecado.

Não é este o caso do cristão que volta atrás. Este perde seu primeiro amor, logo cai numa tentação e entra em pecado. Mas não o ama; se sente amargurado por ele; infeliz e afastado do lar. Naqueles momentos não possui o Espírito de Deus, nem o amor de Deus em exercício que lhe impede cair em pecado, mas não ama o pecado; se sente desgraçado. É muito diferente do hipócrita.

Aquele, quando abandona o amor de Deus, pode ser entregue a Satanás durante um tempo, para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo, mas não pode voltar a gozar do pecado como antes, nem deleitar-se como antes nos prazeres do mundo. Não pode submergir na iniqüidade. Enquanto continua vagueando, é um miserável. Se há um assim aqui esta noite, você sabe disso.

7. Compreende-se porque os pecadores convencidos temem prometer que vão a renunciar a seus pecados.
Dizem que não se atrevem a fazê-lo, porque têm medo de que não poderão cumprir a promessa. Esta é a razão: "Amam ao pecado". O alcoólico sabe que ele gosta de rum, e ainda que possa ver-se constrangido a cumprir sua promessa e abster-se do mesmo, contudo, seu apetite o deseja. E o mesmo ocorre com o pecador convencido. Sente que ama o pecado, que seu contato com o pecado não foi quebrado ainda, e não se atreve a dar sua promessa.

8. Por isso alguns que professam religião se opõem às promessas.
É pelo mesmo princípio. Amam tanto a seus pecados que sabem que seus corações procurarão encontrar satisfação e temem prometer renunciá-los.

É por isso que muitos que dizem ser cristãos recusam unir-se à igreja. A razão secreta é que sentem que seus corações ainda desejam o pecado, e não se atrevem a entrar sob as obrigações do pacto da igreja. Não querem estar submetidos à disciplina da igreja no caso que pequem. Este homem sabe que é um hipócrita.

9. Os pecadores que têm tristeza do mundo podem ver agora onde está a dificuldade, e qual é a razão pela que não se convertem.
Se você está disposto a renunciar a teus pecados, você pode mostrá-lo na forma que disse. Mas se ainda ama a teus pecados e quer retê-los, você pode seguir sentado em teu assento.

E agora: "Vamos dizer a Deus em oração que estes pecadores não estão dispostos a renunciar a seus pecados, e que ainda que estejam convencidos de estar no erro, amam seus ídolos e querem segui-los?" Que o Senhor tenha misericórdia deles, porque seu destino é terrível.

Meu amado irmão entenda que nem sempre a tristeza pelo pecada é um claro sinal de arrependimento.

Necessário é que a tal pessoa além dessa tristeza sinta a presença e um conseqüente abandono do pecado, para que o Senhor através do seu Espírito Santo possa habitar em nossos corações, em nome de Jesus, amém!

Em Todo o Tempo Sejam Alvas as Tuas Vestes

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



Sejam sempre alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça (Ec 9.8)

Salomão aconselha aos seus leitores a terem uma vida de santidade: "Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça" (Ec 9:8). O óleo refere-se à luz: "Porque a coroa do óleo da unção de seu Deus está sobre ele" (Lv 21:12).

A luz que brilha da face de um cristão não deve ser obscurecida pelo pecado, prejudicando a sua comunhão com Deus.

"Vestes brancas e óleo sobre a cabeça são sinais de alegria e refere-se à vida santificada. Apocalipse 3:5 diz: "O que vencer será vestido de vestes brancas". Isto fala do revestimento espiritual que Deus dará aos que, fiel e puramente, se mantêm livres da contaminação do mundo (Is 1:8).

Sendo santo em sua natureza essencial, Deus espera que seus filhos também sejam santos (1ª Pe 1:15,16). Em Cristo está nossa sabedoria, justiça, santificação e redenção (1 Co :30).

Segundo o apóstolo Paulo, a santidade pode e deve ser aperfeiçoada: "Purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus (2ª Co 7:1). Os crentes são "raça eleita, sacerdócio real e nação santa" (2 Pe 2:9).

Muitos pensam que santidade é sinônimo de severidade, no entanto Deus não proíbe alegrias e prazeres, desde que esses não os impeçam de serví-lo com integridade. Salomão atestou este fato ao dizer: "Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas essas coisas Deus te pedirá contas" (Ec 11:9).

Deus requer apenas que desfrutemos do prazer e da alegria com responsabilidade e santo temor (Hb 12:28).
Paulo enfatiza o caráter tríplice da santificação ao escrever: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda do nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5:23). A santificação será terminada nos remidos, envolvendo-lhes o corpo, a alma e o espírito, ou seja, o homem inteiro.

I. VESTES ALVAS SIGNIFICAM VIDA SANTA.

- O que torna as nossas vestes alvas é o perdão que recebemos de Deus – (Isaías 1:18).

- Jesus sempre teve suas vestes alvas, ele jamais pecou – (Mateus 17:1-2; Marcos 9:3).

- O que nos purifica de todo o pecado é o sangue de Jesus (I João 1:7).

- Nossa santidade vem somente de Deus, Ele é quem nos santifica (João 17:17).

- A vontade de Deus é que tenhamos estilo de vida santa (I Tess. 4:3-7)

- Somos chamados para vivermos uma vida íntegra e santa (Gênesis 17:1; I Tessalonicenses 4:3-7).

II . VESTES SUJAS SIGNIFICAM PECADO

- O pecado nos separa de Deus (Isaías 59:1,2; Romanos 3:23).

- O que mancha as nossas vestes é o pecado. Exemplo: o Sumo Sacerdote Josué estava trajando vestes sujas... (Zacarias 3:1-7)

- Jesus fez um diagnóstico da igreja de Sardes, e disse que poucas pessoas não tinham contaminado suas vestes (Apocalipse 3:1-5).

- Jesus declarou que os membros da igreja de Laodicéia estavam nus diante d’Ele, e estavam tão cegos que não percebiam a nudez espiritual em que se encontravam (Ap 3:14-18).

- Na segunda vinda de Jesus só entrarão nas bodas com Ele os que estiverem trajando vestes alvas (Mt 22:1-13).

- No último dia quem estiver com as vestes inadequadas (sujas) será lançado no inferno (Mt 22:11-13).

III. OS QUE TÊM VESTES ALVAS SÃO BEM-AVENTURADOS.

- São felizes porque andam em santidade.

- Vestes alvas são os atos de justiça dos santos (Ap 19:6-9).

- O que torna as nossas vestes alvas é o sangue de Jesus, e é o que garante a nossa morada com Deus (Ap 22:14).

- Os que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro habitarão no céu para sempre (Ap 7:9-17).

O Senhor Jesus tirou nossas vestes manchadas pelo pecado e nos vestiu com vestes de justiça; a vida velha já passou... Somos novas criaturas em Cristo Jesus (Colossenses 3:8-10, 12).

Em todo o tempo sejam alvas as tuas vestes.

IV. O ÓLEO SOBRE A CABEÇA

A) O óleo representa a presença e a unção do Espírito santo de Deus sobre a nossa vida. O sábio Salomão estava ensinando ao seu filho que se ele quisesse fazer um bom governo, com êxito, com acertos e com sucesso, necessitaria do Espírito Santo de Deus.

Não podemos realizar nada que agrade a Deus sem a presença do Espírito santo para nos dirigir (Lc 12:12 "pois naquela hora o Espírito Santo lhes ensinará o que deverão dizer”; Jo 16:13"Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir" ).

B) O óleo sobre a cabeça aponta para a dependência do Espírito santo, Ele precisa ser o centro de comando e consulta. E para isso precisamos desenvolver um relacionamento com Ele diariamente. O conselho do sábio é para manter o óleo sobre a cabeça em todo tempo assim como a vestimenta, e, isso aponta para alguns princípios que precisamos aprender como filhos de Deus.

B.a. Óleo sobre a cabeça. Esse era uma espécie de óleo perfumado usado em ocasiões de festas. Significa que precisamos ter sobre nossas vidas o bom perfume de Jesus Cristo em nós. Levar aonde formos um ambiente agradável, introduzirmos o perfume da presença de Cristo em todos os lugares por onde passarmos.

B.b. Óleo sobre a cabeça. Fala de autoridade e submissão espiritual (Sl 23:5"Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice" ).

O Espírito santo vem em primeiro lugar sobre a cabeça que é uma figura de comando e governo, pois aponta para o sacerdócio (Sl 133:2 "É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes").

Todo aquele que quiser ser cabeça, ser um ministro de Deus, ser governo precisa ter sobre sua vida a cobertura e a unção do Espírito santo. O Espírito santo nos ensina a exercermos a autoridade quando for preciso e a nos submetermos em obediência quando for necessário.

B.c. Óleo sobre a cabeça. Fala de direção, de comando e de liderança. Não podemos liderar com sucesso se não tivermos ajuda e direção do Espírito santo. Não podemos exercer o sacerdócio seja familiar ou ministerial com êxito, se não estivermos cheios do Espírito santo.

B.d. Óleo sobre a cabeça. Fala de mudança da mente e de renovação da fé. Isto é, uma capacitação para romper com os laços da morte e da derrota (Sl 92:10 "Tu aumentaste a minha força como a do boi selvagem; derramaste sobre mim óleo novo" ).

Quando estamos cheios do Espírito Santo, somos capazes de operar na força do sobrenatural (Sl 18:32-34 "Ele é o Deus que me reveste de força e torna perfeito o meu caminho. Torna os meus pés ágeis como os da corça, sustenta-me firme nas alturas. Ele treina as minhas mãos para a batalha e os meus braços para vergar um arco de bronze").

B.e. Óleo sobre a cabeça. Representa a nossa legitimidade diante do mundo e diante dos demônios. Todos os ungidos eram respeitados pelos outros. Tanto pelo povo comum, como por outros reis.

Se tivermos essa unção sobre a nossa vida, seremos respeitados pelos principados e pelas potestades.

Para manter nossas vestes físicas exige um grande trabalho, imagina para mantermos nossas vestes espirituais sempre brancas como a neve! É necessário estarmos sempre vigilantes, pois o nosso adversário está ao nosso derredor, bramando como um leão tentando nos tragar, tentando achar alguma brecha em nós para nos acusar e para que nossas vestes estejam de alguma forma manchadas.

E o que faz separação entre nós e o nosso Deus é o pecado. E querido (a), se não estivermos santificando as nossas vidas, em oração constante, buscando dentro da Palavra do Senhor, acabamos cometendo alguns deslizes, que mancham as nossas vestes.

Mas nesse dia, o Senhor te adverte a estar mais atento, pois aquele que está de pé, precisa cuidar para não cair. Não existem super homens e super mulheres imunes ao pecado.

Existem verdadeiros cristãos que buscam levar uma vida em obediência constante ao Senhor!
E além de vestes brancas como a neve, o óleo que representa a unção de Deus, a Presença do Espírito Santo, não pode faltar na tua vida! A Palavra do Senhor, nos diz em Isaías 10:27b “ o jugo é despedaçado por causa da unção”!

Aleluia! Essa presença maravilhosa do Espírito Santo em sua vida te faz como um poderoso instrumento nas mãos do Senhor para ministrar a salvação e libertação aqueles que se encontram aprisionados nas garras do inimigo! Glória a Deus!

Viva uma vida de oração, busca, consagração, santificação, entrega ao Senhor dia após dia! E se porventura, as suas vestes encontram-se manchadas nesse dia, ore ao Senhor e peça a Ele que santifique a sua vida, que perdoe os seus pecados e te faça viver em novidade de vida, pois sem santificação ninguém verá ao Senhor (Hb 12:.4)

Que o Senhor nos abençoe e nos gude em nome de Jesus, amém!

A BÊNÇÃO OU A MALDIÇÃO SOMOS NÓS QUEM DETERMINAMOS

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com


"Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno; A maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes". (Dt 11.26- 28)

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

No Antigo Testamento, em geral, a bênção refere-se a bem-estar terreno, segurança, poder, riqueza, descendência, e essa bênção está expressamente condicionada à obediência aos mandamentos de Deus:

"Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes" (Dt 11.26-28).

Para Israel, o povo terreno de Deus, é prometido bênçãos terrenas. (Gn 49).

A bênção para a Igreja de Jesus, o povo celestial de Deus, tem uma conotação celestial correspondente: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1.3).

A bênção de Deus – "Deus conosco" – tornou-se homem em Jesus Cristo! Por isso também podemos descrever a idéia de bênção como sendo "a ação de Deus com uma pessoa para atraí-la mais profundamente para Sua comunhão". Isso significa que a bênção nem sempre é o que desejamos, mas em todo caso se trata do que é bom e salutar para nós! Pois continua válido: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28).

O Senhor Deus, na sua infinita bondade e misericórdia, desde os tempos longínquos, já ensinava os nossos ancestrais o que verdadeiramente nos conduz a uma vida regada de bênçãos ou de maldição, dependendo exclusivamente da nossa obediência e compromisso aos mandamentos do Senhor.

No livro de Dt 11. 28, A Palavra diz: Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição:

A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno. A maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.

A Palavra do Senhor revela que tanto a bênção como a maldição é oferecida por Deus diante de nós, dando-nos a plena liberdade de escolha, e não há mistério nenhum nisso. Ensina-nos que para vivermos em paz, para recebermos as suas bênçãos aqui na terra e nos dias futuro a vida eterna, a única coisa que precisamos fazer é ouvir a sua voz, guardar os seus mandamentos e segui-lo.

As demais coisas necessária para sermos abençoados, Jesus Cristo já fez tudo e em sacrifício vivo pela aspersão do seu sangue inocente na cruz do Calvário. Levou sobre si as nossas dores, e pela suas feridas fomos sarados.

Disse Jesus: Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vou aliviarei. E, aquele que me ama, guarda os meus mandamentos.

Porém, se não produzirmos frutos dignos de arrependimento e não darmos ouvido aos seus mandamentos e passarmos a seguir outros deuses, certamente estaremos assumindo um compromisso com a maldição, porque a palavra nos dá a certeza que é impossível servir a dois senhores (Mt 6.24).

Ou servimos a Deus verdadeiramente com o compromisso de servo para com o seu Senhor, ou servimos a outros deuses como: A idolatria, desobediência, vícios, avareza, vaidade, inveja, ciúmes, ira, soberba, prostituição, fornicação, mentira, feitiçaria, e outras abominações ao Senhor.

Os que assim procedem a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte (Ap 21.8).

Dt 30.19, disse o Senhor: Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.

E outra vez, o Senhor nosso Deus e Pai, Deus de paz e misericórdia, prova o seu amor pelo homem na presença das testemunhas que Ele mesmo criou.

Ele nos propõe a bênção e a maldição, a vida e a morte, e na sua inexprimível amabilidade, ainda nos indica qual é a melhor das opções, nos aconselha a escolher a vida para que vivamos, e a nossa descendência seja abençoada, porque assim está escrito: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa (At 16.31).

Esta é a sua grande oportunidade, escolha a vida para que viva tu e a tua semente. Escolha a vida para viver dias de paz, e na eternidade a certeza de morar junto com o Senhor Jesus e os seus santos anjos. A vida é a sua bênção, a vida é Jesus. Ele mesmo disse: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, e ninguém vem ao Pai se não por mim ( Jo 14.6). A maldição é o pecado, e a morte.

Jesus Cristo, pelo seu infinito amor, nos resgatou com braço forte das garras do inimigo. Pagou pela nossa vida o mais alto preço, pagou preço de sangue, aflição e muita dor. Morreu dependurado na cruz em sacrifício vivo pelos nossos pecados, e ressuscitou ao terceiro dia para a nossa salvação.

O objetivo dos que buscam ao Senhor é receber as suas bênção, mas nem sempre fazem jus a essa benignidade de Deus. Muitos almejam as bênçãos do Senhor, mas não querem compromisso com o Evangelho de Cristo.

Optam em servir os prazeres da carne, a viver em abundância de bens materiais, mas A Palavra diz que sendo amigo do mundo é inimigo de Deus, porque Deus não ouve a pecadores.

(Pv 26:2) diz: Como o pássaro no seu vaguear, e como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não virá.

(Pv 3.33 ) A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos Ele abençoará.

(Ml 2.1, 2) E, agora, ó sacerdotes, este mandamento vos toca a vós. Se o não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque vós não pondes isso no coração.

Temos presenciado pessoas entregando os seus inimigos nas mãos de Deus com desígnio de vingança, isto é uma incoerência, contra senso.

Quando rogamos maldição a alguém, nos sujeitamos a recebê-la nas mesmas proporções. Esta afirmação é do Senhor, exemplificado quando mandou Abraão apartar-se do seu sobrinho Ló, e seguir outra direção. Ele prometeu abençoar os que o abençoassem e amaldiçoar os que o amaldiçoassem (Gn 12.3).

E Jesus Cristo disse: Mateus 5.44, 45 - Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.
Para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.

Portanto meu amado irmão, se a sua oração não está chegando diante do trono de glórias de Deus, algo inconveniente está acontecendo em sua vida, e isto, indispensavelmente tem que ser ajustado, este concerto é entre você e Deus, porque o Senhor é poderoso até para transformar as maldições em bênçãos.

Jesus Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito.

(Sl 72.17): O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar; e os homens serão abençoados n’Ele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.

Adão e Eva receberam a ordem de Deus para que não comessem o fruto da árvore do conhecimento, entretanto, tentados por Satanás acabaram comendo e o resultado é que foram expulsos do Jardim do Éden e dor e a morte foi infligida a todo o ser humano.

Saul recebeu a instrução de destruir completamente os amalequitas, porém poupou o rei e guardou parte do despojo, desobedecendo às ordens de Deus e colheu como seqüela o fim do seu reinado.

Uzias sabia que somente os sacerdotes podiam entrar no Tabernáculo e oferecer incenso, todavia tomou a decisão de entrar naquele lugar e colheu para si a lepra.

Esses são somente três casos em que a desobediência provocou resultados desastrosos para as pessoas que agiram não levando em consideração as determinações do Senhor e, através dos tempos, o homem vem fazendo a mesma coisa e colhendo coisas ruins, não percebendo que se agisse de forma contrária estaria adquirindo bênçãos para ele e para aqueles que fazem parte de sua família.

Então por que o ser humano não passa a obedecer? Se esse é o grande segredo por que não fazê-lo? São perguntas muito difíceis de serem respondidas, pois como verificamos esse não é um problema atual, ele vem corroendo o homem há milhares de anos, porém, apesar de toda essa dificuldade, existem algumas coisas que nós podemos verificar.

Em primeiro lugar está a essência do caráter do ser humano, que é ruim, que está predisposta a fazer a coisa errada, a pecar, a não obedecer, ou seja, é uma coisa intrínseca ao homem contra a qual ele deve lutar diariamente, e não permitir que venha a sobrepor aos princípios divinos.

No outro lado da balança está o nosso entendimento. Precisamos entender, de forma definitiva, que Deus quer a nossa obediência e Ele nos faz uma promessa que, caso venhamos a fazer isso, seremos abençoados.

Não há nenhuma regra para que venhamos a vencer essa luta, porém, existem algumas coisas que são básicas e que precisamos entender. Em primeiro lugar precisamos ter vontade de obedecer, isso mesmo, na medida em que estejamos comprometidos, realmente, com Deus isso não será tão difícil.

Em segundo lugar precisamos permitir que chegue ao nosso coração essa ordenança do Senhor, com relação à obediência, já que o coração endurecido está comprometido com o mal e em terceiro lugar não podemos esquecer que tudo provém de Deus, que não somos absolutamente nada sem Ele, que não temos nada, estamos somente administrando aquilo que Ele nos dá.

Evidentemente não temos a menor pretensão de encerrar esse assunto tão sério nesse artigo, porém em Dt 8.1 está escrito: ” Tenham o cuidado de obedecer toda a lei que eu hoje lhes ordeno, para que vocês vivam, multipliquem-se e tomem posse da terra que o Senhor prometeu, com juramento, aos seus antepassados.” O que vamos colher sempre será uma escolha nossa. Pense nisso e deixe o seu comentário.

 OBEDECER PARA VIVER

Todos os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR jurou a vossos pais (Dt 8.1)

A Palavra diz que Deus falou a Jeremias para não orar nem implorar por aquele povo porque de nada adiantaria, na medida em que Ele não o escutaria. Chama a atenção do profeta lhe dizendo se ele não percebe o que aquelas pessoa andavam fazendo, tanto as crianças, os homens e as mulheres oferecendo sacrifícios a uma deusa e a outros deuses, afrontando-O sem o menor constrangimento.

De repente, o Senhor diz a Jeremias que eles acham que O estão ferindo, porém estão completamente enganados, pois estão fazendo mal a si próprios e, pior, serão envergonhados por conta disso.

E fala ao profeta que derramará o Seu furor, a Sua ira sobre aquele lugar, sobre as pessoas e não poupará nem os animais e vai mais longe, dizendo que nada conseguirá impedir que aquilo aconteça.

Faz uma observação de que são feitos sacrifícios sobre o altar, mas que Ele não está interessado em nada disso, pois não foi isso que foi dito àquelas pessoas quando foram retiradas do Egito, o que foi requerido daquele povo foi obediência e, a partir dessa atitude, Ele seria o Deus deles e eles seriam o Seu povo.

Entretanto, continua dizendo que não foi ouvido, não foi dada a atenção devida e continuaram a desobedecer e adorando a outros deuses, isto é, em vez de melhorarem, acabaram piorando.

Então diz a Jeremias para que transmita aquilo tudo àquelas pessoas, apesar de ter certeza absoluta de que o profeta não seria ouvido, já que não havia mais nenhuma lealdade por parte deles, ou seja, mais uma vez tudo seria inútil.

O final dessa história é aquele povo foi castigado, num determinado momento o Senhor diz que gostaria de reunir todas aquelas pessoas como um lavrador ajunta a sua colheita, mas faz uma metáfora dizendo que aquele povo é como parreiras sem uvas e como figueira sem figos, todas as suas folhas secaram e, por causa disso, Ele, o Senhor, permitiu que os estrangeiros tomassem aquele lugar.

Todo o nosso texto gira em torno de somente uma coisa, obediência. O povo de Deus ao longo de toda a sua história e continua nos diz de hoje, parece que nunca conseguiu entender que Deus não está interessado em sacrifícios, em ofertas queimadas, em penitências, pelo contrário, o que Ele realmente deseja é a nossa lealdade e a nossa obediência.

É extremamente simples, não existe mistério, não há coisas mirabolantes, aquilo o que Ele mais quer na relação que venhamos a ter com Ele é a nossa fidelidade.

O que ocorre é que durante toda a história, começando lá no Jardim do Éden até os dias de hoje, o homem não consegue se manter leal a Deus, não consegue obedecer e fica procurando respostas difíceis para uma coisa muito simples.

No texto bíblico que utilizamos para esse artigo isso está muito claro, o que Deus quer de nós é que obedeçamos aos seus mandamentos. Quando tomamos esse posicionamento estamos nos colocando na posição que Ele quer e não precisamos demonstrar mais nada, na medida em que estamos ratificando todo o nosso comprometimento e a nossa lealdade para com Ele.

O grande problema é que não conseguimos como os nossos antepassados, fazer isso. Adão e Eva tiveram diante de si duas perspectivas, a primeira a de ver a árvore da vida e a segunda a árvore do conhecimento do bem mal e fizeram a escolha de tentar saber o que estava por trás da árvore conhecimento do bem e do mal e o pior, o grande desastre é que foram alertados para não fazerem isso, mas tomando uma atitude que se repetiu e se repete ao longo de toda a eternidade, preferiram desobedecer e colheram os frutos daquela decisão, assim como o povo para quem Jeremias profetizou por mais de quarenta anos, que também colheu os frutos amargos por não ter ouvido o profeta.

O Evangelho é muito simples, nós é que complicamos tudo achando que Deus não vai se importar com nossas atitudes de desobediência. Não dá para dizer que estamos comprometidos com Deus sem estarmos com o nosso coração dentro da Sua vontade. Pense nisso.

 EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA?

Há uma grande preocupação entre muitas pessoas, até mesmo entre os conhecedores da palavra, em relação à maldição hereditária. Temos visto até mesmo alguns líderes, eruditos da palavra levando apreensão aos irmãos, nos termos dessa maldição.

Mas podemos afirmar com toda certeza que a maldição hereditária não existe, e os que assim pregam, usam a fragilidade dessas pessoas que crêem nisso, para impor doutrinas inúteis e vãs. O que precisamos é, confiar na palavra do Senhor Deus, pois “Ele” nos dá a certeza que mau algum irá acontecer com aqueles que estão revestidos da sua couraça.

No livro de Ezequiel 18.20, disse o Senhor: A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

(Rm 8.31) Que diremos, pois a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

A Plavra no livro dos Salmos 23.4 diz: Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo, ó Senhor.
(Sl 91.7, 10, 11) Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido.

Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.

A BENÇÃO DE DEUS ESTÁ CONDICIONADA ‘A NOSSA OBEDIENCIA ( Dt 28:1-14)

6.QUANDO SE VIVE EM OBEDIENCIA – NÃO É O CRENTE QUE CORRE ATRÁS DA BENÇÃO, MAS SIM, A BENÇÃO QUE CORRE ATRÁS DO CRENTE ( Dt 28:2 Mc 16:17)

Ao término deste pequeno estudo da Palavra de Deus, podemos concluir que:

- A maldição é decorrente da desobediência a Deus e a sua Palavra – sendo que a responsabilidade é individual.

- Ao recebermos Jesus Cristo, como nosso Salvador e Senhor, toda maldição é quebrada.

- Ao estarmos em Cristo, somos abençoados. E, tudo que temos é abençoado, decorrente da presença de Deus em nós.

- Não precisamos viver com a síndrome do pavor com medo de ser atingido por uma maldição, pois somos o povo abençoado pelo Senhor!

(Pv 26:2)COMO O PÁSSARO NO SEU VAGUEAR, COMO A ANDORINHA NO SEU VOO, ASSIM A MALDIÇÃO SEM CAUSA NÃO ENCONTRA POUSO

Cremos que a visitação da maldade por Deus, sobre a terceira e quarta geração é para os que aborrecem a Deus, e não para os nascidos de novo; para estes, Deus tem prometido fazer misericórdia a milhares de seus descendentes.

A maldição não é transmitida diretamente e sim os efeitos do pecado sobre os filhos. Se alguém aceita a Jesus, é nascido de novo, sua vida está debaixo da proteção divina, não cabendo mais nenhuma condenação ou maldição.

Que Deus nos abençoe que possamos entender as verdades espirituais à luz da Bíblia. Amém!

Os quatro segredos para vencer o pecado

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias - RJ
estudosbiblicosdesantificaao.blogspot.com



Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

A Bíblia apresenta vários recursos diferentes para nos ajudar em nossos esforços para vencer o pecado. Nesta vida, nunca seremos perfeitamente vitoriosos sobre o pecado (1 Jo 1:8), mas esse ainda deve ser o nosso objetivo.

Com a ajuda de Deus, e ao seguir os princípios da Sua Palavra, podemos progressivamente vencer o pecado e nos tornar mais e mais como Cristo.

 O que é pecado?

Pecado é transgredir a lei de Deus. A Bíblia diz em 1 Jo 3:4 “Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia.” A Bíblia diz em 1 João 5:17 “Toda injustiça é pecado; e há pecado que não é para a morte.”

O que é a Lei de Deus? Deus escreveu a Sua Lei com o Seu próprio dedo em tábuas de pedra. A Bíblia diz em Êxodo 20:3-17

“[1]Não terás outros deuses diante de mim.

[2]Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos.

[3]Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.

[4]Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.

[5]Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.

[6]Não matarás.

[7]Não adulterarás.

[8]Não furtarás.

[9]Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

[10]Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”

Os princípios básicos da lei de Deus resumem-se numa só palavra - Amor.

A Bíblia diz em Mateus 22:37-40 “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

O pecado sai de dentro de nós. A Bíblia diz em Marcos 7:20-23 “E prosseguiu: O que sai do homem , isso é que o contamina. Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem.”

Ninguém é melhor que os outros porque todos pecamos. A Bíblia diz em Romanos 3:9-10 “Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem sequer um.”

O pecado obscurece nosso entendimento sobre as coisas de Deus, pois para compreender as ações de Deus precisamos de fé, e esta é a primeira a ser afetada quando pecamos. Assim nosso relacionamento adquire um vácuo formado pela culpa. Perdemos a fé no amor e no perdão de Deus, esquecemos que um Deus de amor só sabe amar.

Quando pecamos nos sentimos abandonados, sozinhos, com uma tremenda ausência do Senhor. O interessante é que nós é que nos ausentamos, não percebemos, mas somos nós que ficamos em silêncio diante de Deus. Ele continua onde sempre esteve, mas nós fugimos e permanecemos em constante fuga.

Lembro que quando fazia algo que desagradava minha mãe, a presença dela me incomodava, pois sabia que ela não concordava com o que eu tinha feito. E como eu sempre esperava carinho dela, saber que eu não o merecia fazia com que me afastasse.

Com Deus é a mesma coisa, é lógico que sabemos que não merecemos o amor dele, mas quando pecamos sentimos que merecemos menos ainda e assim nos isolamos.

O pecado não nos deixa perceber o amor imutável de Deus, “O filho pródigo” vivenciou isso, sua mente não conseguia absorver um possível perdão de seu pai por isso resolve se apresentar pedindo para ser um empregado, o pecado faz-nos sentir pior do que somos e nos faz imaginar Deus pelo que nos tornamos.

O pecado também tende a nos tirar a alegria, que é um dos frutos do relacionamento amoroso que desenvolvemos com Deus.

Com o pecado voltamos a buscar as alegrias fúteis do mundo. Visto que nossa alegria antes era celebrarmos com Deus a vida que Ele nos deu, agora buscamos outras celebrações vazias, pois ao nos afastarmos dele perdemos a vida que está nele “Deus nos deu a vida eterna e esta vida está no seu filho.

Aquele que tem o filho tem a vida; aquele que não tem o filho de Deus não tem a vida” I Jo 5.11-12 perdemos assim a alegria que a vida eterna revelada em Jesus nos dá.

O pecado nos tira a paz. Sempre que penso em paz é inevitável não pensar em seus opostos: guerra, confusão, tribulação. A ausência da paz traz sempre um de seus opostos à tona. Jesus é o Príncipe da Paz, é nele que a Paz se manifesta, longe dele ela simplesmente desaparece. Toda a paz que o mundo precisa está nele.

Ele é aquele que não veio “...pisar a cana quebrada, nem apagar a chama que fumega”, “Que não veio condenar mais salvar” e que afirmou categoricamente “Vim para que tenham vida”.

E por fim o pecado nos tira o privilégio de orarmos e vermos nossas orações sendo respondidas, porque quando pecamos não conseguimos mais pedir segundo a vontade de Deus “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei”.

Com esse entendimento do pecado podemos ver então a importância de um genuíno arrependimento, de uma volta para Deus que irá produzir restauração e recomeço.

Quando alguém acostuma com o pecado, torna se escravo dele, e muitas vezes, cometem as maiores loucuras e nem se dão conta que estão pecando.

O pecado sega as pessoas, e não as deixam ver as suas falhas, pra ele tudo é normal, tudo é festa.

Ele só vai dar conta de seus erros pecaminosos, quando começarem surgir conseqüências, causadas pelos seus atos reprováveis.

Ou então depois que alguém lhe abrir os olhos e mostrar o quanto está sendo ridículo, e fazer com que ele pare e pense em seus atos.

Isto pouco valerá se a causa de qualquer mudança não for por motivo muito especial, que seria uma transformação de Espírito, que só se consegue através do perdão de Deus.

Mas que para isto envolve um fator muito importante, que é o do arrependimento, mas como poderá alguém arrepender-se de qualquer coisa sem que haja a manifestação direta do Espírito Santo de Deus?

Isto é humanamente impossível, pois para haver perdão em primeiro lugar, terá que se humilhar e pedir perdão, e é aí que entra a pregação do Evangelho.

Pois ele precisa ouvir e arrepender-se de seus pecados e aceitar o plano de Deus para sua salvação.

Crendo em Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e aprender que ele morreu na cruz para remissão de nossos pecados.

Caso aconteça à transformação, os seus pecados são lavados, e ele passa a se sentir mais leve e aliviado.

o As conseqüências do pecado

O pecado sempre traz conseqüências, ainda que não sejam imediatas.

MORTE (Três tipos) – Gn 2.17“...porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”

• Morte Moral – I Tm 5.6 “Mas o que vive em deleites, vivendo está morta” Aparentemente a pessoa está viva, mas moralmente ela está morta,

Adão e Eva quando pecaram moralmente eles estavam destruídos, bem vimos que eles fugiram da presença do Senhor, Jacó também estava destruído e fugiu da presença de seu irmão, viver no deleites que é os prazeres desse mundo levou à morte moral, no caso da mulher adultera moralmente ela estava morta, não tinha moral pra nada.

Jacó também não tinha moral nenhuma, mas o Senhor o ressuscita no caso da mulher adultera ele disse eu te perdôo, vai-te e não peques mais. Rm 8.1 “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”. No caso de Jacó, Deus mudou seu nome de enganador para Israel que significa “ele luta por Deus”.

• Morte Espiritual

Ef 2.1 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” Essa morte é a separação do homem com Deus, Adão não só morreu moralmente, mas também espiritualmente, aquela comunhão que era constante dia a dia não existia mais o pecado fez essa divisão, a morte espiritual também pode acontecer na Ceia do Senhor por não saber discernir o corpo de Cristo e por isso há muitos que dormem.

Outra passagem se encontra em Ez 18.4 “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá” aqui se trata da morte no sentido espiritual, pois há possibilidade da própria pessoa reverter o quadro.

(Ez 18.21) “ Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu e guardar todos os meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá e não morrerá”

• Morte Física – Hb 9.27 “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Essa morte é o grande enigma para todos, mas não gostamos de falar sobre a morte física, ela é real.

Logo após a queda do homem, ao pecar, Deus disse: Gn 3.19 “ No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás”.

Porém a morte eterna é a expansão e continuação da morte espiritual, a morte física fundida à morte espiritual resulta na morte eterna é compreendida como a eterna separação de Deus.

Isso se dará após o juízo final, que é o julgamento dos mortos sem Cristo. João declara isso com a “Segunda Morte” Ap 20.6 “ Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos”.

Quando o homem foi contaminado pelo pecado, as conseqüências foram sentidas pôr toda a humanidade, Rm 3:23.

A sua contaminação somente pode ser comparado a picada de uma serpente pois ela pica e espera que sua vitima seja infectada através da circulação sanguínea que leva o veneno pôr todo corpo, o pecado quando contaminou, 2 Co 11:3. O homem a partir deste momento começou a se deteriorar ( Rm 5:12).

Podemos falar que após o pecado de Adão todos os demais pecaram ficando todos contaminados Rm 5:12 Sendo o seu Salário a morte Rm 6:23. Deixado o homem escravo, sujeito a destruição (Sodoma e Gomorra) Quando ló viu a primeira vez era linda Gn 13:10, quando conviveu nela teve de sair correndo Gn 19:28

a) O Pecado Traz Vergonha Perante DEUS

A profecia de Isaias no Cap. 59:2 "mas as vossas iniqüidade fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça" A primeira atitude do homem após o pecado foi esconder( Gn 3:10).

Deus é Santo e o pecado não pode se misturar com a santidade ( 1 Co 3:17) Quando Deus chega a dizer que nossos pecados fazem separação (divisão ) entre o homem e Deus. Através de seus pecados mostra a vergonha provocada pela desobediência ao seu Criador.

Trazendo a vergonha o pecado também trás a culpabilidade, diante de Deus, quando fazemos alguma coisa que não agrada qualquer pessoa , muitas vezes temos vergonha de nos mostrar ou até falar sobre o assunto, quando a pessoa é Deus, e quando pecamos devemos sentir envergonhados, pois foi mais um ato de fracasso que temos diante daquele que nos criou para que dominasse, se não podemos dominar nem nossos pensamentos ou atos , como vamos dominar aquilo que Deus nos colocou como administradores?

b) Com o Pecado Perdemos a Comunhão com Deus

"E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda." (1 Jo 2:28) Uma das conseqüências do pecado é a perda da comunhão com Deus, Js 7:11.

A Palavra de Deus no versículo acima diz que devemos permanecer, não podemos ficar confundidos de hipótese alguma, pois o pecado trás a separação, e duas pessoas separadas como chegaram ao mesmo objetivo? Sl 66:18.

O homem sem comunhão com Deus è a mesma coisa que um avião no alto céu e derrepente perder seu piloto, ele vai continuar a voar, mas o seu fim e ser totalmente destruído pois não terá rumo, Is 64:7 O homem tem que ser dirigido pôr seu criador , pois ele è que nos conduz, o homem sem Deus e como um navio em auto mar sem leme , vai vagar ate afundar.

c) O Pecado Traz Engano

Apesar das aparência que muitas pessoas demonstram, vivendo uma vida pecaminosa, eles vivem enganosamente Os 5:6. Muitos crentes ficam até preocupados porque "a" ou "b" tem uma vida abençoada sendo um ímpio e o cristão obediente passa pôr privações (2 Tm 3:13) "Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Am 9:2

Mas estas pessoas estão sendo enganados a eles mesmos.

"Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e pôr ele me matou." Rm 7:11 o homem tem sido enganado pôr Satanás pelo ato do pecado quando o próprio falou a Jesus "te darei tudo se prostrado me adorares, para Satanás seria uma grande vitoria mas para Jesus e a raça humana seria o caos, pecado trás engano , muitas pessoas vivem no pecado mas falta-lhes sempre alguma coisa.

1. A. O pecado destrói pessoas

2. O pecado destrói o prazer

3. O pecado destrói a prosperidade

4. O pecado destrói a pureza

5. O pecado destrói a vida de oração

6. O pecado destrói a paz

7. O pecado destrói a produtividade

8. A perda do testemunho

9. A perda da oportunidade para o serviço na casa de Deus

O estado da alma

A natureza mental e moral dos seres humanos ficou corrompida; (Gn 6.5,12). O pecador tornou-se escravo do pecado e de Satanás; (Rm 6.16).

Aquilo que é mau e prejudicial está sempre à mão para ser praticado. O Bem é algo que passou para segundo plano. Uma alma em pecado inverteu os valores e deixou de viver conforme os padrões divinos. É por isso que a Escritura diz estarem todos mortos em ofensas e pecados; (Ef. 2.1). Estando vivos fisicamente, na realidade estão mortos porque deixa-ram de viver a vida de Deus.

A mente natural tem inclinações carnais e constitui-se inimiga de Deus, que é um Ser santo e espiritual; (Rm 8.7,8). A mente carnal é controlada pelo príncipe satânico a fim de fazer o que desagrada a Deus; (Ef 2.2).

Desta maneira, todos ficaram debaixo da maldição, pela desobediência à vontade divina; (Gl 3.10). Um dia, muitos ouvirão esta maldição da rejeição: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, pre¬pa¬rado para o diabo e seus anjos;” (Mt 25.41).

Esta é a situação mais trágica que um indivíduo poderá experimentar. Sabendo que poderia desfrutar de boa companhia na presença de Deus, e foi rejeitado em virtude da sua péssima escolha é um tremendo inferno; porque a separação tem sempre causado angústia e dor permanente.

A este respeito será conveniente transcrever uma esclarecedora parábola contada pelo Senhor Jesus: “Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro que jazia cheio de chagas à porta daquele.

E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.

E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E no Hades ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. E clamando ele disse: Abraão.

Meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.

Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado, e tu atormentado.

E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá;” (Lc 16.19 – 26).

Evite o pecado; não faça provisão para o pecado, não dar ocasião ao pecado.
No entanto, se você tem pecado veja as quatro formas de vencê-lo:

I. O Espírito Santo.

Deus nos deu o Espírito Santo para que possamos ser vitoriosos na vida cristã. Deus contrasta os feitos da carne com o fruto do Espírito em Gl 5:16-25. Nessa passagem, somos chamados a andar no Espírito.

Todos os crentes já possuem o Espírito Santo, mas esta passagem nos diz que precisamos andar no Espírito, cedendo ao Seu controle. Isto significa escolher consistentemente seguir a direção do Espírito Santo em nossas vidas ao invés de seguir a carne.

A diferença que o Espírito Santo pode fazer é demonstrada na vida de Pedro, o qual, antes de ser cheio do Espírito Santo, negou Jesus três vezes -- e isso depois de dizer que seguiria a Cristo até a morte. Depois de ser cheio do Espírito, ele falou abertamente e fortemente com os judeus no Pentecostes.

Andamos no Espírito quando tentamos não apagar a Sua direção (como mencionado em 1 Ts 5:19) e ao invés disso buscamos estar cheios do Espírito (Ef 5:18-21).

Como se pode ser cheio do Espírito Santo? Em primeiro lugar, é escolha de Deus assim como era no Antigo Testamento.

Ele selecionou indivíduos para realizar uma obra que queria que fosse cumprida e encheu-os com o Seu Espírito (Gn 41:38; Êx 31:3; Nm 24:2; 1 Sm 10:10).

Há evidências em Ef 5:18-21; Cl 3:16 de que Deus escolhe encher aqueles que se abastecem com a Palavra de Deus. Isso nos leva ao segundo recurso.

A Palavra de Deus, a Bíblia, diz que Deus nos deu a Sua Palavra para nos equipar para toda boa obra (2 Tm 3:16-17). Ela nos ensina a como viver e em que acreditar, revela quando escolhemos caminhos errados, ajuda-nos a voltar ao caminho certo e a permanecer neste caminho.

Hb 4:12 nos diz que a Palavra de Deus é viva e eficaz, capaz de penetrar em nossos corações para erradicar e superar os pecados mais profundos do coração e da atitude. O salmista fala sobre o poder transformador da Palavra de Deus em Salmo 119.

Josué disse que a chave do sucesso para vencer seus inimigos era não se esquecer deste recurso, mas meditar nela dia e noite e obedecê-la.

Isto ele fez, mesmo quando o que Deus ordenou não fazia sentido (como uma estratégia militar), e esta foi a chave para a sua vitória em suas batalhas pela Terra Prometida.

II. A Bíblia é um recurso que muitas vezes não levamos a sério.

Damos prova disso ao levarmos nossas Bíblias para a igreja ou ao lermos um devocional diário ou um capítulo por dia, mas falhamos em memorizá-la, meditar nela ou em aplicá-la em nossas vidas; falhamos em confessar os pecados que ela revela ou em louvar a Deus pelos Seus dons.

É importante, se você ainda não tiver o hábito de diariamente estudar e memorizar a Palavra de Deus, que você comece a fazê-lo.

Alguns acham que é útil começar um diário. Crie o hábito de não deixar a Palavra até que tenha escrito algo que aprendeu.

Alguns registram orações para Deus, pedindo-Lhe que os ajude a mudar nas áreas sobre as quais Ele falou aos seus corações. A Bíblia é a ferramenta que o Espírito usa em nossas vidas (Efésios 6:17), uma parte essencial e importante da armadura que Deus nos dá para lutarmos em nossas batalhas espirituais (Ef 6:12-18).

III. A oração. Novamente, é um recurso que os cristãos freqüentemente dão valor da boca para fora, mas que raramente usam.

Temos reuniões de oração, momentos de oração, etc., mas não usamos a oração da mesma forma que a igreja primitiva (At 3:1; 4:31; 6:4; 13:1-3).

Paulo repetidamente menciona como ele orava por aqueles a quem ministrava.

Deus nos deu promessas maravilhosas a respeito da oração (Mt 7:7-11, Lc 18:1-8, Jo 6:23-27, 1 Jo 5:14-15), e Paulo inclui a oração em sua passagem sobre como se preparar para a batalha espiritual (Ef 6:18).

Quão importante é a oração para vencer o pecado em nossas vidas? Temos as palavras de Cristo a Pedro no Jardim do Getsêmani, pouco antes da negação de Pedro. Enquanto Jesus ora, Pedro está dormindo. Jesus o acorda e diz: "Vigiem e orem para que não caiam em tentação.

O espírito está pronto, mas a carne é fraca"(Mateus 26:41). Nós, como Pedro, queremos fazer o que é certo, mas não encontramos forças.

Precisamos seguir o alerta de Deus para continuarmos buscando, batendo, pedindo - e Ele nos dará a força de que precisamos (Mt 7:7).

A oração não é uma fórmula mágica. A oração é simplesmente reconhecer nossas próprias limitações e o poder inesgotável de Deus e voltar-nos a Ele para encontrar a força de fazer o que Ele quer que façamos, não o que queremos fazer (1 Jo 5:14-15).

IV. A igreja.

A comunhão de outros crentes. Quando Jesus enviou Seus discípulos, Ele os enviou dois a dois (Mt 10:1).

Os missionários em Atos não saíram um de cada vez, mas em grupos de dois ou mais. Jesus ordena que não deixemos de congregar-nos juntos, mas que usemos esse tempo para encorajar uns aos outros em amor e boas obras (Hb 10:24).

Ele nos diz para confessarmos os nossos pecados uns aos outros (Tg 5:16). Na literatura sapiencial do Antigo Testamento, aprendemos que como o ferro afia o ferro, um homem afia o outro (Pv 27:17). Há força em grupos (Ec 4:11-12).

Muitos cristãos acham que ter um parceiro para prestação de contas pode ser um benefício enorme em superar pecados teimosos. Ter uma outra pessoa que possa falar com você, orar com você, encorajá-lo e até mesmo repreendê-lo é de grande valor.

A tentação é comum a todos nós (1 Co 10:13). Ter um parceiro ou um grupo de prestação de contas pode nos dar a dose final de encorajamento e motivação de que precisamos para superar até mesmo os mais teimosos dos pecados.

Às vezes a vitória sobre o pecado vem rapidamente. Outras vezes, a vitória vem mais devagar.

Deus prometeu que ao fazermos uso de Seus recursos, Ele vai progressivamente trazer mudanças em nossas vidas.

Podemos perseverar em nossos esforços para vencer o pecado porque sabemos que Ele é fiel às Suas promessas.

O Senhor dá-nos a devida instrução acerca do estado da alma, tanto em vida como após a morte, para que ninguém fique ignorante quanto a estas coisas de suprema importância.

Por este motivo, convém aceitar o perdão conquistado por Jesus na cruz e pautar as nossas vidas pelas Sagradas Escrituras de modo a servir ao Deus vivo e verdadeiro conforme é do Seu agrado.

Importa que vivamos de acordo com os planos e a santa vontade do nosso Criador a fim de sentirmos continuamente a Sua proteção e bênção.

Assim, experimentaremos bem estar espiritual, físico e social, livre de sentimentos de culpa e condenação, e, finalmente, a vida eterna como recompensa da nossa fidelidade.

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Chega de coxear em dois pensamentos

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-estudosteolgicos.blogspot.com



Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.
(I Re 18.21)

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

O profeta Elias desafiou o povo a deixar de coxear entre dois pensamentos, pois que não é por muito orar que alcançam a resposta de Deus, mas sim o acertar as nossas vidas de acordo com a Palavra de Deus.

O diabo está sempre à espreita, pronto a colocar os crentes a coxear entre dois pensamentos.

A mente é um campo de batalha: Infelizmente o diabo bombardeia a mente do individuo com pensamentos, afim de que tais duvidem da Palavra de Deus.

Assim fazendo com que tais se desviem do rumo certo: Do que a Palavra de Deus diz.
Deus tenha misericórdia, dos que não se firmam na Palavra de Deus. Acabando-se infelizmente por se desviarem de Deus.

Eis a questão: Confiar na Palavra de Deus ( Sl 125:1; Sl 115:10 ).

Ou Duvidar ( Tg 1:6;Mt 14:31 )


 Definição da palavra coxear

Sinônimos: mancar manquejar claudicar capengar caxingar coxear errar fraquejar pecar prevaricar falhar acambetar renguear pernetear manquitar manquetear capenguear cambetear

 Significados de coxear:

1. Coxear

Andar firmando o passo mais de um lado que do outro, em decorrência de alma deficiência física.

A "raiz" do pecado encontra-se basicamente em dois fatores: "errar o alvo" e "pisar em falso no caminho de Deus". Quando não atingimos o "alvo" proposto por Deus para a nossa vida (que é glorificá-lo por meio de todo o nosso viver) e também quando não andamos "corretamente" nos seus caminhos, tais atitudes se traduzem em pecado diante dEle.

A rebelião de Israel (10.1-4)

Elias é um grande nome – significa Yahwéh é DEUS. Elias foi profeta no século IX a.C. Seu ministério foi dedicado ao reino do norte – Israel. Deus estava trabalhando a 1100 anos com este povo, desde o chamado de Abraão 2000 a.C. Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué, Gideão, Sansão, Samuel, Saul, Davi, Salomão – reino unido; e no reino dividido, Jeroboão – Israel e Roboão – Judá.

Existe um paralelo entre Elias e Moisés. Elias foi acompanhado e substituído por Eliseu – Moisés, foi acompanhado e substituído por Josué. A morte dos dois envolve mistério e a transladação do corpo. Elias subiu ao céu em uma carruagem de fogo e o corpo de Moisés nunca foi encontrado. E exatamente Elias e Moisés apareceram ao lado de Jesus no monte da transfiguração ( Mc 9:4).

Elias vivia nas montanhas de Gileade e seu ministério se desenvolveu no período do rei Acabe e sua esposa Jezabel, quando estes governavam o reino do norte com mão forte. Jezabel havia introduzido a idolatria entre o povo erguendo altares ao deus Baal; práticas pagãs e bruxarias eram desenvolvidas neste período; ela mandou exterminar os profetas do Senhor porque cria que a seca desse tempo era conseqüência da ira de Baal sobre estes profetas.

Todas estas coisas acenderam a ira de Deus, que enviou Elias para um confronto; afim de que o povo, mais uma vez, soubesse quem era o verdadeiro Deus.

1. Abuso na abundância. Israel é uma vide frondosa... abundân¬cia do seu fruto... (v.l). O profeta compara Israel a uma árvore frondosa que dá muitos frutos em virtude da abundância que o povo desfruta¬va.

A prosperidade de Israel nos dias de Joás e Jeroboão II levou o povo a pensar que tudo isso vinha dos ídolos. Abusou daquilo que Jeová lhe havia dado. A riqueza leva, às vezes, o homem ao orgulho e a se apartar de Deus (Pv 30.7-9).

... assim multiplicou os altares; conforme a bondade da terra, assim fizeram boas estátuas (v.l). Essa abundância, que devia ser motivo para agradecer a Deus e bendizer o seu nome, pelo contrário, serviu para corromper o coração do povo, levando Israel ao desvio, resultando na multiplicação de altares e de imagens. Ofereciam suas riquezas aos cultos idolátricos.

2. Israel coxeava entre dois pensamentos. O seu coração está dividido... (v.2). Desde os dias de Acabe que a tendência do povo era coxear entre dois pensamentos (1 Rs 18.21). Israel estava hesitante entre Jeová e Baal, quando Elias desafiou os profetas de Baal e de Aserá.

O coração dividido revela dúvida, que a fé está minada, e isso é destrutivo. A amizade com o mundo é inimizade contra Deus (Tg 4.4). O Senhor Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e a Mamom (Mt 6.24). Israel foi achado culpado pela sua infidelidade.

...cortará os seus altares e destruirá as estátuas (v.2). Cortar os altares e destruir as estátuas são expressões diferentes para dizer uma mesma coisa. Jeová vai pôr fim a idolatria de Israel. O ímpeto desse juízo divino pode ser visto no verbo que Oséias escolheu para descrever o fim do reino de Israel, é o mesmo que "quebrar o pescoço".

O verbo hebraico para "cortará" é yaaroph, de araph, que significa "desnucar, quebrar a cerviz", usado mui¬tas vezes no Velho Testamento para "degolar" (Êx 13.13; 34.20; Dt 21.4,6). O profeta Amos diz que "os chifres do altar serão quebrados" (Am 3.14).

3. O fim da monarquia das Dez Tribos. Não temos um rei... (v. 3). Não há alguém à altura de um rei? Não temos ninguém digno desse título? Nossos reis são marionetes da Assíria? À luz do contex¬to histórico, trata-se do último rei, Oséias, pois com ele terminou o reino e Israel. Os monarcas de Samaria e Jerusalém, do Reino do Norte e do Reino do Sul respectivamente eram prepostos do Grande Rei Jeová.

 Quais os caminhos para o avivamento?

“Então disse Elias a Acabe: sobe, come e bebe, porque já se ouve o ruído de abundante chuva” (I Re 18:41).

Elias está no monte Carmelo, na parte ocidental da terra de Israel. Sobre a encantadora planície de Esdraelon ergue-se imponente esse monte. Lá de cima, olhando-se para o nascente, no primeiro plano está a mencionada planície, depois o Jordão e as montanhas de Gileade; um pouco ao norte, os lagos de Galileia e Meron; e para o poente, o Mediterrâneo, cujas ondas se vêm quebrar no famoso monte.

As águas do ribeiro de Quisom estão vermelhas do sangue de mais de 400 profetas de Baal que acabam de ser mortos, pela vitória de Deus. E as águas desse ribeiro enrubesceram as do Mediterrâneo. O povo ainda grita em coro: “Só o Senhor é Deus”... Só o Senhor é Deus... o reino do norte de Israel está no Carmelo representado.

Durante três anos e meio em que os juízos de Deus fustigaram a terra, Elias esteve ausente desse palco (Deus o havia escondido). Por ordem dos céus, torna a Israel. Acabe procurara o profeta por cantos e recantos da terra.

Queria matá-lo. Não o encontra, porém. Agora, os dois – Elias e Acabe – se encontram. Começam a discutir. Elias propõe ao rei infiel um desafio: perto de nós está o Carmelo; convoque os profetas de Baal. Eu clamarei a Jeová e os profetas de Baal clamarão a Baal. O povo será juiz. O Deus que responder com fogo do céu ao clamor feito, esse é o Deus.

Acabe aceitou o desafio e convocou Israel e os profetas de Baal para o Carmelo.
Os homens de Baal edificaram o altar, cortaram o novilho em pedaços, colocaram as partes no altar e clamaram ao seu deus; gritaram! Dançaram! Retalharam suas carnes com lancetas! Tudo fez por horas, mas Baal não lhes respondeu. Expirou o prazo.

Elias sozinho reedificou o Altar do Senhor que estava em ruínas; cortou o novilho e pôs todos os pedaços sobre o altar; mandou abrir um rego em redor do altar e, por três vezes, mandou colocar água. E clamou ao Senhor, invocando o nome do Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Israel. E os céus responderam ao clamor de Elias com fogo que consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.

Vendo isto, o povo se prostra com rosto em terra e grita: Só o Senhor é Deus... Só o Senhor é Deus... Os profetas de Baal foram mortos e Elias é vitorioso, como vitorioso é a sua causa.

Depois dessa retumbante vitória; depois de ter feito descer fogo do céu; depois da desmoralização de Baal, qualquer um de nós, teria tomado o caminho de casa para um banho, um bom jantar e um sono reparador.

Mas Elias sabia que o que acontecera era somente a primeira fagulha do avivamento. Onde a chuva? O Senhor se manifestou, É verdade, mas que adiantou isso tudo, se ainda a terra continua ressequida e tudo quanto tem vida está morrendo? Os céus estão azuis, nenhum sinal de chuva. Era o momento para a fé de Elias. Fé unida à ação.

E Elias era o homem para essa hora e para essa conjuntura6 Nem se preocupou em ir pessoalmente ao rei; mandou-lhe um recado: “sobe, come e bebe, porque já se ouve o ruído de abundante chuva”.#Mas onde a chuva? Palavra é fácil! Promessa não é difícil, mas e o cumprimento?

Elias anunciou ao rei e o povo de Israel um avivamento. Chuvas caíram logo. O profeta do Senhor já ouvia ruído da abundante chuva. Estava no caminho da bênção. E para que o avivamento acontecesse, Elias precisou fazer a sua parte.

 Qual a primeira coisa que Elias fez e que eu e você precisamos fazer para que o avivamento aconteça na nossa vida?

1. Tirar o Baal do caminho

No caminho das torrentes de Deus que se precipitariam sobre as ressequidas terras de Israel havia um obstáculo – era Baal. Esse monstruoso ídolo se colocará entre o céu e a terra, entre as chuvas e a seca, entre as bênçãos do Senhor e a necessidade do povo.

Baal tinha que sair, Baal tinha que morrer. Não adiantava dar nome diferente a Baal, nem mudá-lo de lugar, ou colocar-lhe uma nova roupagem, ou mesmo esconde-lo em algum lugar. Para Baal só havia uma sorte, e foi a que lhe deu Elias:

“Elias os fez descer ao ribeiro de Quison, e ali os matou”. (I Re 18:40). Morto Baal, removida a sua influência, desobstruiu o caminho para que descessem as abundantes chuvas que desencadeou o avivamento em Israel na época de Elias.

Muitos clamam Deus por um avivamento seja na vida, no lar ou na igreja. Mobilizamos tudo, oramos, fazemos vigílias, jejuns, lemos a Bíblia e mil coisas mais, e avivamento não vem. As chuvas ficam sós em ruído. E por quê? Será que Deus é surdo ou insensível? Não! Algum impedimento deve haver.

Algum Baal mantém distante de nós a nuvem da bênção. O Baal muitas vezes é que fizemos de nossa denominação um ídolo, um Baal que impede a bênção; outras vezes é o dinheiro, é a casa, a esposa ou o marido, o filho, o carro, o conforto, ou então um pecado encoberto: ódio no coração, reservas, brigas, contendas, desavenças, partidos, porfias. Enquanto não tirarmos Baal, as chuvas do poder de Deus não podem nos alcançar.

Qual será o Baal de sua vida? Sonda o seu coração. Deus não pode falhar. Se você quer a bênção e busca, mas não recebe, o erro está em você e não em Deus. Descobre o Baal, remove-o e as chuvas do avivamento cairão sobre você com certeza.

2. Subir mais

Elias já tinha escalado uma boa parte do Carmelo, mas quando desafiou os céus para que chovesse, diz I Reis 18:42: “Elias subiu ao cume do Carmelo”.

Outro poderia raciocinar: Se já subi tanto neste monte, para que subir mais? Elias não raciocinou assim e nem discutiu – simplesmente subiu. Crescemos na vida cristã, não é com boas intenções, nem com argumentos ou regras e muito menos com divagações, mas subindo. Sim, subindo sempre.

Lógico que a escalada cansa, pois exige esforço, mas vale a pena. Na vida espiritual precisamos subir sempre.
Alcançamos hoje uma vitória, subimos para outra e vamos assim sempre subindo.

As chuvas desceram para abençoar ao necessitado Israel; mas desceram porque Elias subiu. E sempre quando a bênção do poder de Deus desce para o povo, estejamos certos de que alguém subiu à presença de Deus, importunando o céu com oração e intercessão.

3. Humilhação

Elias subiu mais o Carmelo, não para galgar uma altura de onde pudesse lançar pedras nos que ficaram em baixo; não para orgulharem-se, para desprezar os demais, para chamá-los de frios, sem espiritualidade, e coisas tais, não. Escalando o pico e atingindo as alturas, a Bíblia diz que se encurvou para a terra e meteu o rosto entre os joelhos.

Em uma palavra, a Bíblia afirma que o gigante de Deus humilhou-se. Na realidade, para alguém fazer a obra de Deus com eficiência, precisa poder; este vem quando estamos cheio do Espírito. E ser cheio do Espírito é estar em sujeição a Deus.

Existem pessoas que buscam com disposição o Batismo no Espírito Santo, mas quando o recebem, enchem-se de orgulho e perdem a bênção. Batismo no Espírito Santo nos leva para o pó. É plena submissão ao Espírito Santo que nos enche. O Espírito para a nos dominar. Se nos domina, também nos dirige e se nos dirige, temos que obedecer-lhe em tudo.

Quando nos escondemos atrás da cruz do Senhor Jesus; quando desaparecemos, para Cristo aparecer; quando morremos para que a vida de Cristo se manifeste em nossa carne mortal; quando nos tornamos vermes (Sl 22:6), para que os homens nos esmaguem, então estaremos como Elias, encurvado para a terra, no caminho da bênção, das chuvas abundantes e do grande avivamento espiritual.

Como o Senhor no Getsemani – “Pai, se é possível passe de mim este cálice, não seja, porém o que EU quero, e sim o que TU queres”, ou como Paulo em Gálatas 2:20 – “Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”, humilhemo-nos debaixo da potente mão de Deus para que nos exalte abaixo da potente mão de Deus para que nos exalte a seu tempo. Quando nos encurvamos diante do Senhor, estaremos com essa atitude, desobstruindo o caminho para que desçam as chuvas abundantes do avivamento em nossas vidas.

4. Oração

Com o rosto metido entre os joelhos, Elias trava a grande batalha da sua vida. Não é contra o diabo nem contra homem algum; é com Deus que luta. Esta fase da batalha é mais renhida do que a que foi travada na parte inferior do Carmelo com os profetas de Baal escudados pela máquina da realeza.

Abraão venceu em oração e Ló, seu sobrinho, foi libertado da destruição de Sodoma. Jacó venceu no Jaboque em oração. E porque prevaleceu com Deus, venceu seu irmão Esaú. Moisés venceu em oração a batalha de Midiã do Egito e do deserto.

Josué venceu em oração e conquistou a terra de Canaã para Israel. Ana ganhou Samuel em oração, que foi a grande bênção para Israel. Davi venceu as maiores batalhas da sua vida em oração.

Daniel orou durante vinte e um dia porque durante este período Satanás impediu que o anjo entregasse a mensagem. Foi necessário convocar Miguel, um dos primeiros príncipes para ultrapassar as hostes de Satanás para que Daniel recebesse a mensagem (Dn 10:13). Se Daniel desistisse no vigésimo dia não teria recebido a sua bênção. Pentecostes veio no final de um período de dez dias de oração.

Pedro foi liberto do cárcere em resposta às orações da pequena igreja que se reunia em casa de Maria, mãe de João Marcos.

A Igreja de Antioquia da Síria orava, com jejuns, quando o Espírito Santo separou a Barnabé e a Saulo para ganhar o mundo para Cristo. O avivamento que sacudiu o mundo do século 17 veio porque os moravianos oraram. A Inglaterra do século 18 foi visitada pelo poder do Espírito Santo, porque João Wesley e seus companheiros oraram e oraram; noite de oração, de agonia diante de Deus. O sermão que Jonathan Edwards pregou: “O pecador nas mãos de um Deus irado” levou à salvação quinhentas pessoas, porque a Igreja de Edwards passou uma noite em oração.

Moody foi batizado com o Espírito Santo e como conseqüência mais de quinhentas mil pessoas se salvaram, porque duas crentes consagradas oraram para que isso acontecesse na vida do famoso evangelista. Finney ganhou centenas de milhares de almas para Jesus, porque era homem de oração.

O fato de Deus ser soberano não diminui em nada a responsabilidade minha e sua de estarmos incluídos no seu plano com a nossa oração e intercessão. Tudo que Deus faz o faz em resposta as orações do seu povo. Por que assim? Porque Ele decidiu que fosse assim.

Todos os atos libertadores de Deus na História são realizados em resposta a oração do seu povo. Deus fez e ninguém pode impedir a sua mão. O grande avivamento que aconteceu na Coréia é que mulheres de até 80 anos levantam de madrugada e vai para a igreja orar. Naquele país nenhuma igreja é considerada evangélica se não tem reunião de oração diária de madrugada. Nenhuma igreja é considerada organizada se não tiver uma hora diária de oração de madrugada.

Nenhum seminarista pode estar no Seminário sem freqüentar as reuniões de oração de madrugada, e se ele faltar duas reuniões seguidas sem motivo, não serve para ser pastor; é mandado embora. Lá, em média um crente ora uma hora por dia; quem tem qualquer cargo na igreja ora em média duas horas por dia.

Nenhum pastor tem práticas de oração de menos de três horas por dia. Perguntaram a um pastor de uma das grandes igrejas daquele país: qual o segredo do crescimento de sua igreja? Ele respondeu: oração.

Sem oração não pode haver avivamento. Nunca houve, nem na Bíblia e nem fora dela. Oremos, oremos muito para que os céus nos visitem com grande e poderoso avivamento que venha abalar os alicerces da incredulidade, da idolatria, da macumba, do álcool, do cigarro, das drogas, do pecado.

5. Perseverança

Ao entrar na batalha de oração Elias ordenou que seu moço fosse olhar para a banda do mar, a ver se havia alguma nuvem. O jovem voltou e disse ao profeta: nada. Elias não desanimou. Disse ao seu moço: vai até sete. O moço foi segunda vez e voltou com a negativa; terceira vez, nada; quarta, quinta e sexta vez, nada também. O profeta não esmoreceu.

Qualquer um de nós é possível que empacasse na terceira ou quarta vez. Não adianta orar. Deus não ouve. Deus não quer avivamento. Não existe tal bênção. Não adianta arrazoar, nem desanimar, nem murmurar. O que adianta é perseverar em oração. Se os vinte que esperavam a promessa do Pai da qual lhes falara Jesus tivessem cessado a batalha no quinto ou sexto dia, ou mesmo no nono, não teriam recebido a grande bênção do Espírito.

Se Jacó (Gen. 32) lá pelas quatro da madrugada tivesse guardado as armas, não teria sido Israel. Se a pequena igreja de Jerusalém tivesse encerrado a reunião às 22 horas, Pedro teria continuado no cárcere e morto no dia seguinte. Se os moravianos tivessem desanimado na oração, não haveria Zinzendorf e nem Wesley e o grande avivamento na Inglaterra não teria acontecido.

Precisamos orar para que o avivamento sopre o seu poder na nação brasileira, vivificando os lares, despertando as igrejas, movendo os pastores e pastoras e salvando milhões de pecadores. Estamos, apenas tocando nas areias do grande e profundo oceano. Já está acontecendo maravilhas mais acontecerá ainda muito mais. Alguns já desanimaram. Outros, porém continuam na batalha como Elias no Carmelo.

Oraremos e lutaremos até que os céus nos mandem as chuvas de seu poder e de seu favor. Afinal, o Senhor está desejoso de nos abençoar. Perseveremos em oração. Nada de desânimo, nada de desespero. Uma pequenina nuvem já se forma na banda do mar. O Senhor não tarda em derramar o seu Espírito.

6. As chuvas do avivamento caíram

Então, na sétima vez o moço disse a Elias: “Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão de um homem”. Quando Elias soube da pequenina nuvem, disse: Basta! Mandou que o rei Acabe se apressasse em descer, antes que a chuva o detivesse. E logo os céus se enegreceram com nuvens e ventos e copiosas chuvas caíram sobre as ressequidas terras de Israel. Era a vitória cabal. O Senhor visitou o seu povo com bênçãos do avivamento e vitórias.

Já se ouve o ruído de abundantes chuvas. Você está ouvindo? Elias se aproxima. O Senhor não tarda. Redobre em esforços de oração, de jejuns, de vigílias, de santificação. Firme-se nas promessas do Senhor. Não importa se os homens não creiam; não importa a perseguição, nem as incompreensões.

Vale a pena lutar, vale a pena prosseguir. A nuvem do Senhor já se forma e logo derramará o seu poder para salvar, para curar, para revestir de poder. Avivamentos acontecem quando as pessoas ficam perplexas diante daquele que está sentado no Trono.

Já se ouve o ruído de abundantes chuvas! É o avivamento que está chegando sobre a sua vida!”
Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor em nome de Jesus, amém!